Um tempo depois, na mansão Whitney.
Assim que chegava em casa, depois de um dia completamente favorável, Giselle pôde se aproximar mais de Isaac, compreendendo que ele é um homem que só deseja mudar a imagem que têm dele e ser um bom rei, e ela se encarregará de apoiá-lo ao máximo.
Antes que alguém pudesse abrir a porta, ela ouve um grito do seu pai.
— Como lhe ocorre a ideia de vender A MINHA MANSÃO?! — Gritou Henrique.
Uma criada abre a porta para Giselle, que lhe diz, um tanto nervosa:
— Senhorita, ainda bem que chegou. O barão está discutindo com a sua mãe desde que ambos chegaram... — É claro que Margareth não tinha ido com o barão na mesma carruagem, mas ambos chegaram ao mesmo tempo.
Imediatamente, Giselle franziu a testa. Não esperava que seu pai não fosse criar problemas depois do divórcio, então pressentiu que algo tinha acontecido.
— É isso mesmo que você ouviu. Esta casa agora me pertence por completo e eu quero vendê-la. Não penso em ficar aqui onde as más lembranças transbordam... — Expressou Margareth com os braços cruzados. Ela não demonstrava qualquer aborrecimento, pois Henrique não merecia nem isso.
— Você... — Pronunciou o barão com total irritação. Ele tinha Sasha ao seu lado. — ... Não bastou você me tirar mais da minha fortuna, agora, por sua culpa, eu não terei mais o meu título de duque...
— O QUÊ?! — Expressou Sasha, que não sabia de nada, já que o barão se encarregaria de lhe contar, mas como ele já estava alterado, acabou deixando escapar. — ... Como isso foi possível, Henrique?!
— Agradeça à Margareth... Ela foi quem se encarregou de contar tudo ao rei... Agora, a casa e mais da metade dos nossos bens vão para ela...
Sasha não pôde evitar olhar feio para Margareth, sendo que ela se deu ao trabalho de preservar a relação delas para, no final, ele perder quase tudo.
— Eu não tirei nada. — Disse Margareth com um pequeno sorriso. — O rei me deu a casa por causa das suas safadezas com aquela mulher nesta casa. Por que você acha que eu quero vendê-la? Então, é melhor você ir fazendo as malas. Não me preocupo em ficar sem casa, posso comprar uma mais confortável.
O barão resmungava com total desespero. É quando Giselle chega e ele se coloca na defensiva.
— Giselle!... Fale com a sua mãe e explique a ela que ela não pode vender a casa. Ela perdeu completamente a razão!
Como a jovem tinha ouvido tudo, ela sabia que o rei tinha dado a casa à sua mãe pelos direitos de adultério do seu pai, então ela diz:
— Por mim, tudo bem ela vender. No final, eu não vou mais morar aqui. Vou levar a minha mãe comigo, então...
— Moça insolente, você também está contra mim?! Mas é claro, você ficou do lado da mulher que a abandonou durante tantos anos. Eu fui quem a ajudou com o seu compromisso com o príncipe! É assim que você me agradece?
Margareth não pôde evitar se sentir mal ao se lembrar que ela tinha deixado Giselle sozinha por muito tempo, mas mesmo assim, ela desejava cuidar da sua filha desde que compreendeu uma coisa. Mas antes que ela falasse, Giselle se adiantou.
— Pelo menos ela me pediu perdão. Ela quis recomeçar comigo, sendo uma mãe para mim. Ao contrário de você, que só quer me usar para o seu benefício, para ter um título que você nem merece... Eu agradeço por você ter me apresentado ao príncipe, sinto que com ele e com a minha mãe seremos felizes longe desta casa que só traz más lembranças... — Ela pega na mão da sua mãe para irem embora. — Esta discussão acabou. A senhora da casa disse para fazerem as malas, pois muito em breve esta mansão estará à venda.
— Giselle! Se você se atrever a virar as costas para mim, eu não a considerarei mais como minha filha!... Farei de conta que você não existe!
A jovem dama não se virou e continuou de costas para ele, mas ela lhe esclareceu uma coisa.
— Perfeito, você me poupa o trabalho de ter que chamá-lo de pai, já que você não faz jus nem ao nome...
Terminando a frase, Giselle vai embora com a sua mãe. Aquela briga já não fazia mais sentido para ela. Chegando ao seu quarto, a jovem fecha a porta à chave.
— Mãe... Você está bem? — Perguntou Giselle, que via Margareth um pouco triste.
— Embora eu não quisesse admitir, o seu pai teve razão numa coisa, eu a abandonei quando você mais precisava de mim...
Giselle sabia que sua mãe se sentiria mal se voltasse a se lembrar daquilo, então imediatamente a jovem a abraça, lembrando-a o quanto a ama. Margareth não hesita em fazer o mesmo.
— Não, não se lembre disso. Você estava numa situação difícil, mas conseguiu sair dela e agora está aqui comigo, é isso o que importa. O passado ficou para trás, assim como o barão... Você está divorciada, é hora de viver a sua nova vida comigo e talvez com alguém que realmente a mereça... E sobre vender a mansão, por mim tudo bem, eles não merecem ficar confortáveis depois do que fizeram com você.
— Eu... — Por alguma razão, Margareth chora pelas palavras da filha. Giselle a abraça com mais força, mas sua mãe diz: — ... É que eu estou agradecida por tê-la como minha filha. O destino não poderia ter sido mais generoso comigo por isso.
— E eu, por ter uma mãe tão querida como você. Seremos felizes, eu prometo, não importa o que aconteça, nunca mais nos separaremos.
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Atualizado até capítulo 40
Comments
Ezanira Rodrigues
Ambas terão muito tempo para reconstruir a relação mãe e filha. Melhor ainda, em outro lugar e esquecer os dias tristes.
2025-04-01
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