♡LYANA NARRANDO♡
Sinto como se eu estivesse caminhando no corredor da morte, esse é com certeza um dos piores dias de minha vida, após me despedir das minhas irmãs, apenas caminho na direção daquele infeliz, que mais parece um palhaço.
Ele estende a mão para mim e por estar com muito medo apenas segurei na mão dele sem pronunciar nenhuma palavra, ele entrelaça os sus dedos aos meus quase me fazendo gritar de desespero, estou sendo levada para o inferno e o diabo é um homem gostoso que me deixa com vontade de experimentar os prazeres da vida, maldição!
Saímos dali rapidamente, eu nem se quer olhei para trás, pois não queria ver as meninas chorando, mas pude ouvir os gritos delas e isso me destrói, a gente nunca mais vai se ver.
Logo entramos no carro e enfim ele soltou minha mão, sentei-me no cantinho e fiquei olhando a paisagem pela janela, não quero mais chorar, então forço um sorriso e digo em tom de zombaria:
—Para onde estamos indo excelentíssimo desconhecido?-falei e logo voltei a encarar a paisagem.
Aquele estrume, que de alguma forma, assustou a minha Mariana, está dirigindo o carro e a todo momento o pego olhando para mim pelo espelho retrovisor, muito constrangida com a situação, ajeito o meu vestido e daí cruzei as minhas pernas, talvez ele tivesse olhando a minha calcinha, bastardo.
Mesmo tendo falado com o idiota ao meu lado, ele parece estar perdido em pensamentos e não me respondeu, então eu falei novamente:
—Como devo te chamar? Desconhecido é muito estranho-falei e deixei escapar um pequeno sorriso.
Acho que o medo está passando um pouco, sem ter uma arma apontada pra mim eu posso respirar aliviada, pelo menos por enquanto, meu destino é tão incerto e isso me apavora.
—Por enquanto você pode me chamar de senhor Smith, após o casamento você deve me chamar de amor-disse ele já chegando mais perto de mim.
O que ele falou me assusta de verdade, não só porque eu vou casar com um desconhecido, mas também porque ele faz parte da família Smith, o meu pai dizia que eles são podres e que banalizam a morte, de lá só sairei em um saco preto, que Deus me ajude.
Constatando a aproximação do senhor Smith, tentei me afastar um pouco, mas foi inútil, ele colou em mim e tenta me beijar, virei o meu rosto tentando fugir daquilo, foi o meu instinto de sobrevivência, nesse instante o vejo fechar os olhos e respirar fundo, era raiva de mim, então me apressei em virar o jogo:
—Desculpe por tentar fugir senhor, eu só não estava esperando, dê-me outra chance-falo praticamente sussurrando e daí me aproximo dele e beijo os seus lábios, o beijo foi calmo e me desarmou por inteira, eu gostei tanto que só pude fugir, encerrei o beijo e fitei a paisagem lá fora.
Nesse momento eu comecei a chorar em modo silencioso, eu não deveria ter beijado esse infeliz, ele está me tratando como uma mercadoria e por isso eu já o odeio, mas o meu corpo me trai, também pudera, esse homem é muito bonito, eu só preciso saber como faço pra não me apaixonar, ganhar a confiança dele e depois fugir com as minhas irmãs e a Nana.
Depois de um tempo, chegamos a um grande prédio, nunca estive aqui, mas já o vi na TV, é um dos hospitais mais renomados de todo a Itália, o tal senhor Smith mandou o outro cara descer do carro primeiro e nessa hora, ele sentou-se ainda mais perto de mim, acariciou o meu rosto, secando as minhas lágrimas, depois segurou na minha mão e disse:
—Pare de chorar, eu não vou te fazer mal, mas pra isso você precisa se comportar, ali dentro está a minha rainha, ela está morrendo e eu quero que ela tenha a alegria de me ver casar, com uma boa mulher, alguém que goste de mim e vá me fazer muito feliz, eu quero que você finja ser essa pessoa, coloque um sorriso no rosto e atue-disse ele e daí apertou levemente a minha bochecha como se eu fosse uma criança.
Sem saída, apenas balancei a cabeça positivamente, respirei fundo e daí saímos do carro e entramos no hospital como um verdadeiro casal apaixonado, ele segura na minha mão de um jeito que me faz querer continuar ali, a sua mão é tão macia e me dá a falsa impressão de que eu estou segura, é apenas uma ilusão.
Eu queria ter coragem de dizer: senhor Smith por favor não seja carinhoso comigo, porque assim eu me apaixono e eu não mereço amar um infeliz como você rsrs. Claro que eu não disse nada, mas vontade eu tenho.
Alguns minutos depois enfim chegamos a Ala VIP do hospital, tinha muitas pessoas em um dos quartos, ao fundo eu vi uma senhora, ela parece bem frágil e debilitada.
Os meus olhos percorrerem o ambiente, o quarto é bem grande, tem cerca de 9 pessoas, 6 seguranças e 3 mulheres.
—Rafa que bom que você chegou, mamãe perguntou por você-disse uma mulher de voz estranhamento familiar e logo abraçou o senhor Smith, eu estava logo atrás dele, com o tocar de seus corpos, os nossos olhares se encontraram e nisso veio a decepção.
É Suely, a pessoa de confiança do meu pai, é uma mentirosa, ela é uma Smith e dizia que não tinha família, ela é uma falsa.
—Você por aqui senhorita Mancini, não me diga que...
—É, eu fui convidada gentilmente pelo seu irmão, nós vamos nos casar-falei baixinho, mas mesmo assim a minha voz ainda pode ser ouvida com exatidão, tinha duas mulheres no canto esquerdo do quarto, elas me olham com nojo, analisando as minhas roupas, o meu corpo, tudo em mim chama a atenção delas, que maravilha, acabei de cair num ninho de cobras, o bom é que eu não tenho medo de cobras, pelo contrário, elas que devem ter medo de mim.
Suely me abraça e nessa hora eu quase posso ver fogo saindo pelas narinas das duas cobras que me olham com afinco, me afastei rapidamente enquanto esboçava um sorriso falso, dessas amizades o inferno está cheio.
—Venha conhecer a mamãe-disse o meu futuro marido e daí saiu me puxando levemente, ele sorriu para mim, mas o seu riso não parece verdadeiro e daí me lembrei de que eu preciso atuar, retribuo o sorriso e entrelacei o meu braço no dele.
Ele me colocou bem em frente a senhora, cujo nome ainda não sei, mas parece ser uma pessoa boa, ela sorriu levemente para mim e disse:
—Oi minha querida, eu me chamo Sandra, me chame de mãe se você quiser-disse ela daí acenou para que eu fosse até ela.
Solto a mão o senhor Smith, caminho até a cama e daí me sento no cantinho e aguardo pacientemente que dona Sandra falasse.
—Veja mamãe, essa é a futura senhora Smith, é linda né?-disse o meu futuro marido, enquanto ele falava ele esboçava um sorriso mais falso que uma nota de 3 dólares.
—Ela é muito bonita, e ela olha para você de um jeito diferente, você ama o meu filho?-perguntou dona Sandra quase me fazendo se engasgar com o ar que me mantém viva.
“Eita porra, essa parte eu não ensaiei”, pensei enquanto analisava as palavras de dona Sandra, ela agora me complicou.
Ouvindo aquelas palavras, os parentes daquela senhora ao meu lado, vieram para mais perto e me olhando com admiração, eu estou me sentindo num circo, pena que a palhaça sou eu.
Lembrando das ameaças daquele infeliz, forcei um sorriso e disse:
—Na verdade a gente ainda está se conhecendo, a senhora sabe que nem sempre o amor chega primeiro que o casamento, ele é uma consequência, vamos nos casar e usando o respeito e companheirismo vamos construir a nossa própria história, e nisso inclui o amor e a família-falei com uma voz carregada de receio.
Embora as minhas palavras pareçam reais, eu nem penso nisso, quero apenas que aquele infeliz não me bata e que respeite pelo menos a minha presença e assim vou vivendo, um dia após o outro , na esperança de um dia poder voltar para casa e esquecer esse pesadelo.
—Vem cá Rafael-disse a senhora.
Ah o nome dele Rafael, mas porque um demônio com um nome tão bonito? Quer saber, eu só quero saber o que eu estou fazendo aqui, só me falta a coragem para eu perguntar rsrs.
—Estou aqui mamãe-disse ele e logo pegou na mão de Sandra, esta no que lhe concerne, deu um largo sorriso, pegou a minha mão e uniu a de Rafael e disse:
—Eu gostei dessa moça gentil, seja para ela, o homem companheiro e amoroso que eu nunca tive, siga o meu legado e não se esqueça: a família vem sempre em primeiro lugar-disse Sandra já com os olhos cheios de lágrimas.
“Essa família é muito estranha, que Deus me proteja”, penso enquanto tento manter a calma.
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Atualizado até capítulo 89
Comments
Fatima Gonçalves
muito complicada
2024-09-08
0
Celia Chagas
Eita que situação complicada 🥴🥴
2024-07-18
2
Neca Moreira
Na maioria das suas histórias as mocinhas são bem frouxas,e já estou vendo q essa não será diferente,a última história q li A Ama do Filho do Mafioso mostrou uma personalidade diferente,q amei bem mais, mesmo assim não deixarei de ler essa,passo raiva mas não desisto 😁
2024-06-01
2