Marie hesitou, seu coração acelerando no peito ao se aproximar do rei. O ar estava carregado de antecipação, sua conexão não verbal preenchendo o silêncio. Antes que seus lábios se tocassem, as imponentes portas da sala do trono se abriram, interrompendo abruptamente o momento íntimo.
"Estou atrapalhando algo?" perguntou Czar, o tio do rei, com um sorriso cúmplice.
Marie fez uma reverência respeitosa, suas bochechas corando de vergonha.
"Não há necessidade de formalidades, minha querida", respondeu Czar, fazendo um gesto para que ela se levantasse. Marie endireitou-se, seu olhar se desviando para uma figura que emergia por trás de Czar.
"Annia retornou. Ela estava ansiosa para vê-lo", explicou Czar, enquanto uma jovem se aproximava do rei e o envolvia em um abraço caloroso.
"É bom tê-la de volta", disse o rei, sua voz transbordando de alegria genuína. Marie não pôde evitar sentir um desconforto, um lampejo de ciúmes se insinuando em seus pensamentos.
"Se não precisar mais de mim, Alteza, posso me retirar?", aventurou-se Marie, evitando o contato visual direto.
"Há algo que precisa fazer? Pensei em darmos um passeio", sugeriu o rei, seu interesse despertado.
"Sim, prometi ajudar Agatha", respondeu Marie.
"Quem é Agatha?", perguntou o rei, seu interesse aumentando.
"Sua governanta, Alteza. Não sabe o nome de seus próprios funcionários?", indagou Marie, uma pitada de brincadeira em sua voz.
"Minha querida, você está aqui para se tornar a futura rainha deste reino. Não precisa se preocupar com tarefas domésticas", interveio Czar, seu olhar fixo nela.
"Encontro conforto em manter-me ocupada", retrucou Marie, sua determinação evidente.
"Muito bem, pode ir", cedeu o rei.
"Mas não se preocupe, eu o acompanharei", acrescentou Annia, quebando a tensão.
"Com licença", Marie virou-se, ainda com o rosto corado de constrangimento, e dirigiu-se à saída da sala do trono. Enquanto caminhava, podia sentir o peso de suas emoções agitando-se dentro dela. Procurando um refúgio, dirigiu-se à cozinha e sentou-se.
"Está tudo bem, senhorita?", observou Junne, que estava na cozinha com Agatha e o chef, olhando-a atentamente.
"Quem é essa Annia?", questionou Marie, sua curiosidade evidente. "Vocês a conhecem?"
"Ah, sim. Ela é amiga de infância do rei, uma das poucas pessoas a quem ele estima", respondeu Agatha.
"Uma amiga, huh?", Marie murmurou baixinho, um leve tom de
incerteza em sua voz.
"Está com ciúmes, senhorita?", brincou Junne, erguendo uma sobrancelha.
"Ciúmes? Eu? Claro que não", gaguejou Marie, suas palavras se enrolando, fazendo com que todos na sala caíssem na risada.
"Tudo bem, senhorita, acreditamos em você", disse Agatha, com um sorriso perspicaz no rosto.
"Posso ajudar na cozinha? Ou talvez com a limpeza? Preciso distrair minha mente", solicitou Marie, sua vontade evidente.
"Lembre-se do que o médico disse sobre descanso", lembrou Junne, com preocupação evidente em seu semblante. O pulso de Marie ainda latejava de dor, e seu corpo estava fraco.
Marie hesitou por um momento, percebendo a sabedoria nas palavras de Junne. A contragosto, ela cedeu, aceitando a necessidade de descanso, apesar de seu espírito inquieto.
Marie sentou-se com uma sensação de fraqueza, e Junne entregou-lhe o remédio.
"O veneno ainda não saiu completamente do seu corpo, senhorita. Acho que você precisa se deitar", disse Junne preocupada.
Marie olhou para ela com determinação. "Não quero mais deitar."
Nesse momento, o chef se aproximou. "Que tal eu preparar algo que você goste, para que consiga comer?"
"Confio nas suas escolhas, tenho certeza de que vou gostar", respondeu Marie simpaticamente.
Decidida a se manter ocupada, Marie propôs ajudar Agatha na organização da biblioteca. Agatha concordou, mas com a condição de que Marie descansasse caso não se sentisse bem.
As três mulheres caminharam juntas em direção à biblioteca, adentrando o espaço tranquilo e repleto de livros. Enquanto arrumavam as prateleiras, Marie aproveitou para soltar algumas perguntas sobre o rei e Annia.
"O rei... Ele demonstra sentimentos por ela?", indagou Marie, curiosa.
Agatha observou Marie por um momento, percebendo seu verdadeiro interesse. "Senhorita, o rei não demonstra sentimentos por ninguém", respondeu com sinceridade.
Enquanto conversavam, Josh, um dos funcionários do rei, entrou na biblioteca e ofereceu ajuda. Marie não o conhecia ainda, e eles iniciaram uma conversa. À medida que trocavam palavras, perceberam que tinham muitos interesses em comum.
Junne precisou sair para ajudar Agatha a preparar a mesa do jantar, e Marie e Josh continuaram a conversar animadamente. O tempo parecia voar enquanto compartilhavam histórias, experiências e risadas.
Marie e Josh se acomodaram em um recanto aconchegante da biblioteca, onde a luz das velas e o aroma dos livros antigos criavam uma atmosfera misteriosa. Eles compartilhavam histórias sobre os contos épicos que haviam lido, mergulhando nas lendas e mitos do passado distante.
"Lembro-me de um conto sobre um cavaleiro corajoso que enfrentou uma jornada perigosa para resgatar a princesa aprisionada em um castelo encantado. A história transmite uma mensagem poderosa de bravura e determinação." Marie sorri lembrando do livro
" Ah, sim! Eu adoro histórias de cavaleiros Li sobre um lendário guerreiro que lutou contra criaturas míticas para proteger seu reino. Sua coragem inspirou gerações." Josh a olha
Enquanto trocavam histórias, suas vozes sussurravam como melodias antigas, evocando a grandiosidade de tempos passados. A conexão entre eles se aprofundava à medida que compartilhavam seu amor pela história e pelas narrativas de coragem e aventura.
" Acredito que as histórias têm o poder de nos transportar para outros tempos e lugares. Elas nos ensinam valiosas lições e nos permitem sonhar com possibilidades além do nosso próprio mundo." Marie disse
" Concordo plenamente. É fascinante como essas histórias podem transcender as fronteiras do tempo, inspirando-nos a sermos melhores e a acreditar em algo maior do que nós mesmos." Josh parecia uma pessoa legal
Enquanto a conversa continuava, a biblioteca parecia ganhar vida, com os sussurros das páginas viradas ecoando como murmúrios ancestrais. Marie e Josh sentiam-se envoltos pela magia daquele lugar, onde as histórias se entrelaçavam e os corações se abriam para possibilidades além do alcance.
Quando Agatha e Junne retornaram à biblioteca, notaram o clima agradável que pairava entre Marie e Josh.
"Desculpe interromper, mas o jantar está pronto", disse Agatha, com um olhar de cumplicidade.
Marie sorriu e levantou-se, sentindo-se revigorada pelas conversas e pelo apoio das pessoas ao seu redor.
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Atualizado até capítulo 50
Comments
Maria Do Socorro Bezerra
Eu acho que quem vai sentir o amargo sabor do ciúmes será Kraus assim que perceber a amizade entre Josh e Marie.
2025-03-08
0
Maria Do Socorro Bezerra
Isso vai mudar Kraus, em breve você saberá o nome de todos os que trabalham para você kkkkkkkk
2025-03-08
0
Maria
aqui vemos coragem kkk
2023-06-20
1