atentado

Marie estava tomada pela raiva enquanto caminhava de um lado para o outro no quarto. Seus pensamentos estavam dominados pelas ações de suas irmãs e pela injustiça que ela enfrentou a vida inteira. O rei observava-a atentamente, sentado na cama, buscando acalmar a tormenta que se agitava dentro dela.

"Você precisa se acalmar", disse o rei em um tom sereno, fixando os olhos em Marie.

"Eu não consigo", respondeu Marie com determinação, seus olhos brilhando de indignação. "Minha vida inteira elas me trataram assim, mas não vou permitir que continuem me tratando dessa forma, muito menos a minha mãe."

O rei se levantou da cama e se aproximou de Marie, puxando-a pela cintura para perto dele. Seus corpos se encontraram, e um calor reconfortante pareceu envolvê-los. Marie sorriu e, com um misto de alívio e gratidão, beijou-o profundamente, encontrando consolo e força em seus braços.

Enquanto isso, no jardim, Junne sentia uma profunda tristeza e preocupação pela forma como a senhorita Marie era tratada por suas irmãs. Ela expressou suas emoções a Guikan, que a ouvia atentamente.

"O que houve?", perguntou Guikan, preocupado com a aflição de Junne.

"Sinto-me triste pela senhorita Marie ser tratada dessa forma. Ela é tão bondosa, sempre foi na verdade. Desde criança, era o oposto das irmãs", desabafou Junne, com os olhos marejados de lágrimas.

"Conte-me mais sobre isso", disse Guikan, sentando ao lado dela e oferecendo-lhe apoio.

"Marie sempre buscou cuidar de todos, mas foi desprezada e maltratada. Dormia muitas vezes no chão, comia restos das irmãs e tinha que fazer todo o serviço doméstico", relembrou Junne, com a voz embargada de tristeza.

"E você sempre esteve ao lado dela?", indagou Guikan, admirando a lealdade de Junne.

"Sim, perdi meus pais muito cedo, e Marie intercedeu por mim. Depois de muito implorar, me permitiram ficar como dama de companhia da senhorita", explicou Junne, sentindo a gratidão e o carinho que nutria por Marie.

"Vocês têm uma ligação forte, não é?", comentou Guikan, percebendo a profunda amizade entre as duas.

"Ela é a minha melhor amiga", disse Junne, com um sorriso reconfortante nos lábios.

"Entendo. Não vamos permitir que a tratem assim. Eu prometo", afirmou Guikan, segurando a mão de Junne, que sorriu com esperança e confiança nele.

Enquanto Marie e o rei compartilhavam momentos de intimidade e afeto, um som estrondoso interrompeu a tranquilidade do quarto. Alguém batia à porta com urgência.

"Sim?", respondeu o rei, levantando-se da cama.

"Sou eu, seu tio", disse Czar,

do outro lado da porta.

"Me espere na sala do trono. Já irei descer", ordenou o rei, preocupado com a pressa do tio.

"O dever o chama", disse Marie, sorrindo. "Vou aproveitar para ler um pouco, tudo bem?"

"Claro, minha rainha", respondeu o rei, aproximando-se dela para um beijo na testa. "Se alguém te incomodar, me conte, ok?"

"Ok", respondeu Marie, retribuindo o sorriso do rei. Observou-o se afastar e, em seguida, saiu do quarto e caminhou pelos corredores do castelo em direção à biblioteca, Marie sentia-se leve e serena. No entanto, sua tranquilidade foi abruptamente interrompida quando um estrondo ensurdecedor ecoou pelo ar. Um lustre gigantesco desabou do teto, quase atingindo-a. Instintivamente, Marie foi empurrada para o lado, escapando por pouco de ser esmagada pela queda do lustre. O coração disparado, ela abriu os olhos e se deparou com Josh, ao seu lado. Ele havia arriscado sua vida para salvá-la.

Marie sentiu um misto de gratidão, alívio e choque. Seus lábios tremeram enquanto observava Josh, um herói improvável em seus olhos. O perigo iminente havia sido dissipado, mas as emoções ainda estavam à flor da pele. Todos chegaram rapidamente, preocupados com o ocorrido. Marie percebeu que, por um triz, havia escapado da morte, e o impacto daquela experiência reverberava em seu corpo.

Marie tremia devido ao choque da quase tragédia que havia acontecido. O rei, preocupado e cheio de cuidados, a pegou em seus braços e a conduziu para a sala de estar do castelo. Seu coração batia acelerado enquanto ajeitava Marie em um sofá confortável, garantindo que ela estivesse segura e amparada.

"você está bem?" o rei perguntou assustado e preocupado

"Sim, Josh me salvou, se não fosse por ele..." Marie diz o rei se virou para Josh

"Obrigado, você será recompensado por sua coragem"

"Obrigado senhor, mas só cumpri o meu dever " Josh diz

O médico foi chamado às pressas, e em poucos minutos ele chegou à sala de estar, pronto para examinar a rainha. Sua expressão era séria, transmitindo a urgência da situação. Ele verificou cuidadosamente Marie, avaliando seus ferimentos e procurando por qualquer sinal de lesões internas. Marie sentia-se frágil e vulnerável, seu corpo ainda trêmulo pelo susto que acabara de enfrentar. A cada toque do médico, ela experimentava uma mistura de dor e alívio, consciente de que poderia ter sido muito pior.

Enquanto o médico examinava Marie, Guikan, observava atentamente os destroços do lustre. Seus olhos perspicazes perceberam algo alarmante: a corda do lustre havia sido cortada intencionalmente. Era claro que aquilo não tinha sido um mero acidente, mas sim uma tentativa de assassinar a nova rainha. A sensação de indignação e raiva se misturava em seu peito, e uma determinação feroz tomava conta de sua expressão.

A sala de estar estava tensa, preenchida pelo silêncio pesado e pela atmosfera carregada de emoções. Os murmúrios preocupados dos servos ecoavam ao fundo, enquanto Marie lutava para controlar as ondas de medo e vulnerabilidade que a envolviam. O rei permanecia ao seu lado, segurando sua mão com ternura, tentando transmitir conforto e segurança.

Enquanto isso, Guikan aproximou-se do rei e compartilhou suas descobertas. Seus olhares se encontraram, e a realidade do perigo iminente se fez presente. O rei, agora com uma expressão grave e determinada, compreendia a gravidade da situação. Proteger Marie tornou-se sua prioridade máxima.

O médico também examinou Josh, constatando que ele estava ileso, aliviando um pouco as preocupações de todos na sala. O rei e Guikan, conscientes da gravidade da situação, decidiram manter suas descobertas em segredo e conduzir suas próprias investigações para proteger Marie e identificar os responsáveis pelo atentado.

A mãe de Marie, tomada pelo medo e pela aflição, abraçou a filha com força, expressando seu susto e preocupação. As lágrimas escorriam pelo rosto da mãe, enquanto Marie tentava parecer forte para acalmá-la, transmitindo uma sensação de segurança e confiança.

Junne, também abraçou sua amiga, compartilhando sua angústia e buscando oferecer apoio. A ligação entre elas era profunda, e Marie sentia-se grata por ter Junne ao seu lado em momentos como esse. Apesar de tentar parecer forte para acalmar sua mãe e Junne, no fundo Marie também estava abalada

Enquanto o abraço coletivo envolvia Marie, a sala de estar era preenchida pelo silêncio tenso e pelas emoções afloradas. A fragilidade do momento contrastava com a determinação silenciosa que se instalava na mente de Marie. Ela sabia que era hora de ser forte, de enfrentar os desafios que estavam por vir e de proteger a si mesma e aos que amava.

Apesar de suas próprias inseguranças e medos, Marie procurou acalmar sua mãe e Junne.

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