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O herdeiro do morro da Rocinha, [09/06/2023 01:31]

Capítulo 2

Lorenzo narrando

Acendo um baseado e observo o morro, sexta feira era dia de movimento grande aqui, principalmente nas bocas, era cheio dos aviões buscando as drogas para vender fora do morro nas baladas e ruas cariocas e era isso aí que dava trabalho.

 Lorenzo – minha mãe me chama quando me ver na rua.

 Oi – eu falo

 Estou ocupada hoje , quero que você fique de olho lá na boca de baixo.

 É sério? – eu pergunto para ela – a senhora acha que eu não tenho mais o que fazer dentro do morro?

 Você cuida dessa parte, esqueceu? – ela questiona – muita droga saindo e não está entrando o valor que deveria está entrando de volta, vamos ter que começar a cobrar as dividas.

 Você sabe a forma que eu cobro – eu falo para ela

 Então começa a cobrar – ela responde.

 Normalmente as mães protege os filhos de virar traficante a senhora me incentiva – eu falo abrindo um sorriso.

 Ué – ela fala – fui eu que mandei você matar aquele homem e ir para na cadeia e matar outro?

 Matei para proteger Amanda, filho da puta.

 E o da cadeia? – ela pergunta – porque você matou?

 Faz dois anos mãe. Relaxa – ela me encara – sim, senhora eu vou descer ficar de olho nas contas lá de baixo.

Minha mãe era uma mulher totalmente mandona e autoritária era difícil passar a dona Heloisa para trás.

Eu desço até a boca e encontro MT sentado, a gente cuidava juntos dessa parte aqui mas pouco descia até aqui, eu também cuidava da parte de eliminar todos os inimigos e quem devia de mais dentro do morro e não pagava, aprendi com meu pai a não ter piedade de ninguém.

 Pouca grana entrando e muita droga saindo – MT fala

 Papagaio? – eu pergunto – acabei de escutar isso da minha mãe.

 Vamos ter que começar a cobrar segunda feira quem está devendo – ele fala e eu me sento na frente dele colocando a arma do meu lado.

 Eu já disse como eu cobro – eu falo

 A gente avisa a primeira, dar o prazo na segunda – eu o interrompo

 Matamos na segunda – eu falo – ficar voltando para dar prazo, não – ele me encara

 Não é assim que funciona, a gente quer receber e não matar as pessoas – MT fala

 Se não pagou na primeira e não foi até o prazo que a gente deu, quando voltamos, voltamos para matar e ponto, não vai pagar e vai ser só perda de tempo, quem sabe conseguimos algo com os pertences.

 Fala sério Lorenzo – ele fala

 Estou falando – eu falo – paciência não. Cadê a Lista?

Ele joga o caderno e eu começo a ver.

 Primeiro queremos a grana – ele fala – a grana é mais importante.

 E essa garota aqui que pegou hoje? – eu pergunto – o nome Silvia, ela tá devendo, não?

 Eu conheço ela – ele fala

 Ihh ela senta para você para tá protegendo ela? Vai pagar a conta dela? – eu pergunto

 Eu conheço ela, segunda ela vai está aqui para pagar – ele fala

 Se ela não tiver, eu mesmo cobro – ele me encara

 Deixa ela comigo – MT fala

 Se tu tá dizendo – eu falo – já manda os vapores dar o recado, se na semana que vem as dividas não serem quitadas, o aranha vai visitar pessoalmente cada um deles.

MT me encara e eu encaro ele e me levanto colocando a arma na cintura.

O herdeiro do morro da Rocinha, [09/06/2023 01:48]

 Eu sou apalomaCapítulo 3

Silvia narrando

Eu entro dentro do pequeno apartamento em que morava com a minha amiga Sara, ela sai do banho e me ver nervosa andando de um lado para o outro.

—  O que foi? – ela pergunta – o que foi Silvia?

—  A Policia levou toda a droga que eu tinha pego da rocinah – eu falo

—  E como está solta?

—  Eu fugi – eu falo

—  E os teus documentos?

—  Eu não tenho documento, esqueceu – eu falo para ela

—  E agora?

—  Eu to ferrada – eu falo – eu já to devendo lá, MT já me deu o aviso que eu tenho que está lá segunda com a grana e eu disse a ele que eu estaria, eu to ferrada.

—  Porra Silvia que mancada.

—  E você acha que eu queria perder a porra da droga? – eu questiono para ela – você acha que eu queria isso?

—  Cara – ela fala – estão dizendo por aí, que aquele lá que é filho do dono do morro, conhecido como Aranha não quer perdoar divida não, ele mata sem dó.

—  Porra – eu olho para ela – uma ótima coisa para você falar caralho.

Sara começa a trocar de roupa e eu me sento na cama ainda mais nervosa, meu coração parecia que ia sair pela boca. Eu encaro Sara.

—  Pede ajuda a Rogui.

—  Tu tá maluca? – eu pergunto para ela – Rogui quer me cobrar até as minhas calcinhas, imagina quando ele souber que eu estou devendo para o morro da Rocinha.

—  Ele gosta de você – ela fala – te dar grana, vai até lá, fica com ele e pede grana , duvido que ele vai te cobrar.

—  E corro o risco de morrer?

—  Corre risco agora ou morre semana que vem, tu sabe que divida de droga não perdoa – ela fala

—  Eu posso conversar com MT e falar que eu perdi a grana e a droga para policia.

—  Cara, você confia de mais nesse MT.

—  Eu conheço ele desde que eu cheguei aqui – eu respondo

—  E ele te ajudou alguma vez?

—  Sim – eu falo – muitas vezes eu não tinha o que comer, eu recorria a ele e ele me dava comida.

—  Quando isso? – ela pergunta

—  Faz tempo já – eu falo – você tem família Sara, eu não tenho ninguém.

—  Minha família não me quer , então é a mesma coisa que não ter.

—  Mas você teve até uma altura – eu respondo – eu nunca tive – ela me encara. – eu estou ferrada, ferrada.

—  Procura Rogui – ela fala – eu preciso sair, eu tenho um cliente.

Eu tinha ficado totalmente sem grana, tinha ficado apenas com uns trocados que usei para vir para casa, na bolsa tinha tudo, ainda que meu celular estava no bolso da calça também.

Eu me arrumo e resolvo subir o morro da Santa Marta, chegando lá eu peço para um vapor avisar Rogui que eu estava ali, logo o vapor me manda subir e ir até a boca, quando entro na boca principal, ele está sentado e sobe o olhar.

—  Resolveu aparecer? – ele pergunta – fugiu de mim todas as vezes que eu mandei alguém atrás de você.

—  Eu preciso de grana – eu falo

—  Você já está me devendo de mais – ele fala – e eu vou ter que começar a cobrar.

—  Essa divida ai eu não reconheço – ele abre um sorriso

—  Mas reconhece o dinheiro que eu te dei.

—  Você falou certo , você me deu – ele abre um sorriso com o baseado na mão.

—  Traficante não dá grana sem ter nada em troca, você não me deu nada em troca.

—  Estou falando sério, eu preciso muito de grana – eu falo

—  Uma noite só, não será suficiente – ele fala – eu quero você aqui sentando para mim quando eu quiser, dentro do meu morro e nada mais.

—  Você quer que eu seja sua prisioneira.

—  Não – ele fala negando com a cabeça – eu só quero que você seja só minha.

—  Rogui – Santo fala entrando – Preciso de você para resolver um BO lá fora.

—  Eu to indo – Rogui fala se levantando e andando – quer a grana, quando eu voltar quero você sem roupa me esperando. – ele segura me meu queixo e depois larga saindo.

Eu sinto que ele não vai me dar a grana , mas escuto a chaveadura sendo trancada, eu vou até a porta e vejo que ele tinah trancado a porta.

Filho da puta!

Eu pego uma cadeira e quebro a janela de vidro e saio por ela, começo a descer o morro.

—  Ei você ai – Um vapor fala – Rogui mandou não deixar você sair do morro.

Eu encaro ele e mais uma vez saio correndo, sair correndo era algo que eu sabia fazer muito bem.

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Comments

Cleusiane Chaves

Cleusiane Chaves

coitada da Silvia

2023-08-08

0

Cleusiane Chaves

Cleusiane Chaves

É eles são..........

2023-08-08

0

Cleusiane Chaves

Cleusiane Chaves

nossa coitada está encrencada

2023-08-08

0

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