Eron

Enquanto Marie passeava tranquilamente pelo jardim, apreciando a beleza das flores e a brisa suave, seus olhos se encontraram com os de Annia, uma das damas de companhia do castelo. Annia, com um semblante sereno, chamou por Marie e ela prontamente se aproximou.

"Marie", disse Annia em um tom suave.

Marie sorriu em resposta, reconhecendo a presença da jovem mulher. "Olá, Annia", respondeu com gentileza.

Um breve momento de silêncio pairou entre elas, até que Annia quebrou o gelo. "Marie, eu fiz algo para você? Alguma vez causei algum mal-estar?"

Surpresa com a pergunta, Marie ponderou por um momento. "Sinceramente? Eu admito que senti ciúmes de você em relação a Kraus", confessou Marie, abaixando levemente o olhar.

Um sorriso gentil curvou os lábios de Annia, dissipando qualquer tensão presente. "Ah, Marie, não precisa se preocupar. Eu e Kraus somos apenas amigos. Na verdade, meu coração já pertence a outra pessoa", revelou ela, revelando um brilho de afeto em seus olhos.

As palavras de Annia atingiram Marie profundamente, preenchendo-a com um sentimento de alívio e compreensão. "Eu não sabia... Sinto muito por ter agido de forma equivocada e ter te tratado mal", expressou Marie, genuinamente arrependida.

Annia sorriu calorosamente, irradiando compreensão e empatia. "Marie, eu entendo perfeitamente. Você gosta de Kraus, não é? Eu percebo a maneira como vocês se olham, é inegável."

Marie se sentou ao lado de Annia, compartilhando um momento de cumplicidade. "Sim, eu sou completamente apaixonada por ele", confessou Marie, permitindo um sorriso brincar em seus lábios.

Annia olhou para Marie com um olhar sincero. "E eu... eu também sou apaixonada pelo tio dele", revelou ela, surpreendendo Marie.

Marie ficou atônita, mas logo compreendeu a complexidade dos sentimentos humanos. "Nunca imaginaria...", murmurou ela, mostrando surpresa.

Annia suspirou, expressando seu próprio dilema interno. "Pela diferença de idade, talvez?", questionou de forma retórica.

Marie, com um olhar compassivo, colocou uma mão gentil no braço de Annia. "Annia, o amor não conhece limites de idade. Não podemos controlar os sentimentos que surgem em nossos corações", afirmou Marie com convicção.

Ambas sorriram, compartilhando um momento de compreensão e aceitação mútua. Era um lembrete de que o amor, independentemente das circunstâncias, poderia florescer em lugares inesperados, unindo corações em busca de felicidade.

Os raios do sol iluminavam o jardim, dançando sobre as flores coloridas e criando uma aura de serenidade ao redor de Marie e Annia. Naquele momento, elas encontraram conforto e apoio uma na outra.

Marie e Annia caminharam pelo corredor do castelo em direção à sala do trono, quando, inadvertidamente, escutaram uma conversa entre o rei e seu irmão, Eron. A curiosidade as impeliu a parar e ouvir o diálogo que se desenrolava ali.

Eron, com um olhar de superioridade, dirigiu-se ao rei: "Irmão, resolveu se casar novamente?" Sua voz carregava uma mistura de desdém e sarcasmo.

O rei, mantendo sua postura imponente, respondeu com uma ponta de amargura: "Obrigações... Receio que você não saiba o que essa palavra significa, já que vive sua vida sem se preocupar com nada além de si mesmo."

As palavras do rei foram carregadas de ressentimento, revelando a frustração que ele sentia em relação às atitudes irresponsáveis de seu irmão. Eron, por sua vez, parecia não se importar com as críticas, pois continuou com sua provocação: "Mais uma vez se casando por obrigação, espero que essa viva mais."

Essa afirmação provocativa fez com que o rei encarasse Eron com intensidade, buscando entender o verdadeiro significado por trás de suas palavras. A tensão se estabeleceu entre eles, deixando Marie e Annia em uma posição desconfortável ao presenciarem aquele embate familiar.

No entanto, antes que a situação se intensificasse ainda mais, Czar, o tio de kraus e Eron, interveio, tentando amenizar a atmosfera carregada: "Queridos sobrinhos, por favor, parem. Estamos reunidos após tantos anos, vamos aproveitar este momento de reencontro e fraternidade."

Czar buscou trazer um pouco de harmonia àquele momento, recordando a importância do laço familiar e da união entre eles. Apesar disso, Eron não deixou a oportunidade passar e retrucou com um sorriso debochado: "Só estou conversando com meu querido irmão."

O clima tenso pairava no ar, deixando Marie e Annia perplexas com a dinâmica complexa e conflituosa da família real. Conscientes de que aquele não era o momento apropriado para intervir ou fazer qualquer comentário, as duas decidiram seguir em frente em direção à seus quartos deixando para trás aquela troca acalorada de palavras.

Enquanto caminhavam, Marie e Annia trocaram olhares cheios de curiosidade e preocupação. Elas sabiam que havia muito mais por trás daquela conversa do que podiam compreender no momento. Era evidente que existiam questões profundas e não resolvidas entre o rei e seu irmão, algo que talvez só o tempo pudesse revelar completamente.

Marie e Annia, após ouvirem parte da conversa entre o rei e seu irmão, Eron, decidiram seguir para seus respectivos quartos para se arrumarem para o jantar. Enquanto desciam, notaram que o rei parecia ter mudado sua expressão, mas Marie sabia que ele devia ter seus próprios motivos e não se importou com a mudança de comportamento.

No salão, Marie observava atentamente a troca de olhares entre Junne e Guikan, Um sorriso brotou em seu rosto ao presenciar a l

Conexão entre eles.

De repente, Eron se dirigiu a Marie, rompendo seus pensamentos. "Então, Marie, não é mesmo?", disse ele, em um tom peculiar.

Surpresa com a abordagem direta, Marie ergueu seu olhar para encará-lo. "Sim", respondeu com cautela, não sabendo ao certo onde aquela conversa estava indo.

Eron continuou em um tom estranho, mencionando o ato de Marie ter salvado a vida do rei, colocando sua própria vida em risco. Junne, não se contendo, encarou Marie tentando fazer com que Marie seguisse as regras do protocolo e não se envolvesse em uma discussão.

"Acho que precisa educar sua futura esposa", provocou Eron, buscando perturbar a harmonia do momento.

No entanto, Czar, o tio de Marie e Eron, interveio prontamente, repreendendo seu sobrinho pela provocação. Antes que Marie pudesse responder, Junne interferiu, mesmo ciente de que poderia ser castigada por sua ousadia.

"Senhorita, é melhor se retirar. Você parece um pouco pálida", disse Junne, olhando diretamente para Marie, incentivando-a a seguir as regras e evitar qualquer confronto desnecessário.

Marie respirou fundo, tentando conter suas emoções e manter a compostura. "Certo", respondeu ela com um sorriso sutil, agradecendo silenciosamente a intervenção de Junne.

Annia, percebendo a tensão no ar, aproximou-se de Marie. "Está se sentindo mal?", perguntou ela, demonstrando sua preocupação.

Marie balançou a cabeça, negando. "Não, Junne está apenas sendo cautelosa", respondeu, tentando tranquilizar Annia e mostrar que estava bem.

Marie e junne seguiram para o quarto, deixando para trás o clima tenso da sala de jantar Enquanto se afastavam, Junne expressou sua opinião sobre Eron: "Esse Eron é terrível." Sua voz carregava um tom de desgosto e desaprovação.

Marie concordou com um sorriso agradecido: "Obrigada, Junne. Tenho certeza de que eu teria enfrentado Eron se necessário."

Junne assentiu, conhecendo bem a determinação e a coragem de Marie. Elas compartilharam um momento de cumplicidade, sabendo que poderiam contar uma com a outra para enfrentar qualquer desafio.

"É, eu sei bem disso," disse Junne com um olhar divertido nos olhos. Ambas soltaram risadas, descontraindo o ambiente. Naquele momento, o humor leve e descontraído era um bálsamo para aliviar as tensões do dia

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