Capítulo 6

Tais palavras deixaram o barão em branco, não podia acreditar que ela mesma pediria isso.

— n-não estás a falar a sério...

— são as palavras mais honestas que disse em toda a minha vida. Já não quero continuar nesta situação de ter que ser menos na minha própria casa...

— bem. Se é assim que queres o divórcio realizar-se-á esta semana. Ligo-te apenas para assinares. Mas deixa-me dizer-te que depois disso, expulso-te daqui, ao não teres mais o apelido Whitney não tenho responsabilidade de te sustentar.

— Penso ir-me embora daqui de qualquer forma... Se era só isso, está bem...— com isso, Margareth sai do escritório do barão.

Margareth fica no corredor e pensa em tudo o que lhe disse, e ele a ela. Mas, Margareth fala alto porque havia alguém no corredor.

— já deves estar feliz... Ou não?... Sasha...

A mulher sai dobrando o corredor. Com um risinho via a rosada.

— pensei que ias resistir ao divórcio, que pedirias as exigências de ficar com metade de tudo...

— Metade?...— com um sorriso esta esclarece—... Não me conformo com apenas misérias.

— ha. Ele em breve tornar-se-á duque, por isso será mais rico do que antes... Com uma boa compensação de bens ficarás tranquila.

— Quem falou de bens?... Não me interessa o material que ele me possa oferecer, nem o quão rico possa vir a ser... No final, isso jamais o preencherá...

— A que te referes?— Margareth ignora-a por completo...

Margareth sabe o que faz, sabe como ferir realmente o barão com a sua amante, pois embora ela se queira separar não ficará com o sabor amargo das recordações de como ele a humilhava mesmo estando doente.

Depois Sasha murmura quando não a vê mais.

— hump... Pelo menos não serei o motivo de riso na alta sociedade... Não te preocupes que farei melhor papel de duquesa do que tu o terias feito...

Sasha entra no escritório de Henrique, com um sorriso expressa-se ao saber que em breve será a nova senhora da casa.

— querido...

— agora não Sasha... Estou chateado.

— Eh?... Acaso não estás feliz por aquela mulher te ter dado o divórcio?

— não é isso... Além de que gasto uma boa quantia de dinheiro, ela... Simplesmente disse que já se queria divorciar. Pensei que ia dar luta... E apenas cedeu tudo.

Sasha coloca-se ao lado dele e com as suas mãos nos ombros, tenta dar-lhe uma massagem.

— quem parece dar luta és tu. Isto é o que sempre quisemos, Margareth está a deixar tudo numa bandeja de prata, por isso há que aproveitar e divorciar-se dela de uma vez... Não sejas tolo.

Henrique seguiu-a pensando. Não lhe respondeu nada a Sasha, ainda continua desconcertado com a atitude da sua esposa.

_____________ dias depois.

À medida que os dias iam passando, Margareth esperava que o barão lhe ligasse para a assinatura do divórcio. Mesmo assim, não havia recebido nenhuma notificação sobre isso.

Margareth tinha planeado ir-se embora desde que teve a discussão com Henrique, mas não o fez para estar mais perto de Giselle, no final, ela prometeu ser um apoio para o seu futuro e não pensa abandoná-la por duas pessoas sem importância.

A cada dia ambas iam aproximando-se uma da outra, pois somente eram as únicas em que se apoiavam nesta casa.

Numa tarde de chá, Giselle encontrava-se acompanhada da sua mãe, até que chega Romina com um anúncio do seu pai.

— o senhor requer a sua presença no seu escritório, diz que há algo importante que lhe dizer.

— lamento mãe, gostaria de continuar a conversar consigo mas...

— oh, não... Não te preocupes, sei que tens responsabilidades... Romina, Henrique tem algo para mim?

— ah... É verdade, o meu senhor também me pediu para avisar que em breve os papéis estarão prontos, por isso aguarde o seu chamado em breve.

— bem...

— vemos-nos mãe, trarei notícias agradáveis.

Com um suave abraço, Giselle despede-se da sua mãe. Uma vez chegada ao escritório, o seu pai é breve e diz-lhe que de uma vez têm que ir ao palácio, ao que ela lhe perguntou o porquê da urgência, o barão respondeu-lhe com segurança e algo entusiasmado.

— o rei chamou-nos, diz que tem algo importante para nos dizer. Por isso já preparei a carruagem para irmos de uma vez.

“Dizer?... Será que o príncipe se arrependeu e não virá?... Isto deixa-me ainda mais intrigada... Só espero que não sejam más notícias"

Sem mais nada a comentar ou pensar, ambos foram para a carruagem, não havia tempo a perder. Durante toda a viagem, o seu pai manteve-se calado. Até que...

— A tua mãe... Tem perguntado por mim?

— Ah?... Claro que sim.

— A sério?

— sim, para o divórcio...— disse ela com um sorriso. Ao que o seu pai se irrita mas controla o seu tom.

— parece que estás feliz com a notícia...

— Por que não estaria?... A minha mãe merece uma felicidade maior e realmente ao teu lado duvido muito que a tenha...

Apenas estalando a língua, Henrique ficou calado, já não queria ouvir mais. Uma vez chegados ao palácio, o barão apresenta-se com a sua filha para poderem passar, um guarda guia-os até ao interior do local, até à sala do trono.

— o barão Whitney e a sua filha chegaram— anunciou o guarda na sala do trono, onde o rei aguardava com outros convidados.

— Oh!... Sejam bem-vindos!... Apraz-me anunciar-vos que o príncipe Rember está aqui...!— com a sua mão aponta educadamente para o homem que se encontrava ao lado do assento de sua majestade.

Aquele homem, cujas descrições eram as que Giselle tinha pensado, olhos carmesim, cabelos escuros como a noite sem lua, e um rosto tão angelical que não parecia um monstro como nos rumores. Aquele homem, apenas faz uma vénia e com a sua mão no peito, cumprimenta a sua prometida.

— menina Giselle... É um enorme prazer conhecê-la finalmente...— tanto a sua voz como os seus olhos eram de completa seriedade.

Isto era um claro sinal para se aproximar mais, por isso a jovem com o seu pai seguem o caminho da carpete e caminham. Enquanto Giselle se aproximava ao lado do seu pai, não conseguia parar de pensar nisso, pois as suas expectativas foram superadas. Mesmo assim, deve ser respeitosa, não conhece bem o príncipe como tal para falar abertamente do quão bonito ele é, mas só espera que não lhe escape algo parecido para não cair em vergonha.

“bem... É um alívio que ele esteja aqui, pensei que não queria vir, ou que se tinha retraído de me conhecer... Por isso apresentar-me-ei adequadamente, a primeira impressão vale mais do que qualque-..."

— AAAHGR!

Sem querer, o seu vestido é pisado por um dos seus pés, causando assim uma queda que poderia ser uma vergonha à frente de todos, mas não, não foi assim, pois o príncipe agarra-a a tempo antes que caia...

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Comments

Ezanira Rodrigues

Ezanira Rodrigues

Eu, no lugar dela, não saberia onde enfiar a cara de tanta vergonha.

2025-04-01

1

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