Capítulo 6

Após o emocionante reencontro, Sol e Rosita saíram. Rosita não concordava muito que ela saísse tão cedo ou que levasse tão a sério as compras. Quer dizer, elas fariam compras, mas depois de alguns dias, quando sua recuperação estivesse completa.

Sol: Oh meu Deus, esta é uma verdadeira carruagem, que emoção!

Cinco minutos depois... Sol parecia um gato agarrado às paredes da carruagem, percebendo tarde demais que uma carruagem numa rua pavimentada de sua época não era a mesma coisa que uma numa rua de terra com um sem-fim de imperfeições.

Rosita: O que foi, senhorita?

Vale ressaltar que Rosita já estava acostumada.

Sol: Se eu soubesse que isso era tão desconfortável e não como nos filmes, teria vindo a cavalo.

Rosita: Mas o que a senhorita está dizendo? A senhorita sempre gostou de andar de carruagem, além disso, andar a cavalo não é próprio para uma dama... E o que é um filme?

Sol: Ah, é... uma palavra que acabei de inventar, hahaha, não me dê ouvidos. E bom, a carruagem é desconfortável para mim porque ainda não me recuperei totalmente... Ufa, que alívio.

Rosita: Mas senhorita, é melhor voltarmos.

Sol: Claro que não, já estamos quase chegando.

Rosita: Senhorita, ainda falta metade do caminho.

Sol: O quê? Você está brincando! Acho que vou ter que inventar os amortecedores para não sofrer mais nessas viagens.

Rosita: Senhorita, por que a senhora diz coisas estranhas, usa palavras que nunca ouvi antes?

Sol: Droga. Bem, lembre-se de que meu cérebro ainda não está totalmente recuperado, apenas tenha paciência, sim?

Rosita: Claro que sim, minha senhorita.

Sol: Por favor, pare de me chamar de "senhorita, senhorita, senhorita". Já estou tonta, apenas me chame de Sol.

Rosita: Mas senhorita...

Sol: Mas nada, é uma ordem.

Rosita: Está bem, S... Sol.

Sol: Assim está melhor.

Depois de um tempo, chegaram ao centro da cidade, onde havia uma espécie de mercado. Nas ruas próximas, havia lojas de diferentes tipos, algumas vendiam roupas, outras joias, utensílios de cozinha etc.

Sol: Para um lugar de época, é muito bom. Lembra-me de quando fui a Tila Chiapas... pensei comigo mesma, já que não podia falar abertamente sobre isso.

Bem, Rosita me levou às lojas que eu costumava frequentar, mas não encontrei nada do meu agrado, todos os vestidos estavam cheios de tecidos e mais tecidos, mas o mais horrível era a infinidade de laços, babados ou pedrarias que tinham. Quer dizer, eram autênticos, mas era um exagero.

Também pedi para falar com a costureira de cada loja para solicitar meus próprios designs, mas segundo elas, eram muito reveladores e não podiam fazê-los. Na verdade, não é que fossem reveladores, o problema é que pedi calças femininas e elas se recusaram a fazê-las, para outra falei sobre o tipo de roupa íntima e aconteceu o mesmo. Já cansada das negativas, continuei andando até chegar a uma loja onde os famosos plebeus compram.

Rosita: Senhorita, acho que a senhora não deveria entrar aí, se alguém a vir, podem falar de si e de seus gostos.

Sol: Já disse para não me chamar de senhorita, me chame de Sol. Além disso, não me importo com o que as pessoas fofoqueiras dizem, estou procurando alguém para fazer meus designs, mas ninguém quer, não faz mal dar uma chance a outra pessoa e de quebra encontrar um possível sócio.

Rosita: Está bem, Sol, vamos.

Sol sorriu por ter vencido Rosita desta vez, passou o braço no dela e a puxou para dentro da loja.

Depois de observar um pouco, Sol acabou escolhendo alguns vestidos, já que a qualidade dos tecidos não era das melhores, mas isso podia mudar.

Sol: Então, senhora, o que me diz? Pode fazer meus designs? Darei a senhora metade do dinheiro de que precisa para comprar os melhores tecidos e a outra metade quando os entregar, e se eu gostar, prometo torná-la minha costureira exclusiva.

Ana: Senhorita, é que os designs que a senhora me mostra são um pouco reveladores. As mulheres não usam calças, será malvista pela sociedade, e o que dizer da roupa íntima? Isso mal cobre as partes importantes.

Sol: É disso que se trata, que cubra apenas as partes importantes. Olha, faça o meu pedido e faça um para si e use-o aqui em casa. Depois de usá-lo, diga-me como se sente. Além disso, se tudo correr bem, poderíamos nos associar e fazer deste negócio uma butique melhor do que as outras.

Ana suspira, pois não nega que a nova moda de vestidos, calças e roupas íntimas era algo inovador, tinha medo de que a sociedade a considerasse indecente.

Ana: Está bem, senhorita, mas não quero que diga que eu fiz as suas roupas, só depois que passarem no teste e começarem a ser aceites. Não posso arriscar que fechem a minha loja por imoralidade, os meus filhos precisam comer todos os dias, espero que compreenda e não se sinta ofendida.

Sol: Tudo bem, eu entendo. Eu me certificarei de que essas roupas sejam aceitas pelas mulheres, depois disso, você e eu seremos sócias. Tudo bem?

Ana: Tudo bem, senhorita.

Depois de convencer aquela mulher a fazer os seus designs, as duas mulheres voltaram para a carruagem, onde Sol, só de se lembrar do longo caminho que tinha de percorrer, já se sentia enjoada. Em breve procuraria um ferreiro para lhe fazer uns amortecedores e de alguma forma anexá-los às carruagens para maior conforto.

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Comments

Joaciry Uonzo

Joaciry Uonzo

eu não gosto nada de história de época que as renascidas tentam mudar as regras de vestimenta.

2025-02-27

0

Ezanira Rodrigues

Ezanira Rodrigues

É melhor ela arrumar uns travesseiros./Facepalm//Facepalm//Facepalm//Facepalm/

2025-03-22

0

Frederica Ribeiro

Frederica Ribeiro

já andei de carroça e chaqualha bastante

2025-02-26

1

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