NEM QUERO FAZER AMOR CHORANDO

♤RAFAEL NARRANDO♤

Já estou com a minha cabeça a mil, não paro de pensar no beijo que Lyana me deu, mas também lembro que ela me recusou no primeiro momento, agora, estando nessa situação tão embaraçosa, eu fico me perguntando se Lyana está sendo sincera ou não, ela estaria disposta a construir comigo uma história de amor? Se sim, eu só lamento, isso não está nos meus planos.

Com as palavras da mamãe, a minha família parou de olhar para Lyana e mudaram a atenção para mim, esperando uma resposta, bem, é certo que sou um homem de negócios, lido com situações difíceis o tempo todo, mas essa é um pouco complicada.

Lyana está de cabeça baixa, talvez esteja rezando para eu deixá-la ir embora, a sorte dela é que os sonhos ainda são de graça, eu jamais a deixarei ir, eu só preciso descobrir o motivo, algo plausível que justifique essa necessidade de tê-la perto de mim,  maldição,  eu nunca me senti assim, isso me assusta e me irrita.

Nesse momento, eu aperto levemente a mão de Lyana e falo sorrindo:

—Fique tranquila mamãe, eu vou cuidar muito bem da Lyana, eu prometo-falo e logo beijo o dorso da mão dela, por estar de vestido, mostrando os braços e pernas, a vejo ficar arrepiada.

Ao perceber que eu vi a sua reação natural, Lyana ficou com o rosto um pouco vermelho, eu não sei explicar o motivo,  pode ser raiva ou vergonha, mas ela fica ainda mais linda.

Disfarçadamente, Lyana afastou a sua mão da minha e entrou no banheiro, nesse momento, eu acho que eu ouvi um pequeno grito, era baixo e abafado, o barulho vinha do banheiro, alguns minutos depois enfim Lyana saiu, os seus olhos estavam levemente vermelhos indicando que ela estava chorando e no dorso de sua mão uma marca de dentes, bem no lugar onde eu acabei de beijar.

“Nossa, ela se acha, queria arrancar o lugar que eu beijei, mas eu tenho uma surpresa pra ela: eu vou beijá-la em cada centímetro de seu corpo, sendo assim eu vou testar todos os limites da minha querida futura esposa. É repulsa por saber que me pertence ou ódio de si mesma por estar afim de mim?” Reflito mentalmente enquanto olho para Lyana com um olhar assassino, eu quero deixá-la com muito medo de mim.

Nesse momento, mamãe pediu para que todos saíssem do quarto, pois ela estava bastante cansada e precisa dormir, então, nos despedimos e daí segurei na mão de Lyana e logo saímos dali, noto que ela olha de um jeito estranho para os meus irmãos, acho que preciso tomar cuidado para não ser corno,  já que o Pietro é um pegador e Suely gosta da mesma fruta que eu rsrs.

Logo entramos no carro, a minha irmã, prima e a minha tia sentaram-se ao meu lado no banco de trás e nessa hora eu vi Lyana dar um pequeno sorriso de zombaria e daí sentou-se no banco da frente.

No banco de trás do carro está apenas os integrantes da família Smith, mas ninguém disse uma palavra, nessa hora lembrei-me que eu preciso resolver algumas pendências na base, daí pedi para que o Pietro parasse o carro e disse:

—Cuidem dela por mim-falei e logo saio deixando Lyana completamente desnorteada, ela olhou para mim por um tempo,  eu podia jurar que  vi  decepção em seu olhar, depois ela passou a encarar a paisagem pela janela do carro.

“São apenas negócios”, penso e logo entro em outro carro e junto dos seguranças logo sumimos na escuridão da noite.

Sou pássaro livre  e eu não nasci para ser só de uma, eu pretendo sim ter um filho com Lyana, mas nunca seremos uma família.

 —Para onde vamos senhor?- perguntou um dos seguranças me tirando dos meus pensamentos,  após a fala, o cara olhou para o relógio em seu pulso e soltou um longo suspiro, já é madrugada.

 —Oh que comovente, a donzela quer dormir, quer um pouco disso? Aqui é tiro e queda, literalmente-falo enquanto mostro a minha arma, que está sob minha cintura, o meu tom de voz era muito calmo, mas eu estou sendo sincero.

Cerca de uma hora depois enfim chegamos ao nosso cafofo, antes de entrar e me envolver em assuntos sangrentos, resolvi fazer uma ligação para John, o meu secretário e também grande amigo, daí eu mandei preparar toda a documentação do casório, mamãe não tem muito tempo e daí eu vou me sacrificar por ela.

..

Já era de manhã quando saí da base, eu precisava resolver umas questões sobre um carregamento de armas e drogas, e assim fiquei a madrugada inteira trabalhando, mas não parei de pensar em Lyana, eu bebi algumas doses de uísque e desde então vejo Lyana em toda parte, isso não está certo, preciso virar o jogo.

Peguei o carro e fui direto para casa, pensando que Lyana poderia estar dormindo no meu quarto, eu fui para o escritório, deito-me num sofá de couro marrom e acabo dormindo.

O barulho estridente do meu celular tocando me tirou de um sono gostoso, olhei a tela do celular e percebi que era Jaqueline quem estava a ligar, soltei um longo suspiro e logo atendi:

—Bom dia-falei bocejando.

—Desculpe incomodá-lo em pleno feriado, mas eu só queria avisar que aquela empresa de tecnologia que o senhor estava interessado declarou falência, estão vendendo tudo e o preço está muito bom-disse ela um pouco animada.

—Oh isso é ótimo, ligue para o John e mande ele comprar tudo-falo e daí desligo o telefone.

—Bem, talvez eu precise de um trato antes do casamento-falo para mim mesmo e logo vou para o quarto, não vejo Lyana,  ótimo assim eu nem preciso dar explicações sobre o meu paradeiro.

Pensando dessa forma, logo entro no banheiro planejando tomar uma ducha, nessa hora eu vi a Lyana, ela estava de pé próximo ao espelho e falava sozinha.

—Como ele pôde me deixar sozinha nesse ninho de cobras, quando ele chegar em casa e encontrar aquela prima gasturenta dele com os dentes tudo balançando ninguém venha dizer que eu estou errada rsrs..

—Como é que é a história mesmo? Que violência é essa?-falo alto chamando a atenção dela, Lyana se assusta e dá alguns passos para trás.

—Não me diga que você está com medo de mim?-pergunto enquanto fecho a porta, Lyana está pálida, mas a sua língua continua afiada:

—Eu não tenho medo de você, precisa eu repetir para você as minhas palavras?-disse de braços cruzados e se balançando levemente.

Eita que essa mulher me tira do sério.

—Que gata arisca essa minha mulher, abusada e falastrona,  mas gostosa pra caralho-falei sussurrando já caminhando na direção dela.

Eu preciso de um banho, então fui logo tirando o meu terno, tiro quase tudo e fico só de cueca, me aproximo de Lyana, colando o meu corpo ao dela, colei a minha testa na dela e falei sorrindo, olhando nos olhos dela:

—Hora de testar a qualidade da mercadoria-falo e logo passei os meus dedos pelo corpo dela, depois segurei a cintura dela e a puxei pra mim, Lyana sentiu o meu membro roçar no corpo dela e nisso ela ficou com os olhos lacrimejando, nessa hora eu me afastei e logo vou tomar o meu banho.

Nem quero fazer amor chorando, Lyana não perde por esperar, o que é dela está guardado, bem aqui,  dentro da minha cueca, grande e grosso, ela vai amar rsrs.

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