Porto seguro

— Dona Cássia, a senhora sabe bem do carinho que eu tenho pela senhora. Sabe que eu a vejo como uma tia, e eu tenho muito respeito pela senhora. Admiro a mulher forte, a mulher guerreira que a senhora é, e eu agradeço muito por confiar nos meus valores. Agradeço por ter vindo conversar comigo, antes de tirar as própriss conclusões, baseadas em explicações dadas pela metade, de modo proposital. Dona Cássia, eu não sei como eu vou falar isso para a senhora, mas... eu não assumi esse bebê, porque eu posso não ser o pai dele. Eu tenho a possibilidade de ser o pai dele, porque eu de fato acabei ficando com a sua sobrinha, mas usamos preservativo. Estavamos sob o efeito do álcool, mas usamos sim preservativo. Porém, sabemos que nenhum método é 100% eficaz, e pode existir sim, a possibilidade dessa criança ser minha. Se ela for de fato minha, assumirei o meu papel de pai, tanto financeiramente, como na vida dela. Disso, a senhora poderá ter certeza! Se ele for meu filho, será tratado como tal, mesmo que eu não esteja com a sua sobrinha, porque eu assumirei apenas a minha responsabilidade como pai.

— Entendo, meu filho. Não precisa me agradecer não, pois esse é o certo a se fazer. Mas, se vocês usaram preservativo, estando sob efeito do álcool, você está querendo me dizer que ficaram uma única vez e que esse bebê pode ser de outra pessoa?!

Draco acena em afirmação com a cabeça, e Cássia passa a mão no rosto, começando a chorar.

— Natalícia, quem é o pai dessa criança?!

A senhora olha para a loira, que abaixa a cabeça, e a mulher entra numa crise nervosa, alisando o peito. O desespero de Natalícia faz com que Lilith desças as escadas, correndo até a senhora, que está passando mal. Lilith pega um pouco de água, e serve a mulher.

— Calma... a senhora precisa respirar fundo. Puxe o ar e solte. A senhora está tendo uma pequena crise de ansiedade, mas vai passar, tá? Continue puxando o ar, e soltando ele lentamente. Vai passar. — Lilith aperta a mão da senhora. — Vai passar, e eu vou estar aqui, até a crise passar. Ok?

A mulher respira, e fica assim por alguns minutos, até que a sua crise vai amenizando. Quandi a crise dela passa, ela olha para Lilith, dando um sorriso.

— Muito obrigada, minha querida! Há anos eu sofro com crises de ansiedade, e essa é a primeira vez que alguém permanece ao meu lado. Você foi essencial.

— Imagina! A senhora não tem nada que me agradecer. Eu sei bem como é passar por crises sozinha, e eu também nunca tive ninguém por mim. Fico muito feliz por poder ser o porto seguro de alguém em um momento tão delicado.

— Eu posso lhe dar um abraço?!

— Claro!

Lilith sorri, e Cássia a abraça. Lilith abraça a senhora com carinho. Na verdade, quem se sentiu segura, quem encontrou um abrigo naquele abraço, foi a Lilith. A moça fecha os olhos e sorri, durante o abraço apertado, aconchegante e demorado.

Assim que elas se soltam, Cássia olha para a sobrinha, que ainda está de cabeça baixa...

— Vamos para casa, Natalícia. Me perdoem por ter vindo aqui há essa hora, mas é que eu de verdade precisava saber o que de verdade estava acontecendo. Muito obrigada por tudo.

Lilith e Draco dão um sorriso, e após se despedirem de Cássia, Draco pede para que um vapor deixe as duas em casa.

Nesse momento, o olhar de Draco vai diretamente para as coxas de Lilith, e é nesse momento que a moça percebe que está usado apenas uma camisola vermelha de cetim, com uma renda delicada nos seios, onde um decote discreto dava destaque os seus seios fartos, e uma pequena fenda no lado direito dá um toque maior de sensualidade.

Lilith sente as suas bochechas queimarem pela timidez, mas a sua pele também queimar, pela intensidade dos olhares que ela recebe do homem, que está completamente hipnotizado pela beleza da moça. Ele a olha com devoção, e o olhar de Lilith percorre todo o corpo dele, até encarar a boca do rapaz, que umedece os lábios, deixando-os ainda mais convidativos.