Brandon Carter
Meu nome? Brandon Emanuel Jeffers Carter. Filho de Adellaide Carter e do falecido Major Bradley Carter.
Sou tenente-coronel da Força Aérea, responsável pelo treinamento de novos pilotos além de líder nas missões de reconhecimento, patrulha e ofensivas por ar, e em missões mais secretas e difíceis, também por terra, pois sou um SEAL treinado.
Minha rotina desde moleque foi ser treinado pelo meu pai para ser um soldado exemplar, sem falhas, sem medos, sem sentimentos que me tornassem fraco e vulnerável, pois em combate o inimigo joga sujo para nos desestabilizar.
Então, como já imaginam, namoros, relacionamentos, eu coisas desse tipo, nunca estiveram na minha lista de prioridades. Isso tira o foco e nos faz vacilar...palavras do major Carter.
E acredite quando digo, meu pai levava isso muito à sério, e por isso nunca o vi sendo carinhoso comigo nem mesmo com minha mãe. mas as coisas mudavam um pouco com minha irmã.
Apesar da frieza, ele nunca levantou a mão para agredir minha mãe ou minha irmã, Cameron. Mas era um marido infiel.
Mesmo quando a Cam apareceu grávida de um pilantra que a seduziu ainda de menor, meu pai não a expulsou, porém parou de falar com ela, mandou darem um jeito tal homem, e acabou morrendo meses depois, sem nem conhecer a neta e afogado em todo o rancor que guardou dentro de si.
E eu fiquei responsável pela minha família desde então. Isso foi há 6 anos atrás e sinceramente não me arrependo de ter me tornado o chefe de família que minhas meninas precisavam, e eu digo meninas porque são 3: Minha mãe, minha irmã e minha sobrinha Judy, que é meu maior tesouro e pra quem eu quero ser o maior herói sempre.
Hoje, com 32 anos, eu não me imagino sem minhas meninas, pois elas são minha base, e eu admito, também minha fraqueza, e apesar do temperamento difícil da Cam, eu a amo muito e faço o que posso por ela.
Mas o Brandon só se mostra em casa, com elas, porque a vida de um soldado na base é diferente de quando está em casa, e lá eu sou o tenente-coronel Carter.
Quando estamos na base nós somos soldados que devemos estar sempre prontos, alertas e preparados pra tudo, em qualquer hora ou circunstância. E não se engane, na Força Aérea nós também somos grandes e o poder de fogo de um caça é destrutivo!
Mas a sensação de pilotar um caça, a adrenalina...não tem igual.
Estou até sentindo falta dessa sensação e estava ansioso para que minha folga terminasse logo, mas acho que meus planos mudaram desde hoje de manhã, quando conheci uma certa doutora muito irritante, mas linda e tímida na mesma proporção, e ela nem faz ideia do quão sedutora ela consegue ser em toda aquela timidez.
Os belos e grandes olhos verdes me impressionaram e eu senti algo diferente, forte, mas que ainda não decifrei, porém não sou homem de fugir ou me esconder sem antes ter certeza das coisas. Pode ser apenas curiosidade, atração, ou mero fascínio pelo novo e muito, muito belo.
Seja lá o que for, me motivou à vir fazer meus exames de rotina antes da data prevista, só para ver se a tal doutora princesinha estava realmente bem, já que mesmo tendo desfeito um noivado falido, acho que ninguém merece ser traído, e pior que isso, as vésperas de um casamento e com uma pseudo melhor amiga...que rolo!
E não foi só isso...também recebi uma visita meio inusitada em meu prédio. É, eu investi meu dinheiro, construí o prédio onde moro hoje com minha família, no último andar que é uma cobertura só nossa. Os outros apartamentos eu aluguei e já estou reinvestindo em outro prédio, há algumas quadras de onde moro, só que esse será maior.
Um homem tem que pensar no futuro, afinal eu tenho 3 mulheres por quem eu luto todos os dias, e quero dar estabilidade à elas e, quem sabe... uma futura esposa e filhos?! Isso só o tempo vai dizer.
Voltando ao assunto...
Recebi a visita do Sr. Nicollas
Blake, que me agradeceu novamente por ter protegido sua filha, e acreditem, me convidou para um almoço no domingo em sua casa. Até pensei em recusar, mas o Sr. Blake me disse que seria uma desfeita.
E para não aparecer lá assim de surpresa, uni o útil ao agradável, vindo ao hospital fazer meus exames e, de quebra, ver a doutora motociclista, que eu tenho que admitir...pilota muito bem. Preciso me aproximar, entender o porquê tenho a sensação de querer estar perto, cuidar dela.
E depois de ter colhido o material dos exames, me surpreendi ao sair da sala de coleta e me deparar com uma baixinha, se escondendo atrás de uma coluna, digitando algo muito concentrada no celular e depois olhando para um pequeno burburinho na recepção, mais à frente.
Cheguei de mansinho e falei bem próximo ao ouvido dela, que quase teve um treco e deu um pulo de susto,me fazendo gargalhar.
Conversamos um pouco e eu arranquei alguns sorrisos dela e percebi claramente como ela, vez ou outra me admirava, olhando meus músculos, mas não disse nada, não quero deixá-la constrangida. Muitas mulheres me olham com desejo, mas o olhar dela é diferente, de um jeito que eu não sei explicar ...mas é um diferente bom.
Quando estendi minha mão e ela relutou, tentei deixá-la mais tranquila, mas quando ela segurou minha mão, quem não conseguiu ficar tranquilo fui eu!
Senti saudades de algo que nunca tive. E isso se intensificou ainda mais quando vi que a tal amiga traíra estava vindo em nossa direção, empurrando a cadeira de rodas com aquele verme, e para não causar mais desconforto e olhares de pena ou julgamentos errados à minha doutora princesinha, eu a abracei, encostando sua cabeça em meu peito, tapando completamente a visão dela e a protegendo dos olhares dos curiosos que seguiam o novo "casal". Sou mais alto e bem mais forte, então com o corpo dela contra o vão da coluna e a parede, e com meu corpo em sua frente, não dava para vê-la, pelo menos não nitidamente, e era essa a intenção, escondê-la e protegê-la.
Mas em momento nenhum imaginei que sentiria tantas emoções estranhas e desconhecidas dentro do peito. Os batimentos acelerados, o sangue que parecia correr mais rápido dentro das veias, o perfume dela que parecia preencher meus pulmões e me dava vontade de mais...Mais desse contato, do calor da pele dela, da respiração suspensa, e sentir o corpo dela tensionado contra o meu,me fez entender que ela não é indiferente, que nós dois estamos entrando nesse campo minado juntos, mas com muito medo do que nos espera.
Quando a "comitiva" passou, senti ela erguer o rosto devagar, e apoiar o queixo em meu peito, me fazendo encarar aqueles lindos olhos verdes.
- Seu coração...- ele apoiou a mão sobre meu peito. - Está acelerado...
- Se eu disser que a culpa é sua, vou ganhar um tapa ou algo assim? - instintivamente, acaricio seu rosto, sem nem saber o porquê.
Vejo ela fechar os olhos e sorrir levemente, aproveitando o carinho. E instantes depois ela me olha...e eu podia ver o receio, a confusão, a dúvida e o desejo de ser amada de verdade...tanto nesse simples olhar.
- Não...porque eu não estou diferente de você, Tenente Carter...- diz, num fio de voz. - E isso...isso assusta. - sua voz embarga e eu a aperto novamente em meus braços, como se pudesse protegê-la de tudo e todos, só com esse gesto.
- Tudo bem, pequena...tudo bem. É assustador pra mim também. - sorrio fraco, acariciando seus cabelos.
Eu não posso me envolver com você, princesinha. Não quero te ver sofrer mais...
Então porquê cada parte de mim grita que eu preciso...grita que é você!
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Atualizado até capítulo 70
Comments
Emely
Já conquistou o homem...a filha está no papo
2024-12-09
1
Isa Abreu
Foi amor a primeira vista. ❤❤❤
2025-02-05
0
Lilian De Jesus
foi amor à primeira vista 😍
2025-01-05
0