Capítulo 8

Na novela, a vilã não foi ao teste de magia, mas eu irei

Caminho até o armário, abri-o e ao ver os vestidos coloridos, elegantes e pomposos, involuntariamente minha sobrancelha direita se arqueou.

Sem dar tanta importância, começo a procurar de um lado para o outro dentro do armário.

"TOC-TOC"

Ao ouvir alguém batendo na porta, endireito minha postura e, com voz tranquila, digo - Pode entrar -

Vejo a porta se abrir e entra uma empregada, com as mãos segurando uma bandeja de comida, em nenhum momento deixo de observá-la.

Clarisa: "Esta pessoa não é a espiã do protagonista masculino?"

Meu rosto fica frio ao reconhecer a mulher à minha frente e olho para a bandeja de comida com desconfiança.

Ao notar que minha senhora não se aproxima, fingindo preocupação, ela pergunta - A Duquesa está bem? -

- Quem é você? - finjo não conhecê-la.

-... -

- Não me lembro de ter te conhecido - finjo desconhecimento

Clarisa: "Quer fingir? Não é a única que pode fingir, hm."

-... - fico sem palavras por um momento e depois digo - s... sou sua dama de companhia, Anna - confirmo que Clarisa realmente perdeu a memória, inicialmente pensei que ela estava apenas fingindo.

Mas ao olhá-la, qualquer suspeita desapareceu.

Mas o que ela não sabia era que agora havia outra alma cruel, impiedosa e fria no corpo, ainda pior do que a senhora anterior.

Consigo perceber no olhar de Clarisa que ela não desconfia mais de mim. Porém, eu não desejo mais continuar olhando para ela, pois sei que sou uma das capangas do marido dela.

- Você pode sair - não quero mais estar no mesmo ambiente que meu inimigo\, não posso deixar uma pessoa tão perigosa ao meu lado.

Eu não sou a vilã original, que ela confiava e revelava todos os seus pensamentos e planos.

Para que depois eu fosse até o protagonista masculino e lhe contasse tudo.

Essa era uma das razões pelas quais os planos da vilã falhavam.

Não se pode confiar em uma pessoa assim, nunca se sabe quando ela irá trair você.

Mas também não posso simplesmente demiti-la, pois isso iria levantar suspeitas sobre mim, eles fariam perguntas e eu não quero isso.

E em relação ao protagonista masculino e feminino, eu não me importo com a vida ou a morte deles.

Anna ouviu a conversa do primeiro ministro e do doutor Castro no corredor, eu não queria ir embora antes de descobrir se o que ouvi era verdade e eu já sabia como fazer isso.

- Senhora\, você se vingará da senhorita Elisabeth pelo que ela fez? - pergunto com uma expressão séria\, mas minhas mãos tremem onde não podem ser vistas.

Eu sei que apenas ao mencionar o nome Elisabeth, minha senhora ficará com raiva e começará a xingar vulgarmente.

Clarisa: "Você acha que eu vou cair? Que ingênua."

Fingo pensar antes de responder - Não sei quem é essa tal Elisabeth, deveria conhecê-la?

Dou risada em meu coração ao ver a expressão surpresa de Anna.

Anna fica paralisada ao ouvir minha resposta, incapaz de acreditar, ela pergunta - A Duquesa realmente não se lembra de quem é a senhorita Elisabeth? -.

- Não\, não me lembro dela - fecho a porta do armário e caminho até a mesa redonda onde está o jantar - se era só isso\, pode ir embora - digo para Clarisa sem olhar para Anna.

Sem outra opção, Anna se curva e sai do quarto. Uma vez fora, ela olha para a porta fechada.

Anna: "Preciso contar ao Duque!"

Ela se afasta rapidamente, sem saber que Carolina está observando friamente do lugar onde ela saiu.

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