♡LYANA NARRANDO♡
Enquanto vejo aquela cena dos infernos, continuo a comer sem vontade de parar, não estou nem aí para o que os outros vão pensar, certamente ninguém sabe que a última vez que eu comi foi quando eu tinha liberdade, na minha casa, na companhia de minha família, a família Smith são um bando de idiotas.
Nesse momento, uma música romântica tocou, involuntariamente me lembrei do meu baile de formatura do colegial, eu dancei essa música com um grande amigo meu, ele estava com leucemia e saiu do hospital só para me prestigiar, ele morreu no dia seguinte, então essa música marcou a minha vida.
Pensei em convidar a Suely para dançar comigo, mas o Rafael certamente entendeu tudo errado e não perdeu a chance de tentar me humilhar, ele achou que chamar a Raquel para dançar iria me deixar triste, oh coitado.
Vendo que dona Sandra parece também gostar daquela música, a chamei para dançar, foi de um jeito estranho, com pouco movimento, na verdade eu só queria vê-la sorrir.
Depois de um tempo, Rafael veio assistir a nossa dança bem de perto, aquilo de súbito fez o meu sorriso sumir, estou pegando ranço desse cara, porque na verdade eu odeio o jeito que ele me domina, isso não vai acabar bem.
Logo nós tiramos muitas fotos e depois de ouvir Dona Sandra dando conselhos aos filhos, enfim nós pudemos sair dali, entramos no carro em silêncio, os meus pés doem tanto que eu não consegui segurar as lágrimas, inferno, ser mulher é muito complicado, na verdade eu senti vontade de jogar esse sapato pela janela, mas não posso.
O Rafael me perguntou se as minhas irmãs são choronas como eu, claro que aquilo me fez sentir muita raiva, mas me contive e disse a verdade, os meus pés estão prestes a cair, no entanto o Rafael não parece acreditar na minhas palavras, mas ele se manteve em silêncio.
Eu continuo olhando a paisagem pela janela do carro, nessa hora percebi que o veículo parou de se movimentar, continuo ali, evitando o olhar aguçado de Rafael até que ele falou de repente:
— Levem a minha mulher para casa-ele disse chamando a minha atenção, eu olhei para ele por um tempo, na verdade eu queria saber com que tipo de homem me casei, certamente um merda, que sempre trata as mulheres como um lixo.
Pela manhã, mesmo sabendo que eu estava quase nua, ele mandou quatro maquiadores, que mais pareciam strippers me ajudarem a se arrumar e agora estava mandando eu sair do carro, me jogando num veículo na companhia de outros quatro homens fortes e bonitos.
“Rafael Smith, quando eu desisti da vida, eu te faço corno e morrerei feliz sabendo que te fiz de idiota “, brinco mentalmente enquanto entro no carro.
Dois seguranças ocupam os bancos da frente e outros dois estão perto de mim, um de cada lado, um deles fede a tabaco e o outro tem um cheiro tão gostoso, que tive vontade de chamá-lo para fugir, eu num digo é nada rsrs.
O carro está em alta velocidade, encostei-me no banco e fingi estar com sono, fiquei ali, de olhos fechados durante todo o trajeto, ao perceber que o carro parou, preparei-me para sair do veículo, um dos seguranças olhou para mim e disse:
—Eu serei o seu segurança de agora em diante, sempre que a senhora precisar de algo, pode ligar nesse número-disse ele e logo me entregou um cartão de visita, sorri sem graça e após agradecer a gentileza logo entrei na mansão.
Na verdade eu fiquei com vontade de perguntar se eu poderia usar outro meio de comunicação, já que o Rafael confiscou o meu celular. Poderia ser um grito da janela? Só na mente daquele homem que o Rafael me deixaria transitar por aí, iludido.
Planejei subir direto para o quarto, mas Suely apareceu na sala, em seus braços havia uma garrafa de uísque, a mulher sorriu e disse:
—Ei cunhada, vem, vamos comemorar o seu casamento-disse ela sorrindo, sinceramente eu senti vontade de bater com o meu sapato na cabeça dela, oh mulher lesada.
O que eu deveria comemorar? Ah já sei, acabei de me casar com um infeliz que não respeita ninguém? Ou devo comemorar o fato de ter um marido nos braços de outra mulher agora?
Muitas pessoas podem achar que eu estou com ciúmes do Rafael , mas não é, só acho meio óbvio, ou por qual outro motivo o Rafael iria sair em pleno feriado se não esse? Preferi ignorar as loucuras da Suely e já estava caminhando na direção das escadas, nessa hora eu vi o Pietro no topo da escada, parado feito uma estátua e olhando fixamente para mim.
Tentando evitar qualquer aproximação com aquele homem estranho, peguei a garrafa das mãos de Suely e logo sentei-me no sofá e sem se incomodar com olhar complicado dos irmãos Smith logo bebi um grande gole de uísque, a bebida desceu rasgando a minha garganta, fazendo eu sentir uma grande ardência, mas nada foi capaz de amenizar a dor que dilacera o meu peito.
Quando eu fiz 15 anos, papai fez uma grande festa, chamou todos os integrantes da empresa, pois queria que todos nos conhecessem, dançamos juntos e ele sempre me chamava de princesa, daí fico me perguntando quando me tornei um objeto para o senhor Lourenço? Hoje me vejo sem esperanças, eu só queria poder sair por aquela porta sem que isso significasse a morte das minhas irmãs e eu, isso parece estar fora de cogitação, Rafael com certeza não vai ceder.
Ainda tentando esquecer o inferno que estou vivendo, bebi mais alguns goles de uísque, eu ia beber mais, no entanto Suely arrancou a garrafa das minhas mãos e disse:
—Vai com calma boneca, você não pode ficar bêbada, caso contrário o meu irmão vai acabar com a gente-disse Suely e logo sentou-se no sofá ao lado e daí desatou a falar.
Como uma boa irmã, ela só teceu elogios para o Rafael, dizendo que ele é um homem bom, amoroso e que eu com certeza irei me surpreender com ele, parece que estamos falando de pessoas diferentes, a única coisa boa que o Rafael fez foi deixar as minhas irmãs livres, mas em compensação, eu jamais poderei partir sem a autorização dele.
Mesmo com a Suely tentando me impedir de beber, peguei a garrafa e bebi um grande gole, já estou acostumada com o gosto ruim e dessa vez quase não senti a minha garganta queimar, vendo aquilo Suely soltou um longo suspiro e disse:
—Por que você está bebendo desse jeito?
—Porque de dona do grupo Mancini, passei a ser uma CEO falida, longe da família e agora estou a mercê de um mafioso que sente prazer em humilhar as pessoas, está bom para você?-falo meio arrastando, a bebida já está me dominando, que maravilha.
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Atualizado até capítulo 89
Comments
Edna César
🤣🤣🤣🤣
2024-11-09
0
Edna César
ia ser foda
2024-11-09
0
Ana Regina
verdade verdadeira 🥰🥰🥰
2024-10-09
2