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O herdeiro do morro da Rocinha, [13/06/2023 23:03]

Capítulo 18

Silvia narrando

Não dava para saber quantos dias se passaram porque não entrava sequer uma flecha da luz do dia, eu não sei quando era noite ou quando era dia , era um silêncio enlouquecedor esse lugar, eu não conseguia me movimentar muito por causa das correntes nos pés e Lorenzo faz tempo que não aparece por aqui, não tinha mais comida e apenas água do chuveiro que tinha, pelo menos conseguia ir até ele para tomar banho.

Eu já tinha mexido em tudo que conseguia nesse lugar e era um lugar totalmente sombrio e estranho, eu ainda não sei exatamente porque ele existe, mas cada hora que passo aqui dentro eu começo a perceber que talvez esse cara seja pior do que eu imagino.

A chaveadura da porta se mexe lá em cima e eu corro para cama, me sento nela e espero ele descer, ele me encara.

—  Quantos dias estou aqui? – eu pergunto

—  Está com fome – ele fala me jogando um sanduiche quase na cara. – deve está morrendo de fome – ele acende um baseado – quem sabe assim você começa abrir a boca.

—  Eu não estou com fome, você realmente acha que não consigo viver sem comer?

—  Não quero saber da tua vida – ele fala – eu quero que você abra a porra da tua boca

—  E o que você exatamente quer saber?

—  Os planos de Rogui – ele fala e eu encaro

—  E o que eu ganho em troca disso? – eu pergunto

—  A liberdade quem sabe.

—  E como vou ter certeza disso? – eu pergunto para ele

—  A minha palavra. – ele responde

—  A sua palavra não me vale de nada – eu respondo para ele – de nada. Eu não quero apenas palavras, eu quero que você me de provas de que teremos uma troca.

Ele começa a rir.

—  Você está se achando de mais garota – ele fala – olha onde você está, está sobre a minha ameaça, eu mato você em segundos.

—  Qual é a parte que eu não tenho medo de morrer ? – eu pergunto para ele – eu passei por tanta coisa, que a sua tatuagem, o seu olhar frio e as suas agressões físicas e psicológicas não me machucam mais.

—  Você deveria medir as suas palavras.

—  Porque? – eu pergunto para ele – porque você vai me fazer viver o inferno? Me fazer conhecer o diabo mais cedo? Acredite, eu já escutei muitas vezes isso.

—  E você viveu? – ele pergunta se aproximando e eu encaro – me diz, você viveu ou não todas as coisas que foi ameaçada?

—  Você não sabe das coisas que eu passei.

—  E como eu te disse, eu não quero saber da sua vida, eu quero que você comece abrir a porcaria da tua boca.

—  Eu já disse que só vou abrir a minha boca, se você me mostrar qual é a prova que eu vou ter que vou ter liberdade.

—  O problema Silvia, que junto de mim, eu tenho uma facção enorme que tem quase todos os morros, Rogui está sozinho.

—  E se você tem a porra d euma facção, porque precisa das informações que eu tenho? Ah, lembrei – ele me encara – porque eu convivi com ele durante dez anos, eu sei cada pedacinho daquele morro, você não. Então, você não pode me querer morta, não é mesmo?

—  Eu já disse para você não brincar comigo e nem querer medir forças comigo – ele fala segurando forte em meu cabelo.

—  E eu já falei para você que nada que você faça vai me fazer sentir dor, eu conheço muitos iguais a você e até piores – eu grito e ele força mais as mãos no seu cabelo.

—  Você não tem noção como gosto de fazer com que as pessoas implore pela vida.

—  Se isso te faz feliz e te faz sentir mais homem – eu falo sorrindo para ele – faz, me faz implorar pela minha vida, me faz implorar pela sua piedade, me faz implorar que você tenha pena de mim e me deixa viva, é assim que você se sente mais homem? Que você se sente machão? Então, faz porra – eu grito e ele me dar um soco no rosto forte.

Ele está segurando meus cabelos e meu rosto não vira com o impacto, ele faz novamente, ele me dar mais um soco forte e repete mais uma vez, suas mãos em meu cabelo, entrelaça em meus cabelos puxa eles com força , ele coloca a sua mão em meu pescoço e começa apertar o meu pescoço, eu vou ficando sem ar e eu coloco as minhas mãos sobre as suas.

O herdeiro do morro da Rocinha, [13/06/2023 23:03]

Ele solta o meu pescoço e amarra as minhas mãos contra a cabeceira da cama, ele me dar mais um soco e eu tento chutar ele mas ele se coloca em cima de mim.

—  Eu quero ver se você não vai implorar pela tua vida. – ele fala me encarando

—  Nada que você faça vai me fazer implorar por ela seu monstro , seu nojento – eu tento mexer meu corpo e até mesmo chutar ele, tirar ele de cima de mim mas é impossível.

—  Você vai lembrar de mim até depois da morte – ele pega uma tesoura

—  Meu cabelo não.

Ele começa a cortar todo o meu cabelo com aquela tesoura, seu corpo em cima do meu, eu gritava. Ele abre a minha boca, me obriga abrir e enfia os tufos de cabelo dentro da minha boca, eu começo a me afogar porque ele enfiava com os dedos dentro da minha boca os cabelos, ele me defere vários socos, muitos socos, ele pega uma faca e passa a lamina da faca pelo corpo, eu sinto uma ardência enorme e ao mesmo tempo vomito.

Eu olho para ele.

—  Eu não vou implorar pela minha vida – eu falo para ele – me mata, seu filho da puta. Me mata! – eu grito olhando para ele – mas nada vai me fazer abrir a boca.

Ele desamarra as minhas mãos e me leva a força segurando na minha nuca, até o banheiro, ele afoga a minha cabeça dentro do vaso sanitário, eu me debato e tento empurrar ele, quando ele levanta a minha cabeça para cima , eu o empurro fazendo com que ele caia no banheiro, eu saio tentando correr mas eu caio por causa da corrente no meio do quarto. Eu me sento e começo a andar para trás em direção a parede, ele me encara e eu vomito, começo a vomitar no chão do quarto cabelo, água do vaso, tudo junto. Ele fica me encarando..

Ele vem em minha direção e se abaixa na minha frente, ele encara os meus olhos e abre um sorriso.

—  Eu quero você viva – ele fala – você será bem mais interessante viva do que morta – eu o encaro.

—  Eu sou apenas uma garota de programa, uma vadia, uma ladrona, alguém que te fez de otário, porque você me quer viva? – eu falo olhando para ele

—  Porque eu quero – ele fala me olhando

—  Nem você deve saber o motivo, deve ser apenas para alimentar a porra do seu ego.

Ele pega em meu pescoço de novo e eu seguro com as minhas duas mãos a dele , mas ele vai apertando lentamente meu pescoço.

—  Até mais Silvia – ele me joga no chão e solta as suas mãos do meu pescoço. – limpa essa merda toda que você fez.

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Comments

Sand Costa

Sand Costa

o triste que depois ainda se apaixona por um cara desse ...

2023-08-22

0

tuca

tuca

covarde

2023-08-08

0

tuca

tuca

no fundo ele tbm tá gostando dela

2023-08-08

0

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