A Confissão Inesperada
Leonard Song, o asiático de cabelo claro
estava saindo do aeroporto carregando suas duas malas. Leonard tinha voltado para os Estados Unidos, após ter conseguido uma vaga dentro de uma das universidades de Chigado para o tão sonhado curso de direito. Leonard foi surpreendido por seu queridos avós na saída do aeroporto.
— Meu netinho, está tão magrinho! — falou a avó com um sorriso no rosto abraçando Leonard.
— Vó, não fale assim. Você não mudou nada!
— Leonard sorriu e retribuiu fortemente o abraço. — Vó, por que não me ligou para dizer que estava esperando? — falou cruzando os braços. Você sabe que não gosto que fique se esforçando por causa das suas pernas. — Leonard se referiu ao problema de artrose.
— Não vi o meu netinho há muito tempo e pare de ser bobo! — ela falou dando um largo sorriso.
— Vamos, o seu avô está esperando em casa.
— completou.
Fazia mais ou menos, 1 ano que Leonard ficou longe dos seus avós pois teve que morar em outra cidade por causa dos estudos. Enquanto o carro se locomovia, Leonard observava os lugares pela janela. Tinha esquecido como era Chigado, a cidade movimentada, os pontos turísticos e também a magnífica paisagem de Skyline de Chicago. Não é atoa que ela é um dos lugares mais bonitos do mundo. Uma cidade cheia de paisagens bonitas. Leonard é um jovem de 28 anos, filho de uma mãe asiática e pai americano. Porém, seus pais perderem a vida no acidente de carro acabando por seus avós o criarem. Pode-se dizer que Leonard passou quase toda sua vida em Chigado depois desse terrível acontecimento. Ao chegar em sua antiga moradia, cuja casa tinha um visual tradicional, Leonard deu um suspiro de alegria, estava satisfeito de voltar ao lar. Sentir o cheiro das diversas plantas que a avó amava e também do aroma das velas aromatizadas, seus avós acreditavam que elas poderiam trazer muita paz e saúde. Leonard saiu disparadamente do carro e foi direto para a cozinha, pois na panela tinha seu prato favorito e ele conseguiu identificar o cheiro rapidamente do Tteokbokki. Por mais que esse prato poderia ter em vários lugares, ninguém fazia igual ao seu avô.
— Menino, você estava passando fome na Coréia? — perguntou o avó indignado com o que acabou de ver. Ele olhou para o tênis sujo do seu neto e balançou a cabeça.
— Pelo visto você não mudou nada! — suspirou e deu um abraço nele.
— Estava com saudades. Para comer primeiro, tem que tirar esse tênis sujo e lavar as mãos. Leonard apenas riu daquela situação e fez o que seu avó pediu. Subiu para seu antigo quarto e observou que seus avós tinha deixado da maneira que ele deixou anteriormente. Isso o deixou contente. Leonard era uma pessoa humilde e amável, seu quarto era composto por um lugar pequeno com uma cama, um espelho de chão e um móvel para guardar suas roupas e objetos necessários. Leonard sentou na cama de madeira e logo retirou seus sapatos, ouvir o galo cantando era como músicas para seus ouvidos. Finalmente Leonard tinha voltado para a casa.
— Vô, essa comida está tão deliciosa! — Leonard não parava de comer, parecia que não comia há anos. De certa forma, isso deixou seus avós preocupados, pois Leonard parecia que não estava comendo bem na Coréia.
— Song, você se alimentou direito esses dias? Está tão magro! — disse a avó enquanto observava seu neto.
— Claro, vovó! Eu comi bastante comidas deliciosas. — falou enquanto comia disparadamente. — Cuidado, você vai engasgar! — disse o avô rindo.
Durante esse tempo, Leonard estava se dedicando extremamente aos estudos. Por causa disso, não focou na sua alimentação. Obviamente, Leonard não diria a verdade para seus avós. Entretanto, era perceptível a perda de alguns quilos e também a mudança do físico.
— Bom, hoje é um dia muito especial pois nosso netinho voltou para a casa e também vai se tornar o novo advogado de Chigado. Reservei um restaurante para hoje a noite no centro da cidade. — disse a avó enquanto acariciava a cabeça do seu neto.
— Mas, vovó é muito caro! — disse Leonard preocupado.
— Está tudo bem, como disse é um dia especial! — disse ela sorrindo.
— Vovó, deixa que eu pago. — falou Leonard.
— Já disse, não se preocupe. E também, já paguei. — disse ela.
— Sua avó é muito decidida, não tente fazer ela mudar de ideia. — falou o avô sorrindo.
Depois de comer, o jovem decidiu descansar depois de uma longa viagem enquanto seu avô foi acompanhar sua avó nas consultas. Leonard estava exausto, logo que deitou na cama caiu dentro de um sono profundo.
No dia seguinte, Leonard Song acordou com o som do galo. Levantou assustado, pois dormiu que nem sentiu. — Nossa, que horas são? — falou esfregando seus olhos e abriu a janela vendo seu avô alimentar os porcos. Um brilho surgiu em seus olhos. Calçou seu chinelo e desceu para a sala avistando sua avó fazendo biscoitos.
— Bom dia, netinho! Você dormiu bem? Ontem estava dormindo tão aproximadamente que nem chamei para o jantar. — a avó colocou os biscoitos para assar.
— Sente-se, vou dar o café da manhã. Seu avô está alimentando os animais dele, pois ele tem um carinho enorme por eles. As vezes acho que ele ama mais eles do que eu. — a avó disse a última frase dando uma gargalhada. Leonard sentou na mesa e riu dela.
— Ele gosta mesmo deles, mas acredito que não seja tão grande quanto o amor por você. — disse Leonard.
— Imagino. — ela deu um copo de leite, um prato com ovos fritos e biscoitos para Leonard. — Quando começa o seu curso? — se referiu ao curso de direito.
— Tenho entregar ainda os documentos, mas acho que vai começar na semana que vem. — após dizer, começou a saborear o belo café da manhã e depois foi alimentar os animais juntamente com seu avô.
— Coloque os cavalos na baia, daqui a pouca o veterinário irá chegar. Eles precisam tomar as vacinas, pois já faz um tempo. — o avô disse.
Leonard acariciava a face do cavalo, ele balançou a cabeça fazendo um sinal que entendeu e fez como pedido.
— Vô, quando terá a próxima cavalgada? Seus cavalos estão lindos. — disse Leonard.
— No começo do ano. — falou o avô enquanto arrumava as cancelas.
— Hum... Sinto saudades disso. — Leonard deu um sorriso. — Tenho que ir para a universidade. Me empresta o ferro velho? — se referiu a caminhonete.
— Ferro velho? Aquilo está novinho. Eu dei uma arrumada nele. Pode pegar. — ele tirou a chave do bolso e deu para Leonard.
— Obrigado, avô! — agradeceu.
Song foi tomar um banho para tirar o fedor dos porcos. Vestiu uma roupa simples, camiseta lisa preta com calça jeans. Quanto aos sapatos, colocou um all star tradicional. Deixou os fios de cabelo jogado para atrás, ele gostava desse estilo. Em seguida, complementou com um spray. Após, passou um perfume doce com cheiro de rosas e em seguida o creme corporal. Por fim, escovou os dentes e colocou seu óculos redondos. Leonard foi a caminho da universidade que ficava um pouco afastada da sua casa pois era no centro da cidade. Durante o percurso, ligou o rádio e estava tocando as músicas bregas do seu avô. Leonard procurava alguma música que sentia adequado para seus ouvidos, tinha esperança de encontrar alguma. De repente, sentiu uma batida atingir a caminhonete e seu corpo por impulso foi para frente batendo no volante. Por sorte, a batida não foi tão forte. Leonard olhou pelo retrovisor externo e viu que um carro preto aparentemente luxuoso tinha batido contra a caminhonete. Preocupado com a situação, saiu do automóvel e foi até o carro. Era uma Lamborghini muito bonita. Avistou um homem de aparência jovem desacordado no banco do motorista. Leonard abriu a porta e checou os sinais vitais, ele não estava morto. Leonard olhou em volta, estavam ao redor de uma estrada distante com bastante mato, no qual demoraria muito esperar uma ambulância. Naquele momento, Leonard se perguntava o motivo daquele homem tão rico frequentar um lugar como aquele.
— Senhor? — disse na tentativa de acordá-lo. Algumas vezes o cutucava. — Que cheiro é esse? — se referiu ao odor que instalava no homem. Leonard inclinou para perto do jovem logo identificando que aquele cheiro era de bebida alcoólica.
— Que sem vergonha! — resmungou. Leonard deu um pulo para atrás ao ver o homem acordando. Ele levantou rapidamente e pegou na gola de Leonard.
— Quem é você? — disse de forma embolada o homem. Após falar tais palavras caiu no chão igual uma manga madura.
— Sem vergonha mesmo! — falou Leonard rindo do homem. — É cada situação que acontece comigo... — refletiu.
Leonard pediu ajuda para seu amigo que era mecânico e também trabalhava como guincho e levou o homem ao hospital. Foi a experiência mais agonizante que já teve. Aquele homem movimentou o fedor de bebida alcoólica por toda a caminhonete. A doutora disse que o homem estava bem, talvez o desmaio pode ter acontecido por causa do impacto. Como não foi encontrado o celular e nenhum tipo de contato para ligar para alguém próximo a ele. Sendo assim, Leonard decidiu aguardar o homem acordar. O jovem observava aquele homem moreno cuja face chamava atenção por ser bela. Sem falar do seu físico trabalhado sobre o terno preto. Ele era bem grande também.
— Seria um atleta? — Leonard pensou.
Quando o dia estava quase acabando, o homem levantou aos pálpebras. Leonard olhou para ele e saiu da cadeira, após aproximando dele.
— Você está bem? — perguntou o olhando.
— Aonde eu estou? — disse o homem confuso olhando ao redor.
— No hospital. Você bateu na minha caminhonete e desmaiou. Pelo visto, estava muito bêbado. — o encarou.
— Você chamou a polícia? — perguntou o homem. Ele parecia preocupado quanto a isso mesmo que nenhuma expressão aparecia em seu rosto.
— Por que? — perguntou curioso para ver o que ele iria responder.
— Apenas responda! — disse de maneira rude.
— Olha aqui Senhor do terninho, cuidado com suas palavras! Você vai pagar pelo prejuízo?
— Merda! — o homem colocou a mão na cabeça. — Eu não lembro de quase nada. Aonde está meu carro?
— Está no conserto. Meu amigo é mecânico.
— Aquele carro vale mais do que 12 mil reais, não é qualquer um que pode mexer.
— Será que todos os ricos são assim?
— disse Leonard cruzando os braços. Invés de ajudar, deveria ter deixado seu carro no meio da estrada. Além de que também poderia deixar você lá, até os policiais chegarem para acabar com sua reputação. — sorriu debochando.
— Quem tem que ter cuidado com as palavras é você! Pagarei pelo prejuízo e devolva meu carro.
— Tudo bem, Senhor rico. Você é muito ignorante! Me ligue para marcamos um horário, eu tenho que resolver alguns assuntos.
— escreveu no papel seu número de celular e jogou nele.
— Por que não agora? — perguntou o homem.
Leonard se retirou do lugar sem respondê-lo.
— Na próxima vez, não ajudo ninguém! — disse Leonard nervoso com a situação.
Leonard olhou a caminhonete com a lataria amassada e suspirou. Olhou o relógio, ainda dava tempo de ir a universidade. O jovem entrou no veículo e foi para o lugar desejado, entregou os documentos e também foi informado que as aulas começariam daqui 2 dias.
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Atualizado até capítulo 125
Comments
Maydelis
oi
2024-09-29
1
Maria Elisa Simões
Eu também gostei
2024-08-21
1
Da Silva Lopes Clinger
começando 17/08/24
2024-08-18
1