Inimigos que precisavam morrer.

É uma informação difícil de ser digerida. Ninguém nem sabia o que pensar sobre isso. As líderes falaram novamente com Euscribo:

- Precisa nos dizer mais que isso - Brenda afirma com um olhar flamejante.

- Sim, pai, como vamos lider com isso? - May pergunta com aflição.

- O que quer dizer com mortos vivos? - Ras fica curiosa com aquela informação.

- Bom, eu só sei o que ouvi desse mensageiro que viram... apareceu um e esse um foi contaminando outros... a característica é de alguém que já morreu, porém segue vivo, tentando contaminar os que realmente estão vivos - o sábio explica.

- Por isso podemos ir com tudo, então... já não há mais esperança para quem é infectado - Kira comenta com tristeza.

- Como exatamente eles nos infectam? - Amélie pergunta pensativa.

- E mais importante, como matar de vez esses mortos? - Malika faz a pergunta derradeira.

- Eles contaminam pelo contato, não podem receber nenhum contato direto deles. Talvez seja sangue ou saliva, mas de qualquer forma não sejam atingidas. Impeça-os do jeito que for, arrancando as pernas ou a cabeça. Até que tenha uma cura é o que temos que fazer - Euscribo conta o plano e completa - agora vão para as fronteiras de seus reinos, pois essas criaturas avançam sem descanso - e insiste em apressá-las.

Todas elas lideram seus exércitos na direção de seus reinos. As mestiças, que ficam no território central, entre todos os outros reinos, permanecem lá, então Euscribo fala com sua filha May, a líder:

- Filha, vocês serão mais úteis se dividirem-se... são cinco, cada uma poderia ir para um dos reinos - dá uma ideia.

- Por outro lado nós conquistamos alguma autonomia... não posso sair e deixar aqui sem ninguém - May revela um impasse.

- Você não entendeu... se os reinos vizinhos forem tomados não teremos nenhuma chance. Esses mortos vivos se multiplicam com muita rapidez - o sábio reflete um pouco e logo põe fim ao dilema.

- Tem razão. Elas saíram a pouco, podemos alcançar todas elas se saírmos agora. Mia, quero que acompanhe as magas. Sakura, quero que vá com as rangers, Mase quero que vá com as paladinas e Indh com as pacificadoras. Eu irei com as bárbaras - May faz uma divisão rápida.

Elas partem. Euscribo chama cinco aliados que possuem cavalos e os manda em direções diferentes para salientar a importância daquele reforço e que precisam estar todas juntas agora. Os homens vão.

As líderes inicialmente recebem com alguma estranheza a presença de guerreiras mestiças em seus times, porém com a chegada dos mensageiros à cavalo todas as mestiças são mais bem aceitas.

Todas aceleram os passos e conseguem chegar nas bordas de seus reinos antes que os mortos vivos apareçam, mas não há tempo para muito preparo... já é possível ver um monte deles vindo para a invasão.

No Reino dos Magos, o sul já estava tomado por quase uma centena de mortos vivos. Ras liderou seu time, com a adição de Mia. Todas firmaram uma base no monte e os mortos vivos vinham tanto da região de savana, como da região de floresta úmida como do deserto. Ras ficou com Mia e as duas foram na direção do deserto. Lá havia menor quantidade de mortos vivos e de lá poderiam ir como reforço para ajudar as outras duplas. Shena e Ashanti foram para a área da savana e Uzuri e Hawa foram na direção da floresta úmida.

No Reino dos Paladinos, Mase afiou seu chakram junto com as outras que afiavam suas lâminas. A líder Amélie recebeu um aviso que ao mesmo tempo que lhe assustava lhe motivava: A batalha contra os mortos vivos se daria em um campo aberto, com nenhum local para se esconder. Ela motivou todas, que gritaram e foram cada uma em uma direção e sozinhas ficaram esperando os mortos vivos que vinham lentamente, porém em velocidade constante e por todos os lados.

No Reino dos Rangers, Kira contava com Sakura que possui garras como armas, enquanto as guerreiras desse reino usam armas de longo alcance. Logo a líder formou a estratégia de Sakura ajudar na defesa pessoal delas, que se alinharam e preparam suas flechas. E logo os mortos vivos estavam chegando mais próximos.

No Reino dos Pacificadores, Malika se viu em uma situação de batalha em campo aberto e ter a presença de Indh era um reforço importante. A líder pediu que lutassem próximas, para uma ajudar a outra, mas com espaço para não se acertarem e assim se organizaram.

No Reino dos Bárbaros, Brenda arma sua estratégia dividindo seu grupo em dois, pois uns teriam que lutar no oriente norte e outros no ocidente sul do reino. Ela ficou com Violet e Lindsay e pediu para May liderar o outro time, junto com Aileen e Cleide. E assim foi feito.

As batalhas começam... inicialmente é empolgante, pois todos os ataques são efetivos, sejam eles de magia, flecha, lâminas ou qualquer outro tipo de ataque, porém em alguns minutos as guerreiras começam a cansar e nenhum sinal de que o exército de mortos vivos parem de vir.

Enquanto tudo isso acontece, Euscribo fez uma reunião de emergência reunindo os mais inteligentes e sábios de todos os reinos e aproveitou o espaço da Guilda para tal reunião. Os homens não estavam se entendendo... não a toa que é melhor deixar com as mulheres as batalhas. Euscribo, que representava os mestiços apesar de não ser exatamente um deles, disse:

- Não importa agora nossas convicções pessoais, meus amigos. Mortos vivos estão avançando e precisamos de uma cura... e não venham me dizer que basta matá-los, pois se um de vocês ou mesmo familiares fossem atingidos gostariam de uma cura - afasta qualquer possibilidade de hipocrisia.

Todos concordam em se ajudar e ali mesmo convocam os melhores médicos de cada reino para trabalharem juntos.

Enquanto esse esforço é feito um esforço ainda maior ocorre dentro de cada um dos reinos. A primeira leva de mortos vivos finalmente padece. Todas as guerreiras conseguiram a vitória sem se contaminarem, porém estão exaustas... e veem que há mais desses contaminados se aproximando... só há cerca de trinta minutos até que uma nova batalha se inicie.

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