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O herdeiro do morro da Rocinha, [14/06/2023 00:24]

Capítulo 19

Heloisa narrando

—  Ei – Samanta fala entrando e Vitoria estava sentada – acabei de ver Lorenzo todo transtornado, o que está acontecendo?

—  Eu ouvi dizer que ele tem uma garota com ele.

—  Uma garota? – eu pergunto para elas

—  Sim – Vitoria responde – parece que é a que estava no baile.

—  Será que foi a que eu deixeid subir no camarote? – Samanta pergunta

—  Lorenzo não é de se envolver com mulheres.

—  Eu apenas escutei – Vitoria fala rindo.

Eu fico encasquetada com o que ela disse, Lorenzo não era de se envolver com mulheres e nem mesmo assumir uma delas, sempre fica e fica mas nada de assumir, apenas os seus rolos.

As vezes Lorenzo e as suas atitudes me deixa assustada, ele conseguia ser muito pior que o Rk, depois que elas foram embora, eu desço a procura do Lorenzo e encontro ele e RK na boca discutindo sobre o Rogui.

—  Ele quer atrapalhar tudo – Lorenzo fala

—  A gente precisa ter pé no chão – RK fala

—  A garota, ela pode ter as respostas.

—  Você está encasquetado com essa garota, manda ela para fora do morro e pronto.

—  Que garota é essa? – eu pergunto e os dois me encaram.

—  Heloisa – Rk fala

—  Eu fiz uma pergunta que garota é essa? – eu respondo

—  É uma ai.

—  Quem é? – Lorenzo eu pergunto para ele depois que ele me responde.

—  É a do baile que a Samanta deixou subir, ela veio a mando de Rogui.

—  Você saiu com ela do baile – eu falo para ele

—  E ela me roubou, 15mil reais e fugiu.

—  E onde ela está? – eu pergunto

—  Em um lugar seguro.

—  Como assim em um lugar seguro? – eu questiono ele.

—  Ela sabe de mais – ele fala – ela sabe de mais mesmo, ela sabe muita coisa sobre Rogui.

—  Ela é o que dele? – eu pergunto

—  Mais uma puta – RK responde

—  Henrique – eu chamo atenção ele – e Lorenzo, eu não admito Lorenzo que você machuque uma garota inocente.

—  Ela não é inocente mãe – ele fala – e eu sei muito bem o que eu faço ou deixo de fazer, eu sei comandar a minha área aqui dentro.

—  VocÊ entendeu o que eu disse Lorenzo? – eu respondo para ele e ele me encara – eu não admito que você machuque nenhuma garota inocente e essa é a ultima vez que eu vou te dar esse recado.

Ele me encara.

—  Onde ela está Lorenzo? – Rk pergunta para ele.

—  Eu já disse que ela está sobre o meu comando – ele responde – na hora certa eu vou ter as respostas.

—  E depois vai fazer o que com ela? – eu pergunto – eu não quero ela morta, eu quero ela viva.

—  A senhora nem conhece ela para saber se ela é inocente ou não – ele fala

—  Realmente eu não conheço ela – eu respondo – mas eu conheço os traficantes como Rogui, como seu pai e como você e sei do que são capazes de fazer pasra conseguir o que querem, seja onde essa garota estiver, eu quero ela na minha frente, se não as coisas vão ficar feia.

—  A senhora não tem esse direito, eu respeito a senhora como minha mãe, mas a senhora não tem o direito de se envolver nos negócios – eu o interrompo

—  Eu faço parte do morro também, então o que refe ao morro, importa a mim e isso é uma ordem que eu dou aos dois – eu falo – me apresente a garota até o final do dia. Eu espero na nossa casa.

O herdeiro do morro da Rocinha, [14/06/2023 01:00]

v   Capítulo 20

Lorenzo narrando

Minha mãe sai de dentro da boca e eu encaro meu pai.

—  Você vai conversar com ela, Silvia não vai sair de onde ela está e ponto final – eu falo

—  É melhor tirar ela de lá e trazer para perto.

—  Perto? – eu pergunto – Sivlia é uma infiltrada, ela está aqui a mando do Rogui.

—  Você quer ter problemas com a sua mãe? Porque eu não – meu pai fala – e acredito que você também não. Eu entendo a sua mãe e sei o que ela está sentindo.

—  O que você está falando? – eu pergunto para ela.

—  Lorenzo eu te conheço o suficiente para saber que você deve ter encostado a mão nessa garota e você sabe que a única coisa que tua mãe não aceita é isso – ele fala – então, tira ela de onde esteja e coloca em convivência aos olhos da sua mãe.

—  Não, nem pensar – eu falo nervoso – eu já disse que não.

—  E eu estou mandando você fazer isso.

—  Como é? – eu pergunto para ele.

—  Aqui dentro do morro quem manda ainda sou eu – ele fala – então, coloca ela na sua casa, tranque ela dentro da casa, coloque vapores em cima dela 24h, vigilância, tudo – ele me encara – vamos te ajudar a monitorar ela 24h por dia, mas tira de onde ela está e deixe a sua mãe tranquila em relação que essa garota está viva e você não encostou um dedo nela.

Eu encaro meu pai e fico pensando em uma forma que poderia tirar Silvia de lá e fazer ela ficar de boca fechada e ameaçar ela de uma forma que ela sentisse medo de mim, mas aquela garota era dura na queda, adorava me afrontar e isso me deixava com muita raiva, ninguém nunca sequer me afrontou daquela forma e eu não iria admitir que ela fosse a primeira.

—  Eu vou tirar ela de lá – eu falo – mas se acontecer algo, não diga que eu não avisei, porque eu tenho certeza que essa garota é uma filha da puta.

—  Calma – meu pai fala – precisamos colocar os pés no chão e agir com a cabeça, precisamos pensar em planos e não agir dessa forma. E se Rogui vir atrás dela?

—  Eu já disse que assim fica mais fácil de pegar ele – eu falo para meu pai.

Meu pai me encara com o cigarro na mão, ele me olha com um olhar misterioso e eu apenas saio da boca. Eu amava a minha mãe mas ela se metia de mais.

Eu vou até a casa e desço e encontro a Silvia enrolada em uma toalha, suas roupas molhadas secando com um ventilador em uma cadeira, eu tinha pegado umas roupas e jogo na cama.

—  Tea? – eu pergunto para ela – esse nome é familiar para você? – ela me encara – Tea? – eu repito e ela me encara – eu posso matar ela sabia?

—  Você não vai fazer isso, você já está passando dos limites – ela fala me encarando

—  Não – eu respondo – é você que está passando dos limites quando tenta me afrontar, o negocio é o seguinte, você vai sair desse lugar e vai subir para cima, vai andar na linha e se você tropeçar, se você tentar me passar a perna ou fugir desse lugar, você está ferrada, eu mato Tea e a Sara juntas – eu pego o célula re mostro vídeo que eu tinha recebido.

—  Onde é isso? – ela fala encarando o celular

—  É o orfanato que você cresceu, não? – eu pergunto para ela e ela me encara

—  Você é um monstro – ela fala me olhando

—  Eu não vi você aceitando a negociação – eu falo para ela e ela me encara.

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