Ferida no lugar do rei

capitulo 07

Junne e Marie estavam no jardim à noite, observando o castelo ao longe. Marie avistou o rei na janela de seu quarto. A luz se apagou logo depois, mas então ela viu alguém entrando pela sacada. Seu coração disparou enquanto ela descia da árvore, ferindo o braço no processo.

"June, acorde, venha comigo!" ela chamou, alarmada. Eles correram em direção ao quarto do rei, ouvindo barulhos vindos de dentro ao se aproximarem da porta.

"Vá chamar Guikan", Marie sussurrou para June.

Junne parecia assustada, mas obedeceu e saiu correndo para buscar Guikan. Marie entrou cautelosamente no quarto e encontrou o rei parado lá, com um homem segurando uma espada em sua garganta.

"Nós somos a resistência, seu reinado está chegando ao fim", disse o homem, determinado. Os olhos de Marie se arregalaram de surpresa e preocupação. Sem hesitar, ela pegou um abajur próximo e golpeou a cabeça do homem, fazendo-o desmaiar. Um alívio a invadiu quando viu o rei ileso, mas logo a realidade da situação se estabeleceu.

O homem recobrou a consciência marie se colocou na frente do rei e o homem a feriu com sua espada.

Guikan chegou com outros guardas e eles prenderam o homem.

"Estou bem!" Marie disse, não deixando o rei perceber sua ferida,

"Majestade, nossa segurança foi comprometida, temos um traidor, peço desculpas", Guikan disse, ajoelhando-se diante do rei. O rei o observou por um momento antes de responder.

"Não é culpa sua. Substitua todos os guardas, fortaleça a segurança do palácio."

Guikan e os outros guardas escoltaram o homem para fora do quarto, e o rei voltou sua atenção para Marie.

"Obrigado por salvar minha vida, senhorita", ele disse, uma gratidão genuína em suas palavras.

Surpresa com sua reação, Marie respondeu rapidamente: "Boa noite, senhor", e saiu do quarto com Junne, voltando para seus aposentos.

Enquanto lavava sua ferida com água corrente, Marie percebeu que seu pulso também doía. "Droga", murmurou.

"O que aconteceu, senhorita?" Junne perguntou, preocupada.

"Acho que está quebrado", respondeu Marie, sentindo-se frustrada com a sequência de eventos.

"Oh meu Deus, o que faremos?" Junne exclamou, nervosa.

"Vamos enfaixá-lo por enquanto e amanhã veremos o que fazer", decidiu Marie, sabendo que não tinha muitas opções naquele momento.

Seguindo o plano, eles cuidaram de sua ferida da melhor maneira possível. No entanto, a dor e a agitação dificultavam para Marie encontrar o sono.

"Senhorita", June chamou no meio da noite, percebendo seu desconforto.

"Acho que estou com febre", Marie confessou, sentindo o frio tomando conta dela. "Será que um pulso quebrado realmente causa tudo isso? O que está acontecendo? De repente, o rei entrou no quarto com um médico.

"Você disse que estava bem!" o rei disse.

"Eu não sei o que está acontecendo, nunca me senti assim antes", Marie disse, sua voz tremendo.

"Seu pulso está deslocado, mas o que está te deixando doente... você foi envenenada."

"Como?" o rei olhou para o médico. "Que tipo de veneno?"

"Não tenho certeza, mas foi transferido através da lâmina da espada. Primeiro, vamos colocar seu pulso no lugar e depois vou preparar uma mistura herbal para tentar remover o veneno do seu sistema."

"Ok, faça isso!" o rei disse.

"Senhorita, morda isso", o médico disse, e Marie obedeceu. O médico puxou seu braço, e ela gritou de dor. Ele envolveu firmemente as ataduras, lágrimas escorrendo de seus olhos. Ele começou a triturar as ervas, e June se aproximou, colocando compressas frias na testa de Marie.

O rei estava agitado no canto do quarto.

"Você precisa beber isso, me ajude a levantá-la", disse o médico.

June tentou, mas falhou, e o rei se aproximou da cama.

"Se me permite", ele disse, colocando um braço atrás das costas de Marie e o outro sob suas pernas, levantando-a para uma posição sentada. Ele pegou o remédio das mãos do médico. "Abra a boca", Marie reuniu suas últimas forças para tomar o remédio.

"Senhor, agora só podemos esperar."

"Ok, vou ficar aqui. Vocês podem sair", ele disse.

"Senhor, eu preciso ficar com ela..."

"Vá comer, Junne, eu fico aqui com ela."

"Voltarei logo, está bem?" ela disse, saindo com o médico e Guikan.

"Por que você está fazendo isso?" Marie perguntou, fraca e delirante.

"O que é isso?" ele perguntou.

"Cuidando de mim, senhor."

"Porque você fez muito mais por mim! Vou descobrir quem fez isso com você", ele disse, segurando sua mão.

"Senhor... se algo acontecer comigo..." ela disse, preocupada.

"Não pense assim."

"Senhor, por favor, não deixe nada acontecer com Junne ou minha mãe, por favor, me prometa", sua maior preocupação era com elas.

"Eu prometo, mas nada vai acontecer com você, Marie."

"obrigada senhor"

"Você pode me chamar de Kraus", ele disse. Marie ficou surpresa, ela não sabia seu nome.

"Rei Kraus", ela disse.

"Apenas Kraus", ele respondeu.

"Kraus", ela disse, e seus olhos se fecharam.

Naquele momento, Marie fechou os olhos; ela estava completamente inconsciente e fraca. O rei entrou em pânico e gritou pelo médico o mais alto que pôde.

"Médico!" ele gritava enquanto segurava Marie, o médico entrou, verificando seu pulso.

"Ela está viva, senhor, apenas muito fraca. Ela precisa comer e beber."

"Como?" Junne, sua leal amiga, estava assustada e preocupada.

"Traga uma sopa da cozinha e certifique-se de que alguém supervise a preparação", ordenou o rei.

"Sim, senhor", Junne saiu e fez exatamente como o rei ordenou.

A febre de Marie estava aumentando, então o rei foi ao banheiro, encheu uma tigela com água e sentou ao lado de Marie, umedecendo as compressas para esfriar sua testa e baixar sua febre.

Guikan cresceu com o rei e nunca o tinha visto daquele jeito antes.

"A sopa, senhor, eu..." ele a interrompeu.

"Eu darei a ela", as palavras do rei surpreenderam a todos.

"Eu sei que você está grato porque a Srta. Marie salvou..." ele olhou para ela.

"Você não sabe, por favor, saia, cuidarei dela."

E todos obedeceram ao rei.

Ele a ergueu um pouco e colocou um travesseiro atrás de suas costas, pegou uma colherada de sopa e a levou à sua boca... e pelos próximos 10 dias, foi assim que aconteceu.

Dia e noite, ele tentou combater sua febre persistente, alimentando-a com sopa e administrando medicamentos nos horários corretos, enquanto lia livros para ela. Junne a banhava com compressas enquanto o rei tomava banho e comia algo. Ele estava procurando quem havia feito isso com a Srta. Marie.

E no décimo dia... ela acordou

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