Após uma noite cheia de carinhos, conversas e muito prazer, Draco acorda um pouco mais cedo e, depois de preparar uma bandeja de café da manhã para Lilith, deixa-a em cima da cama e a acorda com vários beijinhos no rosto. Lilith começa a despertar e, ainda sonolenta, vai coçando os olhos e se espreguiçando.
— Hummm... bom dia!
— Bom dia, gatinha linda!
— Que horas são?
— São sete horas.
— Draco... — Ela faz biquinho.
— Eu sei... — ele dá um selinho nela — que você me pediu para que eu lhe acordasse às seis e meia da manhã. Porém, você estava tendo um sono tão gostoso que resolvi deixar para acordá-la meia horinha depois.
— Hum... é verdade. Fazia muito tempo que eu não sabia o que era dormir numa cama de verdade. — Lilith suspira, com a voz embargada.
— Já passou, gatinha. Você nunca mais vai precisar voltar para lá. Você está segura agora.
— Obrigada por tudo o que tem feito por mim. Você foi essencial na minha vida! Se não fosse por você, eu teria que suportar dezesseis anos naquele inferno, sem chance alguma. E sei que nem sequer conseguiria cumprir dez anos de pena.
— Muitos inimigos lá dentro?
— Sim. Lá dentro, eu comi o pão que o diabo amassou. Fui estuprada pelo diretor do presídio e pelos guardas. Era espancada, estuprada e torturada dia e noite, querendo que eu confessasse algo que não cometi. Na verdade, eles sabiam que eu era inocente porque eu sei que todos foram comprados para me fazer mal enquanto eu ainda estivesse viva. Eu não tinha amigas lá dentro até que conheci a Vanusa e a Pâmela. A Vanusa conheci assim que minha pena foi reduzida. A Pâmela foi quando eu estava lá há apenas 1 ano. Eu mudei meus pensamentos, aprendi como tudo funcionava lá dentro quando vi as presas matando a Pâmela a pauladas, após ela ter sido torturada pelo diretor e pelos guardas. Foi ali, naquele dia, que deixei Analú para trás e Lilith nasceu. E, desde então, ninguém mais se atreveu a me humilhar. Ganhei o respeito e o medo de todas as presas e matei dois guardas. Bati de frente com o diretor e, graças a mim, ele perdeu as bolas. Não pude matá-los ainda, mas o farei quando voltar para buscar a Vanusa. Eles vão saber que a mãe dos demônios está de volta.
Lilith fala com determinação e um tom de frieza na voz, uma mulher totalmente diferente da que Draco conheceu, mas que o enche de orgulho. Ele dá um sorriso de lado e segura na mão dela, dando um beijo.
— E eu estarei sempre ao seu lado, minha soberana. Pode contar comigo sempre!
Lilith sorri e beija Draco. Depois de fazerem suas rotinas e tomarem café, os dois saem de casa de mãos dadas e começam a caminhar pelo morro, chamando atenção por onde passam.
— É impressão minha ou todos estão nos olhando?
— Todos estão olhando para nós, de fato. Ainda não se acostumaram com o fato de o Az de Ouro ter uma primeira-dama.
— Hum... por onde vamos começar com minhas atividades como primeira-dama?
— Vamos começar conhecendo nossa comunidade! Vem, vou lhe mostrar cada cantinho do nosso reino.
Eles começam a caminhar pela comunidade e logo entram na parte mais carente. Conversam com a população, ouvem todas as demandas com atenção e discutem soluções para cada uma. Draco se afasta a fim de falar com alguns vapores para providenciarem o que os moradores mais precisam, enquanto Lilith ouve risadas num beco assim que ela passa.
— Olha a corna passando!
Lilith ignora o comentário e segue em frente até a casa de uma moradora que havia dito querer matricular o filho na creche, mas não encontrou vagas nem professores disponíveis. Nesse momento, Lilith sente que está sendo seguida e seu excelente reflexo a ajuda a impedir que alguém puxe seu cabelo. Ela imobiliza uma menina aparentando ter dezessete anos, enquanto as outras observam completamente assustadas.
— Me solta! Ficou maluca? Você está machucando meu braço.
— Machucando seu braço?! Tem noção de que posso fazer muito pior com essa cara horrorosa que você tem? O que quer? Fala logo.
— O que foi? Eu só estava passando com minhas amigas!
— "Passando com suas amigas"? Engraçado que vi claramente sua mão indo na direção do meu cabelo. Vai dizer que você não queria me derrubar no chão e juntas me dar uma "lição"? Olha, não sei por que vocês estão aqui, me chamando de corna e coisas assim. Ou melhor, sei sim... Mas é melhor não tentarem bater de frente comigo, porque vocês não fazem ideia de quem sou e do que sou capaz. Não tenho paciência para briguinhas bobas e principalmente não tenho tempo.
Lilith solta o braço da menina de uma vez só e segue andando.
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Atualizado até capítulo 68
Comments
Paty Lima
põe ordem nesse galinheiro
2024-10-17
1
Dora Silva
Põe pra f nessas vagabundas
2024-04-10
1
Ale
Qual a idade deles?
2023-09-15
3