“Quero a grana!”

⚜️|Capítulo 07|⚜️

Alan falou novamente, eu digo que não sou a mina de ninguém! Ele me olhou como quem queria me matar.

—Alan, não seja ruim, você é o melhor líder nas organizações. Vamos levá-la, será rápido!

Quando Alan mandou eles me soltarem, ele soca um dos homens que desafiou sua autoridade, ele por ser um dos primos de Marcos.

— Não vou falar duas vezes, eu não estou com paciência para continuar ouvindo essa porra, eu disse que o chefe quer ela! Vou ter que contar a eles sobre isso, é o que desejam?

Ele mandou irem recolher o dinheiro das drogas, quando um deles perguntam se não vai deixá-lo se divertir comigo. Alan rangeu os dentes e disse que Marcos certamente saberá disso, eles ficam com medo e vão.

No entanto, ele falou que isso teria um preço e que não faz nada de graça, ele sorriu diabólico, eu segui meu caminho o mais rápido possível.

— Isabela, hoje eu salvei a sua pele, mas amanhã quem sabe? Você tem que ter mais cuidado.

Após ouvir tudo isso e de me livrar dos homens indesejados, segui rapidamente meu caminho pelo morro. Mas a adrenalina ainda pulsava em minhas veias, e eu estava determinada a chegar em casa em segurança.

Enquanto avançava pelas ruas estreitas, mantive os olhos atentos a qualquer movimento suspeito, não podia acreditar que passei por um momento de sufoco como este.

Sóqueria chegar na minha casa o mais rápido possível! Beijar minha mãe e ver minha família, eles são o conforto do qual preciso agora.

Ao chegar em casa, respirei aliviada. Fechei a porta atrás de mim e me permiti um momento para me recompor.

A tranquilidade do meu pequeno lar era um contraste reconfortante com as dificuldades que enfrentava lá fora.

A casa estava silenciosa até mais do que de costume, na certeza minha irmã Alice vai dormir no trampo, ela cuida de um idoso numa casa de ricos, na maioria das vezes tem que dormir lá por necessidade da família que trabalha viajando.

As crianças não estão na casa, e sim na casa de minha prima, por isso esse silencio e sem falar no heleno que aparentemente não está na casa, nem meu pai que deve esta trabalhando no bar, apenas minha mãe doente está no quarto ao lado, sob os cuidados da enfermeira Berenice, ela é minha tia.

Levanto-me e pego um jarro com água. Enquanto despejo a água em um copo, meu olhar recai sobre as fotos coladas na geladeira.

Vejo a imagem de minha mãe quando ainda era saudável e a tristeza invade meu coração, desejando poder vê-la bem novamente.

Enquanto observo as fotos na geladeira, um sentimento de nostalgia e preocupação me envolve. Quando me assustei com voz de Ana Beatrice que estava no banheiro  Ana, a diarista, fala que deixou tudo pronto e agora vai para casa. Entrego a ela um dinheiro e agradeço por seus serviços.

— Isabela, deixei tudo organizado para a noite. Se precisar de algo, é só me ligar, obrigada pelo dinheiro— Ana agradece o dinheiro.

Ela é jovem e tem vinte anos, dizem que ela já ficou com Igor, mas acredito que seja fofoca das pessoas, no entanto, ela tem fama de rodada. Bem, a vida é dela, eu não tenho nada a ver com isso!

— Muito obrigada, Ana. Seu cuidado e dedicação são essenciais nesses momentos difíceis. Tenha uma boa noite e até amanhã!—digo me sentando no sofá da sala e suspirando ao beber a água.

Minha tia abriu a porta do quarto, perguntou como foi meu dia, eu digo que foi o mesmo de sempre, sem falar que tenho que aturar o diretor.

— Isa se cuida, menina. Você está cada vez mais magra!

— Eu vou em casa e volto logo. Heleno chegou e está estranho no quartperguntei se estava bem e o motivo pelo qual ele trancou a porta, mas ainda apouco um amigo chamou ele, heleno recusou a sair e algo não está bem com ele.— ela disse isso e saiu, quando falei que iria vê-lo.

Enquanto penso sentada no sofá da sala nas dificuldades que enfrentarei para quitar a dívida do meu pai, um ruído na porta chama minha atenção.

Meu coração acelera, mas me mantenho firme. É Igor, o sentinela do líder do morro, um homem rústico e imponente, conhecido por sua rigidez e lealdade, loiro dos olhos azuis e o corpo coberto por tatuagens, ele sempre anda sem camisa, ele disse que as tatuagens são como uma segunda pele.

No Morro do Corcovado, ele tem o apelido de "brabo", com pose imponente e olhar desconfiado. Ele protege os interesses do líder do morro e não deixa qualquer coisa passar batida. Paro na porta, travando os pés para ele não entrar.

— E aí, Igor. Que bom que você veio, eu precisava trocar uma ideia contigo sobre a dívida que meu pai tem com o líder...

— Estou aqui justamente a pedido dele, para arrecadar o dinheiro da dívida, seja rápida, não tenho paciência para esperar o dia todo, hoje vou levar até os atrasados!— ele disse se sentando no sofá da sala.

Quando ele olhou para o celular e perguntou se não tinha café, eu tive que pegar o quente frio e trouxe a xícara e um prato com biscoito.

Ele agradeceu bebendo café, e disse que queria o dinheiro e que eu poderia ir pegar logo. Ele tinha que ir, estava sem paciência.

— Isabela, seja rápida! Hoje Marcos está com um humor miserável, eu quero levar o dinheiro para pagar os homens.

Quando nervosa, digo, com a voz firme, mas com uma pitada de ansiedade:

— Por favor, poderia falar com o seu chefe, eu não tenho essa quantia em mãos!

— Comprei os medicamentos de minha mãe e paguei as dívidas, por favor, eu preciso de mais tempo para juntar essa grana.

Ele segurou levantou-se e disse que não iria sair sem dinheiro, eu tinha 30 minutos para entregar.

— Seja rápida, estou esperando...

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