Carlos Henrique ficou muito empolgado em ir atrás da mãe dele, e Sônia ficou muito feliz por saber que ele não carregava mais a culpa de ter matado a sua própria mãe. Como de costume, ele chamou Sônia para irem à casa do pai dele, Paulo, más dessa vez a conversa será, diferente. Sônia não gosta muito de seu Paulo, más mesmo assim ela foi com ele.
No caminho da casa do seu Paulo, Sônia ficou com receio de Carlos Henrique falar sobre a noite de ontem, ela não iria saber responder, sobre o que aconteceu.
Carlos Henrique — Meu amor, ontem eu tive um sonho, estranho, mas gostoso...
Sônia — Estranho e gostoso, eu não estou entendendo...
Carlos Henrique — Eu não vou entrar em detalhes do sonho, más o que eu posso falar no momento é que você estava no sonho, e eu amei ter sonhado com você...
Sônia — Nossa Carlinhos, você fala, de um jeito... Você está falando em parábola. Eu não estou conseguindo acompanhar o seu raciocínio.
Carlos Henrique — Deixa pra lá, depois eu falo-lhe do sonho, agora eu tenho que me concentrar no meu encontro com o homem que eu vivi a minha vida toda acreditando que ele era o meu pai, e que eu era o culpado de todo o sofrimento da família.
Sônia — E o que você está pensando em fazer.
Carlos Henrique — Eu não sei ainda, mas eu só sei que hoje estou me sentindo um novo homem, depois dos meus quarenta anos, finalmente estou me sentindo vivo, sem ter de carregar um cruz pesada nas costas. Sabe Sônia, eu vivi a minha vida toda, sem saber exatamente que era eu, se você me perguntasse antes o que eu queria da minha vida, eu iria lhe responder, que tanto faz, o que viesse na minha vida era lucro. Pois eu me sentia um homem culpado por todo o sofrimento que os meus irmãos estavam vivendo, pelo sofrimento que o meu pai vivia desde quando eu nasci... Más agora se você me fazer essa pergunta, eu irei lhe responder que tudo que eu mais quero nessa vida é conhecer a minha mãe, e viver feliz ao lado dela.
Sônia — Você está pensando em morar lá no Rio de Janeiro?
Carlos Henrique — Não sei ainda, só sei que agora que eu sei que tenho uma mãe e que ela está viva, eu quero morar com ela, apesar de ser bem grandinho para querer ficar morando com a minha mãe, más eu quero tentar recuperar todo o tempo perdido, todo esses anos que vivi longe dela, e pensando que ela estava morta e que nunca iria saber o que é morar com a mãe e o que é ter o amor de uma mãe. Chegamos, que Deus abençoe esse meu encontro com esse homem.
Ele estaciona o carro, e vê logo que dois dos seus irmãos estão aqui na casa do pai deles. Eles desceram e entraram na casa de seu Paulo.
Carlos Henrique — Bom dia! Um o que vocês estão fazendo tão cedo por aqui? Essa não é a rotina de vocês.
Sônia — Bom dia! A todos
Olímpio — Bom dia mano! Realmente essa não é a nossa rotina, más estamos aqui esperando por você...
Seu Paulo — Bom dia! Carlinhos, eles vieram cedo, pois ontem a noite eles estavam aqui conversando comigo e eu falei que você já tinha chegado de viagem, e eles queriam falar com você.
Luiz — Bom dia! Mano!
Carlos Henrique percebeu que eles não cumprimentou Sônia, eles agem como se ela não estivesse aqui, ele não entende porque eles não gostam de Sônia, pois ela nunca fez nenhum mau, para eles.
Carlos Henrique — Bom se vocês não estão vendo, talvez vocês estão com problema de visão, e de audição também, pois a Sônia está aqui, e ela cumprimentou a todos aqui presente, e vocês estão fazendo de conta que não a viu.
Seu Paulo — Más a gente também cumprimentou com um bom dia...
Carlos Henrique — Não, vocês não a cumprimentou, o que o senhor falou foi bom dia Carlinhos, e eles falaram bom dia mano, isso excluí totalmente Sônia da conversa.
Sônia — Carlinhos deixa pra lá, não precisa arrumar confusão por minha causa.
Luiz — Carlinhos, essa daí já mora com você?
Carlos Henrique — Essa daí tem nome, e o nome dela é Sônia e se ela mora ou não mora, não é da sua conta ok...
Seu Paulo — Deixa para lá Luizinho meu filho, seu irmão já é bem grandinho, ele já sabe o que é bom e o que é ruim para ele, más Carlinhos, seus irmãos estão aqui hoje lhe esperando, porque eles querem que você aumente a mesada que você dá para eles, pois não está dando para nada, o que você dá por mês, ou, você pode fazer o seguinte, em vez de dá todo os meses, você podia dá a mesada deles por quinzena. E falando nisso eu também estou precisando que você também aumente a minha mesada também.
Luiz — É Carlinhos, eu estou querendo comprar um carro, pois o que eu tinha estava só quebrando eu fui e vendi, e eu não quero andar mais a pé, já estou cansado, pois todos os amigos que eu tenho tem um carro legal. Eu sou o seu irmão, eu mereço pelo menos uma Hilux...
Olímpio — E eu também quero trocar de carro, pois o meu já está velho, já tem dois anos de uso.
Sônia — Carlinhos, qual o valor da mesada que você dá para eles?
Carlos Henrique — É um valor nada simbólico, pois para cada um deles, eu dou quatro mil por mês, sendo que para esse que se diz ser o meu pai eu dava seis mil de mesada, isso é eu estou pagando-lhe pelo ótimo tratamento que ele me deu, quando eu era criança, não é mesmo papai.
Paulo — Eu não estou entendendo porque você está falando assim...
Olímpio — Quem não está entendendo sou eu, em que ponto, ela encaixa-se, pois, ela quer saber até quando a gente ganha...
Luiz — É isso que eu estou aqui tentando-me controlar, pois, nem mulher de Carlinhos ela é...
Carlos Henrique — Eu já falei e vou falar mais uma vez, ela é mais que a minha mulher, porque tudo, exatamente tudo que diz respeito a mim, ela tem o direito de falar, e de até mesmo controlar se for o caso, ela, Sônia, tem mais valor na minha vida do que qualquer um de vocês.
Sônia — Eu quero que vocês todos aqui presente fique ciente, do que eu vou falar agora, apartir de hoje, não será mais depositado nem um real se quer, na conta de vocês, se vocês quiserem mais dinheiro que vão trabalhar, e você, Luiz, se quer deixar de andar a pé, que compre um cartão de transporte urbano e ande de ônibus, porque uma Hilux você só irá ter se trabalhar, e se esforçar para guardar dinheiro pelo menos uns dez anos,e você, Olímpio, se quer trocar de carro, o primeiro passo é você trabalhar, conseguir o dinheiro e trocar com o seu dinheiro, fruto do seu suor. E o senhor Paulo, se quer mais dinheiro, fala com o presidente para aumentar o salário dos aposentados, pois de agora em diante o senhor vai aprender a viver só dá aposentadoria. Porque infelizmente quero falar para vocês que o leite secou, vocês não irão mais mamar nas tetas da vaca leiteira...
Paulo — O que essa mulherzinha está falando, que eu não estou conseguindo entender... Você ficou louca menina, Carlos Henrique é meu filho e irmão de Luiz e de Olímpio, como você ousa falar assim aqui na minha casa?
Carlos Henrique — Eu não sou seu filho, e muito menos irmão desses ai
Porque, o senhor me tirou o direito de viver ao lado da minha mãe, e ainda fez eu me senti culpado pela morte da minha mãe sendo que ela está viva... Agora eu entendi tudo, eu entendi, porque o senhor me tratou sempre como a gata borralheira, eu sempre fui maltratado aqui, eu nunca tive o seu amor, mesmo eu pagando,como eu pago agora, o senhor não consegue me amar, é porque eu nunca fui o seu filho, eu sou filho de um grande amor, que o senhor destruiu com esse seu coração de pedra.
Luiz — Como assim, você não é nosso irmão? Está ficando louco Carlinhos.
Carlos Henrique — Eu não estou louco... Eu estou mais lúcido do que vocês três juntos. Eu quero ouvi da sua boca senhor Paulo, o que eu lhe fiz para o senhor ter me maltratado tanto? Eu era apenas uma criança inocente, e o senhor me fez pagar por todos os erros dos outros...
Seu Paulo — Eu posso explicar tudo, eu não sou todo esse monstro que você está pensando de mim. Tudo o que eu fiz, foi por amor, a sua mãe, e ela me traiu, e eu quis me vingar dela.
Carlos Henrique — Se vingar... Você a espancava e queria o que?
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 101
Comments
Rosa Hosana Santos
a casa caiu velhote bando de cupins coisa ruim eu hein
2024-06-27
0