Capítulo 11

Depois de pensar em sua mãe e sua vida passada, ela continuou subindo as escadas.

A mansão do Primeiro Ministro tinha três andares, no segundo andar estava dividida entre o corredor leste e o corredor oeste.

No corredor leste ficavam o escritório, a biblioteca, a sala de piano e instrumentos musicais, as salas de aula utilizadas pelos mestres para dar aulas às crianças que ainda não tinham idade para ir à Academia Real.

No corredor oeste ficavam os quartos de hóspedes, que poderiam ser amigos ou conhecidos da família que vinham fazer visitas por alguns dias.

O terceiro andar eram os quartos da família e de alguns membros da família, como avós, tios, esposas dos tios, primos e primas.

Não era permitido atribuir um quarto a pessoas que não faziam parte da família, por isso havia o corredor oeste do segundo andar.

Para chegar ao terceiro andar, era necessário passar pelo meio dos corredores leste e oeste.

Carolina parou de andar ao ouvir um barulho vindo do corredor leste. Primeiro ela ficou em dúvida se ignorava o barulho e continuava seu caminho, ou se não ignorava o barulho e ia ver o que estava causando aquilo.

No final, ela optou pela segunda opção e, com passos lentos, se aproximou e viu um homem de preto com luzes verdes saindo de suas mãos.

Clarisa: "Será um espião?"

- Maldição - sussurrou o homem de preto ao perceber que não conseguia desfazer a barreira\, não importando o quanto tentasse.

Carolina ergueu a sobrancelha ao conseguir ouvir a maldição do homem de preto, mesmo que ela tenha sido sussurrada.

Ela preferiu não fazer nada, manteve-se escondida na escuridão. Porém, se ele entrasse no escritório, ela iria impedi-lo, mesmo não pertencendo ao local e, além disso, sendo apenas uma personagem de um romance, não permitiria que outros prejudicassem sua vida tranquila.

Passou muito tempo observando o homem de preto mexendo as mãos e tentando desfazer a barreira. Ela podia perceber que ele estava ficando impaciente por não alcançar seu objetivo.

Carolina não estava com pressa. Quando pensou que o homem não ia desistir, ela o viu ficar imóvel e, pouco tempo depois, as luzes verdes em suas mãos desapareceram.

Com um último olhar para a porta do escritório, ele foi embora, dissolvendo-se na escuridão da noite. Porém, ele não notou a presença de Carolina, que se escondeu atrás de uma coluna.

Ao ver que o homem de preto havia partido de mãos vazias, ela foi para seu quarto e continuou dormindo, sem nenhuma preocupação com o que tinha visto em frente ao escritório do Primeiro Ministro.

...****************...

Carolina acordou na hora de sempre, às 5h da manhã.

Levantou-se da cama e, ao abrir o guarda-roupa, viu um monte de vestidos longos de diferentes cores e estilos. Ela se lembrou que tinha sido transportada para o romance que sua mãe estava lendo.

Clarisa: "Como posso fazer exercícios com um vestido pomposo?"

Lembrou-se das roupas esportivas que costumava usar para fazer exercícios pela manhã.

Ela estava olhando qual vestido era menos pomposo para usar temporariamente como roupas de exercício.

No meio da pilha de vestidos coloridos, viu algo que parecia uma luz vermelha. Depois que a luz desapareceu, ela se sentiu cansada, como se tivesse corrido uma maratona.

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