No jardim principal, o rei comentava o seguinte com Giselle depois de lhe servirem chá:
— E então… O que acha melhor, senhorita Giselle?… Quer conhecer o príncipe antes do casamento ou prefere esperar?
A antiga Giselle tinha preferido não o conhecer ainda, pois tinha medo dos rumores, mas esta seria uma boa ideia; conhecê-lo antes faria com que ambos tivessem uma relação mais sólida.
— Majestade, conhecê-lo agora seria uma grande oportunidade para começar com bons resultados na minha união com ele.
— Já vejo. Enviarei-lhe um comunicado, esperemos que ele também a queira ver. Embora eu lhe tenha sugerido isso, tudo depende do príncipe… Mas tenho fé que ele dirá que sim… Além disso, Barão, se esta união se concretizar, será promovido a Duque.
— É uma grande honra, Majestade, verá que tudo correrá como planeado.
O tempo passou de uma forma agradável; o rei ficou encantado com Giselle, que era muito boa ouvinte e era encantadora. No final, Sua Majestade despede-se desta agradável reunião; sente que esta aliança entre os dois reinos será excelente.
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No regresso à sua mansão, Giselle ouve as queixas do seu pai sobre ela:
— Devias ter demonstrado mais elegância no chá, Giselle. A tua postura não era a adequada, muito menos a tua forma de falar; estavas diante do rei! O que se passou contigo hoje?… A culpa é da tua mãe, que é muito dócil contigo.
Giselle ignora tudo, pois sabia como era o seu pai; depois pensa, olhando a paisagem da viagem:
“Esta era a vida normal da Giselle original. Deixem-me contar-vos que isto não constava na história, mas sim nas novas memórias que possuo. A Giselle viveu numa família disfuncional, onde o seu pai, o Grão-Barão, tem uma amante que vive debaixo do mesmo teto que nós. A mãe aceitou isto; ela não tinha muita vontade dentro da sua casa nem da sua vida, e para completar, estava sempre doente por causa das suas depressões. Assim, a amante foi ganhando o lugar de Baronesa; não tinham filhos, pois ele ficou estéril devido a uma doença. Por essa razão, Giselle não era muito feliz em casa.”
Giselle volta a olhá-lo com determinação:
— Pai… Não culpes a minha mãe, ela não tem culpa de nada… Na verdade, ela nunca faz nada… — A mãe de Giselle já não se preocupava com ela desde que a amante do seu pai chegou. — … Ela esteve sempre preocupada com uma coisa sem sentido como é a tua amante…
— O que disseste? — perguntou de forma brusca.
— A Sasha não tem graça nenhuma, é uma mulher superficial, por isso não percebo como é que a minha mãe se deixa intimidar por ela.
O Barão inclinou-se um pouco e tentou dar uma bofetada a Giselle; ouviu-se apenas o impacto da mão dela a agarrar o pulso do seu pai.
— Não faças nenhuma estupidez, pai… — Ele olhava espantado; jamais pensou que ela iria impedir o golpe. — … Já estou farta disto.
E assim era, o seu pai, sempre que podia, corrigia-a com palmadas, já que a sua mãe nem sequer estava lá para a proteger, mas esta Giselle não se deixaria intimidar por ninguém.
O Barão puxa o braço e fica quieto, apenas com o sobrolho franzido e a olhar para a janela; ficou calado até chegarem à mansão.
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Quando chegaram, Giselle pediu um banho para tirar o suor e descansar deste dia cansativo. Primeiro que tudo, hoje teve muitos acontecimentos: acordou numa realidade algo desconhecida, tentou fazer o seu melhor para se adaptar, por isso, pelo menos, quer fechar os olhos por um instante. Mesmo assim, antes de chegar à casa de banho, Giselle para ao ver um retrato da sua família quando era criança.
— Estava tudo bem, antes de ela chegar. Não havia amor entre eles, mas sim uma boa relação, mas a Sasha manipulou o meu pai desde o início…
Com isso, Giselle dirige-se à casa de banho, muito cansada.
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Quando o Barão vai para a sala de estar para descansar também, aparece Sasha, a sua amante. Com um sorriso, ela recebe-o:
— Bem-vindo a casa, meu senhor.
Embora a mulher não quisesse demonstrar a sua idade, era-lhe impossível com toda aquela maquilhagem. Ela senta-se ao lado dele e o Barão conta-lhe:
— Muito em breve, Giselle irá casar-se com o Príncipe Rember e, com isso, tornar-me-ei Duque… Iremos tornar-nos pessoas da alta sociedade, Sasha.
— Oh, querido… Só falta divorciares-te da tua esposa… Já lá vão quase três anos e nada…
— Ia fazê-lo há anos, mas ela teve aquela doença que não a tirou da cama e a minha reputação seria prejudicada se me divorciasse de uma mulher doente. Talvez a depressão a mate primeiro, seria mais fácil para mim ser viúvo do que divorciado… E tu, minha querida Sasha, serás a minha esposa.
Com um sorriso, Sasha abraça-o; está a realizar o sonho de qualquer amante: tirar tudo à esposa.
Muito perto dali, estava uma mulher um pouco mais velha, de cabelos rosados, a ouvir tudo às escondidas. Parecia estar muito doente, mas com todas as suas forças apertava os punhos para depois se ir embora.
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Atualizado até capítulo 40
Comments
Ezanira Rodrigues
Infelizmente, era o que acontecia, naquela época.
2025-04-01
0
Grace 🌻🌷
Infeliz 🤬🤬🤬🤬
2025-04-04
0
Cristiane de Oliveira
Ah velho desgraçado...
2025-04-04
0