CAPÍTULO 16: SEJA BEM-VINDO AO MUNDO DOS NEGÓCIOS!

Christian solicitou que acompanhasse para a empresa de um amigo conhecido. Enquanto o homem conversava com seu amigo, o jovem esperava sentado em uma cadeira moderna vermelha.

— Ele pode mesmo ouvir nossa conversa? — perguntou o amigo para Christian.

— Por que não poderia? Você sabe que nesse mundo as paredes tem ouvidos, então não adianta muito andar por aí suspeitando de tudo. — Christian deu um sorriso.

— Mas, você ter um secretário é novidade para mim. O que está tramando Sr.Christian? — falou o amigo dando um sorriso ousado enquanto passava o dedo indicador pela gravata do homem. — Só me procura quando está com problemas. Me conte o que aconteceu dessa vez.

O amigo sentou na borda da mesa de escritório cruzando as pernas enquanto olhava para Christian de forma ousada.

— Lhe disse por telefone. Você descobriu? — perguntou Christian.

— Você não perde tempo, não é? Eu descobrir sim, mas a resposta pode lhe deixar magoado. — o amigo pegou uma pasta da gaveta e deixou virada sobre a mesa. Prestes Christian pegar, o amigo colocou a mão sobre a pasta.

— Tem certeza que quer ver? — falou o amigo fazendo um bico na boca.

— Para com isso! — Christian pegou a pasta com brutalidade e abriu pegando diversos papéis com imagens.

Por alguns minutos, o homem olhou furioso para os papéis.

— Avisei que não iria gostar da resposta.

— cruzou os braços. — Nossa, você parece um monstro que não dorme há dias. Deve está trabalhando igual um condenado. Né? Christian sendo Christian. — balançou a cabeça negando, após fez um estalo entre os lábios.

— Seu rosto mostra o quanto está nervoso. Relaxa um pouco, vou fazer uma massagem nos seus ombros.

— Não gosto quando as pessoas me toquem. — afastou do amigo.

— Mas, eu sou uma pessoa especial. Sou um amigo de infância. — o amigo aproximou do homem e massageou seus ombros.

Enquanto Christian recebia a massagem, fechou os olhos e erguiu o pescoço dentro de uma posição relaxada.

— Seus ombros estão tão tensos! Precisa descansar mais. Quando foi a última vez que descansou? — deu um sorriso e aproximou dos seus lábios. — Ou até mesmo deu uma boa relaxada?

Christian revirou os olhos e empurrou o amigo. — Você fala demais!

O amigo deu um riso e voltou a sentar sobre a mesa.

— Posso lhe ajudar com esse caso.

— o amigo passou a mão entre os fios de cabelo.

— É melhor, não. Você é perigoso!

— Christian levantou da cadeira.

— Você é tão chato! — suspirou. — Então, só me usou para conseguir respostas? Não vai me dar nenhuma recompensa?

— falou de forma manhosa.

— O que você quer?

Ao ouvir a pergunta, o amigo deu um sorriso de canto.

— Me dar algo que eu preciso ou qualquer coisa que acha que combine comigo.

Christian balançou a cabeça concordando.

— Tudo bem. Tenho que ir agora.

— Cafajeste! Pega o que quer e vai embora. — falou o amigo resmungando.

Christian saiu da sala, Leonard levantou e acompanhou.

— Muitas dúvidas tem na minha cabeça, mas não vou pensar em nada. — pensou Leonard.

Depois do encontro com seu amigo, mais tarde foram para a reunião da empresa.

— Você chegou bem na hora. — falou a senhorita Mia assinando alguns papéis sobre a mesa.

— Que bom que cheguei. — o homem se sentou. Leonard fez o mesmo.

— Seja rápido. Por que marcou essa reunião? — a mulher parou de assinar e olhou para ele.

— Vou ser direto, só preciso de 10 minutos. Acredito que alguém queira me derrubar e tudo indica que você pode ser a próxima. — colocou uma das mãos sobre a mesa.

— Isso não é novidade. Muitos querem nos derrubar.

— Derrubar do tipo, ver embaixo da terra. Não é uma questão somente de negócios.

A mulher suspirou. — Vi a notícia sobre o acontecimento da sua casa.

— Como sempre, notícias se espalham rápido. Minhas suspeitas nuncam falham e essa habilidade está me dizendo que possa ser alguém de dentro da empresa. Ou melhor, alguém próximo. Sendo assim, tenha cuidado. Tenho certeza que mais tarde, a pessoa que está por trás disso faça algo pior. Durante a reunião pela Itália, você percebeu né?

— Sim, eu percebi aquela palhaçada toda por causa das indicações. Eu vou tomar cuidado. Você não quer ficar na minha casa por enquanto?

— Você está preocupada? — falou de forma irônica.

— Claro, você é meu filho! Qual tipo de mãe gosta de ver um filho sofrendo ameaça? — Mia suspirou pesado.

Leonard ficou surpreso por aquela mulher ser a mãe dele. Ambos não tem semelhanças físicas ou algo do tipo.

— Me coloca de volta no guarda-roupa que estou passado! — pensou o jovem surpreso.

— Tá! — falou o homem de maneira fria.

— Enfim, tentarei outros contatos para conseguir uma empresa de publicidade para realizar a parte de marketing dos produtos. A primeira opção foi descartada.

— Por que foi descartada? Era um bom negócio e uma empresa forte. — balançou a cabeça decepcionada.

— Aquele cara nem sabe identificar um bom negócio. Ele negou todas as minhas propostas dizendo que era pouco. Só de olhar para ele, me dava dor de cabeça! Não está tudo perdido, vou tentar outros contatos!

— Fale com Pedro. — a mulher levantou da cadeira.

— Pedro, aquele louco da cabeça de serra? — arqueou as sobrancelhas.

— Independente que ele seja louco ou não, faça pela empresa. — após dizer, a mulher saiu da sala.

Christian pegou o celular e ligou para Pedro.

Ao atender a ligação, Pedro deu uma risada. — Fala patrão! O que você quer?

— Não sou seu patrão. Você não aprendeu bons modos? — suspirou.

— Somos próximos, não precisa de formalidade. O que faz de bom?

— Trabalhando. E você? Está serrando a madeira?

— Por que sempre pergunta isso?

— Por curiosidade. — falou irônico.

— Realmente eu não lhe entendo.

— Enfim. Está interessado em uma proposta?

— Depende. O que é?

— Uma proposta muito boa que vai fazer sua empresa lucrar. Se estiver interessado, venha amanhã às 15h na minha empresa.

— 15h? Tenho compromisso.

— Tchau, Sr. Pedro. Nos vemos amanhã!

— depois que disse a frase, desligou a chamada.

Christian levantou e olhou para Leonard.

— Amanhã tem uma festa de aniversário de um importante parceiro da empresa. Conhece o Doutor Felipe Daither?

Ao ouvir o nome do homem, Leonard lançou um olhar alegre.

— Doutor Felipe Daither? Uau! Conheço sim. Ele é um advogado extraordinário e bastante famoso. Sou fascinado pelos seus trabalhos. — falou com voz animada.

Felipe Daither, um homem de 51 anos com uma longa carreira na advocacia. Conhecido como "O rei advogado". Ganhou muitos casos e é considerado um vilão para aqueles que ousam enfrentá-lo. Um advogado experiente e famoso pelo país.

— Ele patrocina a empresa e em troca enviamos nossos produtos.

— Como assim? Mas, não são ramos totalmente diferentes um do outro?

Christian deu um sorriso. — A questão não é ser de áreas diferentes e sim uma jogo de poder. Junte com aqueles que tem poder e assim poderá crescer muito mais. Você tem que aprender muito nesse mundo dos negócios. O Felipe Daither, gosta dos produtos da empresa e sempre que tem um produto exclusivo, ele é um dos primeiros a ter. Você acha que ele não lucra expondo nas redes sociais? Olhe isso.

Christian abriu o Instagram e colocou em uma postagem do Felipe Daither segurando um perfume e na legenda estava escrito "para começar um dia bem na vida de um advogado, usando um perfume super gostoso e cheiro maravilhoso. Amo a Manphora!". Na postagem, tinha uma grande quantidade de curtidas e comentários.

— Uau! Que incrível. — falou Leonard colocando as mãos na boca surpreso.

— Pois ser, seja bem-vindo ao mundo dos negócios! Temos que comprar uma roupa para você, não pode usar qualquer roupa nesse aniversário.

— Qualquer roupa? Mas, todos os ternos que me dar para vestir são luxuosos. Não está muito tarde para isso?

— falou confuso.

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