Carlos Henrique e Sônia foram em busca do atestado de óbito de sua mãe

Sônia — Bom Carlinhos, vamos agora... Estou louca para ir naquele bar comer uns camarões frito no dendê.

Eles se despediram de seu Paulo, e Sônia no caminho falou para Carlinhos que não acreditou no pai dele.

Carlos Henrique — Eu minha linda que ruga é essa de preocupação? O que está passando nessa sua cabecinha linda?

Sônia — Você quer que eu seja bem sincera com você Carlinhos?

Carlos Henrique — Quero não, eu exijo que você seja sincera, o que você está pensando? Ainda é sobre o atestado de óbito?

Sônia — Sim, e eu não gostei do jeito do seu pai, e muito menos da maneira como ele ama, é como se o que ele faz, não é nada do que ele fala. Eu não sentir firmeza nele entende...

Carlos Henrique — Eu sei, meu pai é estranho mesmo, não é todo mundo que consegue estender ele, eu demorei muito para conseguir entende lo. Eu peço desculpas por ele ter sido bem agressivo nas palavras com você.

Sônia — Não é desse comportamento que eu estou falando, se fosse só isso, era bem melhor do que o que eu estou pensando, tomara que eu esteja errada nos meus pensamentos, mas eu quero lhe pedir para ir comigo amanhã no cartório para pegar a segunda via do atestado de óbito da sua mãe.

Carlos Henrique — Claro minha linda que eu vou com você, mas fala-me tudo o que você está pensando...

Sônia — Carlinhos, eu não posso falar nada agora, pois só é uma intuição, apesar dessas minhas intenções nunca falharem, eu não irei deixar você preocupado, o que eu posso falar agora só é que o comportamento do seu pai é bastante estranho, para quem afirma

que amou e até hoje ama a sua mãe.

Carlos Henrique — Tudo bem, eu vou tentar esperar as suas conclusões, mas só lhe afirmo, que o meu pai ama mesmo a minha mãe, eu vivi esse tempo todo sabendo disso, e foi por esse amor enorme que ele sente até hoje, que ele não consegue me perdoar. Mas de certa forma eu entendo ele...

No outro dia eles foram em todos os cartórios atrás da certidão de óbito, e não encontraram. E as suspeitas de Sônia só aumentam. A filha de Carlos Henrique e Isadora, está com um namorado no qual a mãe dela não aprova esse namoro, pois ela tem certeza que esse rapaz, é mais velho do que Christielly. Isadora liga para Carlos Henrique...

Ligação on

Carlos Henrique — Alô

Isadora — Oi Carlinhos, você vem hoje para a empresa...

Carlos Henrique — Ainda não tenho certeza, pois estou resolvendo uns assuntos aqui, por quê? Tem algum compromisso para hoje que eu não lembro?

Isadora — Não, hoje você não tem nenhum compromisso, más eu queria falar com você sobre Christielly...

Carlos Henrique — O que houve com a minha filha?

Isadora — Calma Carlinhos, com a sua filha, ainda não está acontecendo nada, más precisamos tomar algumas providências, para não vir a acontecer mais tarde.

Carlos Henrique — Isadora, eu vou resolver um assunto pendente aqui, logo que resolver eu vou aí, olha se eu não for aí no escritório, eu irei no seu apartamento ainda hoje, não se preocupe

Ligação off

Carlos Henrique e Sônia, foram mais em três cartórios. os últimos da cidade, e nada sem nenhuma esperança de sucesso.

Carlos Henrique — E agora? O que iremos fazermos, esse foi o último cartório e não consta nada sobre a minha mãe

Sônia — Eu estou ate com calafrio, só em imaginar, o que está acontecendo.

Carlos Henrique — E o que você esta pensando? Me fala, eu preciso saber

Sônia — Deixa só eu colocar meus pensamentos em ordens e depois eu lhe falo.

Carlos Henrique olha para o relógio e já se passaram das dezessete horas, e ele lembrou que marcou de falar com Isadora ainda hoje.

Carlos Henrique — Então vamos em casa, a gente toma um bom banho, e vamos lá na casa de Isadora vê o que está acontecendo com a minha filha.

Eles foram para o apartamento de Carlos Henrique. Sônia tomou um banho de banheira com seus sais relaxantes, pois ela estava muito tensa, depois se secou, passou o seu creme corporal com fragrância de jabuticaba, vestiu um vestido vermelho solto, e uma sandália de rabicho branca, só passou um rímel, e um batom, rosinha, deixou os cabelos soltos e colocou um perfume francês, e foi para a cozinha fala com dona Marina, para esperar Carlos Henrique terminar de se arrumar.

Sônia — Boa noite! Dona Marina! Como a senhora passou o dia?

Dona Marina — Boa noite! Linda menina eu estou bem, o meu dia foi bom, sem alterações.

Sônia — Dona Marina a quanto tempo a senhora trabalha para Carlinhos?

Dona Marina — Vixe minha filha! É a tanto tempo que nem eu mesmo lembro-me, quantos anos tem, para você ter uma ideia minha filha, eu comecei a trabalhar para o pai dele ainda mocinha.

Sônia — Nossa, então foi antes de Carlinhos nascer...

Dona Marina — Muito antes, depois que seu Paulo se casou com a mãe de Carlinhos.

Sônia — Então a senhora conheceu a mãe de Carlinhos?

Dona Marina — Sim conheci, ela era novinha uma moça muito bonita, por onde passava chamava a atenção de todos, não só de homens, más também de mulheres, ela era muito invejada. Ela tinha um brilho encantador, era igualzinha a Carlinhos, tinha um sorriso lindo e gostava de andar sempre sorrindo, eu falava para ela que ela tinha um sorriso frouxo, igual eu falo para Carlinhos.

Sônia — As senhoras conversavam muito!

Dona Marina — Sim, nós éramos amigas. E amigas confidentes.

Carlos Henrique entra na cozinha e chama Sônia para saírem.

Carlos Henrique — Desculpa lindas meninas eu vou atrapalhar a fofoca das duas, pois a Sônia vai comigo na casa da Isadora.

Dona Marina — Más olha para esse menino, nos chamando de fofoqueiras, você está merecendo umas palmadas menino, não é porque você agora é um homem que eu não posso lhe bater viu...

Sônia — É verdade, ele está merecendo, más dona Marina, eu quero continuar nossa conversa eu gosto de saber tudo sobre esse cabeça dura aqui, eu vou lá mas amanhã a gente conversa, pois eu sei que quando nós voltarmos a senhora estará dormindo.

Carlos Henrique — Falando isso, por acaso a senhora resolveu aquele problema da sua ajudante?

Dona Marina — Ainda não, mas uma moça ficou de passar aqui amanhã para entrevista, e ficou de trazer uma amiga.

Carlos Henrique — Pois faça isso o mais rápido possível, eu não quero mais a senhora pegando no pesado, agora a senhora é minha governanta, e só irá fiscalizar as meninas, nas suas atividades doméstica. E quero mais é que a senhora fique mais relaxando do que fiscalizando.

Ele abraça dona Mariana e dá um beijo na testa dela e sai, eles vão para o apartamento de Isadora, chegando lá, quando Isadora vê Sônia, ela fica vermelha de ciúmes, ela sabe que Carlos Henrique, nunca irá deixar Sônia para ficar com ela novamente. Eles entraram no apartamento e se sentam juntos, Isadora chama Carlos Henrique para conversarem no quarto dela pois era uma conversa particular. Más logo Carlos Henrique responde que não tem segredos para Sônia, mesmo ele falando assim Sônia até falou que não se importava se eles dois fossem conversarem no quarto, afinal era assunto que envolvia a filha deles, más ele falou que se ela quisesse falar com ele teria de ser na frente de Sônia. Depois ela se explica que queria falar particular, pois está com vergonha, pois a filha deles estava namorando com um rapaz mais velho, e esse rapaz era usuário de drogas, e já tinha participado de pequenos delitos. Carlos Henrique, quer conversar com Christielly mas ela não está no momento, ele a esperou até a meia noite e meia, más ela não chegou, ele resolveu ir embora e no outro dia falava com ela.

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