“Beije ela, irmão”

⚜️|Capítulo 16|⚜️

Esse homem que parece mais uma pedra de gelo humano, então digo:

— Não precisa fazer ameaças, eu posso fingir ser sua namorada para visitar sua mãe.

Lucas me olhou por um momento, processando minhas palavras e finalmente suspirou.

— Tudo bem. Isabela!

— Se você está disposta a fazer isso, acredito que possa ser uma solução temporária. Mas saiba que eu ainda tenho minhas dúvidas sobre você - ele respondeu cautelosamente.

Assenti, compreendendo suas reservas. Afinal, eu também tinha minhas dúvidas sobre ele, sem falar nesse mau-humor, assim posso dar o fora disso o mais que já imaginei.

— Se você aceitou ser minha namorada por essa noite, vou esquecer por hora e não vou levá-la a delegacia… mas não pense que esqueci. Posso te dar dinheiro, isso poderia ajudá-la...

A proposta de dinheiro era tentadora, a minha mãe doente, a dividida com o líder do morro, certamente poderia tirar uma grana dele, mas o meu sub consciente e a minha ética moral, elas me fizeram recuar da tentação, ele retira uma folha de cheque em branco e me deu, mas eu me recuso aceitar o dinheiro.

— Você não precisa de dinheiro? Se ajudar, eu posso te dar qualquer valor! Estou disposto a qualquer coisa, quantia, basta pedir, aceite o dinheiro.

— Aceite, eu esqueço o roubo, e então?

Digo que não iria querer nada, ele ficou impressionado, por compaixão a mãe dele e sem muitas opções, concordei relutantemente. Faria isso por amigo, pois sei como é ter uma mãe doente e a importância de ter uma mãe.

— Essa é uma situação inusitada, mas entendo o quanto é importante para você estar ao lado de sua mãe. Aceito ajudá-lo, mas não é necessário dinheiro...

Quando ele disse:

— Obrigado, mas vamos deixar claro que esse é um namoro falso, apenas uma farsa de amor! Sei que sou bonito, não se apaixone por mim, eu não quero que ninguém se machuque...

Dei risada colocando os meus cabelos para trás e os prendendo, pois o vento que adentrar na janela do carro, estava bagunçando eles.

— Que convencido! Se acha a última bolacha do pacote… que seja, podemos não nos falar mais, até chegar no hospital!— digo revirando os olhos.

Deitei a cabeça no vidro da porta do carro, que ele havia suspendido, nem sei em que momento dormir, mas fui acordada com as sacudidas no ombro por Lucas. Xinguei por ter imaginado esta em casa, na maioria das vezes, era heleno que fazia isso.

— Heleno, você vai ver!

— Quem é... esquece, chegamos!— ele disse apontando para o estacionamento do hospital.

Me recomponho e digo:

— Certo...

— Eu vou te falar tudo que precisa saber sobre mim, só responda o básico e deixe comigo, após isso, poderá ir embora!—disse ríspido

— Ok...

Combinamos os detalhes e concordamos em apresentar-nos como um casal temporário para a mãe de Lucas, ouvi atentamente tudo que ele falou, a mãe dele se chama Lucinda, o pai jorge, era uma verdadeira loucura! Fomos até o quarto da mãe de Lucas.

Ele pediu para segurar minha mão, senti um arrepio com aquele toque e a mão quente dele estava soando. Estava nervosa e me aproximei com cautela oferecendo um sorriso gentil.

— Olá, sou Isabela. Lucas me trouxe aqui para conhecê-la. Espero que esteja se sentindo melhor.

A mãe de Lucas olhou para mim com surpresa e gratidão nos olhos. Ela estendeu a mão trêmula em direção, vejo que usa toca por ter perdido os cabelos, então segurei a mão dela sentindo meus olhos marejarem. Naquele momento pensei na minha mãe.

— Obrigada por estar aqui. É reconfortante saber que meu filho tem alguém ao seu lado durante este momento difícil para minha família. Aqueles são os meus filhos, Bianca, Milena, Clóvis, Ângelo e Luan que acabará de chegar... por favos rapazes, não briguem, filhos.

Uma mulher bonita ao lado do tal Luan que é gêmeo de Lucas, eles se olham, o ar ficou tenso, lucas me abraçou por cima do ombro, eu gelei, era tão estranho ao mesmo tempo, aquele abraço embora de lado, sentia o meu coração batendo como louco acelerado.

Quando ele sussurrou no meu ouvido:

— Isabela, segue o jogo...

— Ok.

Voltei a segurar a mão da mãe de Lucas suavemente e respondi:

— Eu entendo o quanto é importante ter apoio em momentos como esse. Senhora Lucinda, eu desejo melhoras.

— Querida, só me chame de sogra, o que você faz da vida, minha querida?—disse a mãe de Lucas

— Sou professora primária! — digo sorrindo e lucas me olhou rindo ao ter imaginado que era mentira.

Lucinda me fez o convite de ir visitá-la, quando iria responder. Lucas tomou minha mão e disse que eu era ocupada.

Talvez não teria oportunidade? A senhora ficou triste e eu disse que iria vê-la.

— Jorge, que moça mais linda, olha só a nora que ganhei!

— Eu quero que se casem logo e tenham muitos filhos, querida, você tem uma delicadeza e boa educação. Filho porque a manteve em segredo?

— Quando se conheceram, e em que momento iria me apresentar?

Lucas olhou para a mãe e disse que me conheceu a menos de um ano, o amor foi um segredo, mas ele queria lhe fazer uma surpresa em breve.

— Eu amo essa mulher, mãe!— mentiu sem piscar

Olhei para chão para não dar risada, eu tive que desviar os olhos, pois poderia estragar as coisas, a mentira seria revelada diante todos e até de um homem alto com as, mesma aparência do Lucas, eles são gêmeos. Só os cabelos mudam no tom loiro, ele ao lado da mulher que não desgrudava os olhos de Lucas observando toda a cena e certamente não acreditaram nesse namoro, mas eu mantive no papel da mentirosa atriz do ano.

Lucas discute com Luan, que falou algo que fez ficar sem chão, prestes a perder o meu BV!

— Beije sua namorada, descobriremos se você fala a verdade, eu não acredito nisso, vamos o que está esperando, não vai beijar ela?

— Então, beije ela...

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