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O herdeiro do morro da Rocinha, [10/06/2023 01:06]

Capítulo 4

Silvia narrando

Eu me aproximo do prédio onde eu moro e vejo que tinha homens do Rogui andando por ali.

Era claro que ele iria mandar vir até a minha casa, começo a ligar para Sara.

  Sara , você está onde?

  Com um cliente – ela responde

  Não vem para o apartamento, Rogui colocou os homens dele atrás de mim.

  Como?

  Ele quer me matar ou me prender naquele morro para o resto da vida, eu preciso ir para um lugar seguro.

  E como ? Onde?

  Eu não sei – eu falo nervosa saindo de perto do prédio e indo para o mais longe e o mais rápido possível.

  Pede ajuda a MT – ela fala

  Não – eu respondo – eu perdi a droga dele.

  Eu não sei como te ajudar – Sara fala.

  Eu me viro – eu respondo desligando o celular.

Eu vou andando e pensando no que fazer, eu não tinha dinheiro, eu não tinha nada, nem a minha casa eu tinha mais pelo jeito, não iria poder colocar os meus pés mais lá.

  Tereza? – eu falo quando ela atende

  Oi. – ela fala – O que acontece? Rogui mandou Deus e o mundo atr´[as de você.

  Eu tive que fugir

  E porque você subiu?

  Porque Sara disse que seria uma boa ideia.

  Eu sempre te disse que Sara não é sua amiga – ela fala – ela sempre te dar as piores ideias e te coloca em cilada.

  Estou sem saída e sem grana.

  Eu vou te mandar um pix com uma quantia que eu tenho no banco , você sai do Rio de Janeiro.

  Estou sem meus documentos e cartões, a policia levou.

  Você está falando sério?

  Não tenho como sair do Rio dessa forma – eu respondo.

  Então, eu vou te encontrar e te entrego a grana e a gente tenta te tirar daqui de outra forma.

  Como?

  Eu acho que tenho uma forma – ela fala – me encontra em copa cabana.

  Ok.

Teresa era uma das amigas que eu tinha feito quando cheguei no morro da Santa Marta, que foi um dos primeiros lugares que eu fui quando cheguei no Rio, meio perdida e desatinada da vida. E lá se vão anos no vai e vem com Rogui, porém agora ele começou a ficar totalmente paranoico e achando que pode mandar em mim, mas não é verdade, ele não manda em mim, ele diz que devo a ele uma quantia gigante por todos esses anos, mas não é verdade.

Ele quer me ameaçar e ter um motivo para me prender dentro daquele morro e faze rum inferno a minha vida,

Eu vou caminhando para o lugar que marquei para encontrar Teresa, era meio longe , mas vou indo caminhando, era acostumada a caminhar, fazia tudo a pé, mas é quando vejo uma viatura da policia parada e os policiais meio que me encara e pega o celular, é que apresso ainda mais o meu passo virando nos becos, começo a ver os policiais falarem no rádio, então abaixo a minha cabeça e saio com o passo ainda mais de pressa e correndo.

Eu era figura marcada da policia, vira e mexe, eles viviam me marcando, eu conseguia me livrar deles e tempo depois voltava a fazer o que era de costume, e depois de um tempo eles me marcava de volta e assim era a minha vida, nunca cai de cana e espero não cair.

Para fugir da policia, o meu refugio é subir o morro da Rocinha que era dia de baile, como só tenho que entregar a grana na segunda feira , eu iria subir encontrar uns parceiros, quem sabe descolava uma grana  na noite.

O herdeiro do morro da Rocinha, [10/06/2023 01:22]

Capítulo 5

Lorenzo narrando

Era dia de baile aqui na Rocinha e o movimento era intenso, os vapores todos na atividade de olho no movimento e fazendo o dinheiro girar, não queria prejuízo, eu queria lucro, quem me desse prejuízo não tinha porque está vivo para me dar dor de cabeça.

—  Você viu sua mãe? – meu pai pergunta quando entro na boca.

—  Falei com ela mais cedo e ela disse que estava ocupada e me mandou resolver uns negocio para ela.

—  Agora Heloisa está ocupada o tempo todo.

—  O que tá rolando? – eu pergunto

—  Tua mãe tá aprontando – ele fala – eu vou descobrir oque é.

—  Está se preocupando com as loucura da dona Heloisa? – eu pergunto – deve ser a idade – ele em encara – o que é , vai negar que estão no cinquentão.

—  Lorenzo , tu não tem o que fazer não? – eu acendo o baseado – um morro para cuidar, dividas para cobrar, inimigos para eliminar?

—  To de boa, hoje é dia de baile , já zerei meu dia aqui hoje.

—  Se você quer ser dono desse morro um dia tem que saber que a gente não tem essa de zerar nada não – ele fala me encarando.

—  Como se você fizesse tudo sozinho – ele me olha – to mentindo?

—  Não vou discutir com você. – ele fala – vou atrás da sua mãe.

—  Ué, achei que dono de morro não podia se ausá matei mais de entasr ainda mais para ir atrás da mulher? – ele me encara e eu solto a fumaça do baseado.

—  Você é um garoto ainda.

—  Não pai, já tenho mais de 20 anos – eu olho para ele – já matei mais de 60 pessoas , eliminei muito inimigo seu, não me chama de garoto, porque se a idade decide algo, vou ter que começar te chamar de coroa.

Meu pai fecha a cara e apenas sai da boca, eu abro um sorriso, adorava provocar ele, ele sabe que eu sou sua copia fiel e vive dando essa de marrento e mandão para cima de mim, só que ele esqueceu, que eu sou igual a ele e até pior.

—  Está por ai – Ph fala entra na boca – cadê teu pai?

—  Atrás da neurose da minha mãe.

—  MT me disse da ordem que tu deu lá embaixo.

—  Tu acha errado? – eu pergunto para ele.

—  Mais ou menos, vou trocar uma ideia contigo sobre isso, do que eu acho – ele fala se sentando na minha frente e acendendo um baseado.

—  Fala aí – eu falo

—  Para os aviões de fora do morro a gente até pode adotar umas ideias mais rigorosas, para eles começarem a pagar, até porque a droga sai daqui de dentro quase de graça para eles, a gente acha fácil se pisar na bolsa – ele fala – dar o primeiro aviso, um prazo e no segundo roda, até ai concordo contigo, assim vai fazer com que eles volte a pagar, até porque a gente comanda um território enorme que rende, então, eles não vão querer perder o lucro.

—  E qual é o contra?

—  Os vapores aqui dentro, moradores, esses tem que ter prazo maior, até porque lá fora a gente sempre consegue gente nova, aqui dentro não. Se começar rodar morador, as pessoas vão começar a ficar com medo, precisamos de respeito muito mais respeito do que eles nos temer. Pensa nisso – ele fala se levantando – você já tem seu nome e tem seu respeito, já é conhecido, mantém isso. É disso que a gente precisa.

—  Vou cobrar rigorosamente quem está fora – eu respondo – aqui dentro eu dou um jeito.

—  Fechou – ele fala – tu tem cabeça boa, sabe do que eu estou falando, mente aberta, ao contrário do teu pai que sempre foi mente fechada para caralho.

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Comments

Cleusiane Chaves

Cleusiane Chaves

misericórdia cadê a consciência dele

2023-08-09

0

Cleusiane Chaves

Cleusiane Chaves

kkkkk pirou kkk

2023-08-09

0

Cleusiane Chaves

Cleusiane Chaves

Kkkk kkk olha a Gaia kkk

2023-08-09

0

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