“Então, você é a ladra?”

⚜️|Capítulo 11|⚜️

Heleno assentiu, enxugando as lágrimas, e concordou, apesar de tudo, meu irmão é só uma criança e eu sou a pessoa mais próxima de uma mãe.

Olhei no relógio, ainda dá tempo para fazer isso e de lá vou para o clube bar. Abracei ele com todo amor e carinho, quando saímos juntos, determinados a devolver a bolsa ao endereço indicado no cartão de visitas.

Enquanto caminhávamos em direção ao ponto, meu coração estava repleto de sentimentos conflitantes, eu ansiava que ele compreendesse a importância da honestidade e estivesse disposto a mudar, e não era a primeira vez que isso acontece.

O meu maior medo é que ele se envolva entre os meninos do líder do tráfico, é por isso que trabalho como uma condenada para pagar essa dívida do meu pai.

Dentro do táxi, estávamos nervosos e ansiosos, por não ter ideia de quem se tratava, sabíamos o nome da empresa de armamento militar.

Foi uma surpresa, quando não demorou muito, o táxi parou, eu paguei e quando entrei, o lugar é tão requintado e o ar-condicionado frio beijou os meus ombros nus.

Conferir a identidade do homem, os meus olhos vão à perfeição do deus grego! Era como ver uma celebridade, um galã de novela, o homem era a verdadeira beleza.

Enquanto segurava a identidade nas mãos, pude observar com admiração a beleza do homem que a havia encontrado. Seus cabelos pretos caíam de forma elegante sobre sua testa, destacando seus olhos azuis como o céu aberto e limpo em um dia ensolarado. A pele branca, impecável, realçava ainda mais seus traços marcantes. Sua barba, alinhada com precisão, conferia-lhe um ar de sofisticação e virilidade.

Ele ainda estava fardado, o que acrescentava um charme extra à sua figura. Seu sorriso revelava uma covinha encantadora e gostosa de ver, que instantaneamente me cativou. Nunca tinha presenciado tamanha beleza em um homem. Era como se ele tivesse saído diretamente de uma cena de filme, um modelo ou ator famoso.

No entanto, além de sua aparência impecável, havia uma intensidade e uma gentileza em seu olhar, indicando que ele era um homem cavalheiro e educado.

Aquele olhar transmitia confiança e segurança, despertando em mim uma sensação de conforto. Apesar da minha fascinação momentânea, eu sabia que era importante manter a compostura e focar na resolução do problema em mãos.

No entanto, a lembrança daqueles olhos azuis e da covinha em seu sorriso permaneceria gravada em minha mente, despertando um sentimento de curiosidade e expectativa sobre o que estava por vir. Enfim, eu não vou conhecê-lo mesmo, vou deixar a bolsa e um bilhete pedindo perdão e contar o que aconteceu, com a certeza de voltar a minha vida e esquecer esse momento ruim.

Dentro da bolsa, encontramos um pen drive e documentos importantes, além de uma quantia considerável de dinheiro que poderia garantir o sustento da minha família por anos. A bolsa era elegante, uma pasta executiva com o nome de Lucas, tenente do exército.

Ao chegarmos à recepção, fomos recebidas por uma mulher desconfiada e arrogante, ela nos olhou de cima a baixo julgando-nos por nossas roupas simples. Estava usando minhas confortáveis rasteirinha e um vestido floral, com os cabelos presos sob um boné azul que Heleno sempre usa.

Perguntamos ao Lucas Bradel, a recepcionista olhou para mim de um jeito, ela informou que ele não estava presente naquele momento.

— Querida, eu acho que você está buscando pela pessoa errada?

—Tem certeza de que está no lugar certo, a julgar por sua roupa, não errou o endereço?

— Esse é o nosso CEO Lucas Bradel... essa bolsa, o que faz com ela? Acaso é uma prostituta, você está aqui para cobrar dinheiro ou roubou essa bolsa?— disse a recepcionista loira dos lábios carnudos.

Era mais preenchido, nada contra, mas estava exagerado, os lábios dela pareciam ter beijado um maribondo, ela não parava de me insultar e heleno ao meu lado impaciente.

Quando iria xingar ela com educação, a porta do elevador abriu e os meus olhos vão ao deus grego e incrivelmente atraente saindo do elevador.

Olhos azuis penetrantes, aquela altura surreal, tentei segurar no balcão quase deslizando para lado, ele olhou profundamente em meus olhos e mordeu os lábios.

A beleza do homem era surreal, sem falar nos ombros largos e a barba impecável de bela, o que mais me chamava a atenção era o olhar penetrante que ele dirigia a mim.

A força física era impressionante. Musculoso, um deus grego de tão perfeito, lábios perfeito, barba preta alinhada, uma perdição de homem...

Quando lembrei da identidade e era ele, quando iria falar aquele momento fugaz em que nossos olhares se encontraram foi suficiente para despertar uma curiosidade e um desejo de conhecer mais sobre aquele homem enigmático. Ele parecia ser alguém especial, alguém capaz de deixar uma marca duradoura em minha memória.

Enquanto meu coração acelerava e minha mente se enchia de pensamentos, eu me perguntava se aquela figura deslumbrante.

No entanto, sua expressão ao ver a bolsa foi de choque e raiva. Ele gritou acusando-me de ser uma ladra, e para piorar a situação. Heleno olhou para mim e disse:

— Sinto muito, mana! Cuida disso, eu não quero voltar a ser preso nos jovens infratores! Pode me colocar de castigo em casa, esse homem é um tira!

— Nos vemos em casa! Sei que vai se sair bem, não posso ficar!—Heleno falou fugindo e. Ele correu o mais rápido possível que ele conseguiu até escapar pelas escadas.

Eu fiquei parada lá gritando e abandonada, como se Lucas não estivesse me olhando logo atrás de mim.

Quando olhei para o homem logo atrás de mim, dei o boné por um momento e não tive os olhos voltados para o meu pé, quando escutei a voz dele.

— Então, você é a ladra? Os pertences que tem dentro dela é muito importantes para mim!— Lucas Bradel disse.

— Venha comigo, vou levá-la a delegacia agora mesmo!

[...]

— Desculpa, mas você cometeu um equívoco...

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