capítulo 9: A festa parte 2

Vejo Leandro fugindo de fininho mas não posso impedir pois estou no meio de uma negociação importante para a minha empresa e não vou deixar um cliente importante para correr atrás de um marido ingrato e infiel como Leandro, ele pensa que eu não sei que ele está dormindo com a peituda siliconada que se diz fisioterapeuta dele ,mas eu sei é até tenho como provar, se Leandro acha que vai me enganar está muito enganado, eu não sou tão burra quando aparento ser inclusive tem uma cláusula sobre traição no contrato que Leandro não leu antes de assinar , talvez ele devesse se lembrar de não assinar nada antes de ler e agora ele vai ficar nas minhas mãos e ser um bom marido por bem ou por mal. Encerro o assunto e vou atrás do meu marido, ele conversa com Emerson já tem um tempo e pela cara do playboizinho ele já está para lá de Bagdá, azar do Leandro pois o Emerson já é um pé no saco bom então imagina bêbado.

_ Para onde está indo com tanta pressa amor? pergunto assim que estou bem perto e já ouvi um pouco da conversa dos dois e Leandro inventa uma desculpa que ir no banheiro, empurro a sua cadeira até lá e fico o esperando na porta , o meu celular toca notificando ter chegado mensagens e enquanto o procuro na bolsa algo totalmente inesperado acontece, estou distraida esperando por Leandro sentindo a fúria crescendo dentro de mim a cada palavra que leio quando ninguém mais ninguém menos que o Henrique sai do banheiro de cabeça baixa e esbarra em mim, as suas mãos imediatamente me seguram pela cintura e os nossos olhares se encontram e por um segundo sinto que o tempo parou, Henrique tem vinte e cinco anos, loiro de olhos azuis e um corpo atlético, ela foi a paixão da minha infância inteira e eu sempre sonhei em estar nos seus braços.Ele é irmão da minha melhor amiga Helena e nunca olhou para mim como eu sempre olhei para ele.

_ Desculpe minha querida! eu não quis machucar você. Diz sem tirar as mãos da minha cintura fina , como se elas tivessem grudadas ali.

_ Eu estou bem, não foi nada Henrique .

Ele solta a minha cintura e segura o meu queixo e por um instante achei que fosse me beijar. Estou vidrada no azul dos seus olhos e ele olhando em direção a minha boca prestes a perder a compostura quando ouço a voz do Leandro atrás de nós

_ Não ouse encostar na minha mulher!

Henrique me solta e me encara confuso

_ Analu você se casou?

_ sim. Digo seca e ele faz uma expressão de tristeza.

_ vamos Ana Luiza , está na hora de irmos para casa . Digo e saio empurrando a cadeira de rodas não acredito que ela estava prestes a me trair em um local público e cheio de fotógrafos , parece que por pouco o feitiço não virou contra o feiticeiro e o corno da história ia sendo eu.

Sigo o Leandro e saímos a procura do meu pai, não sei se é impressão minha ou se realmente ele ficou com ciúmes de mim, caso tenha sido isso é a primeira vez que Leandro não me trata com desprezo ou indiferença e isso me deixa animada e com vontade de dançar.

_ Espere ! eu não quero ir agora, antes quero dança e um pouco.

_ Não!

_ quem disse que estou lhe pedindo? estou apenas lhe comunicando, eu sou jovem e preciso me divertir um pouco com pessoas da minha idade e que estão na mesma vibe se é que me entende. Pego uma taça de champanhe e viro pegando outra em seguida então encaro Leandro vermelho de raiva, faz assim vai encontrar o teu caso que eu me viro por aqui. Aproveito que já estou sob o efeito do álcool e furiosa com as trocas de mensagens de Leandro e dou o meu showzinho também( ele o sabe mas eu clonei o watzap dele enquanto ele dormia) , eu sei que é errado mas eu precisava descobrir porque mesmo eu o provocando de todas as maneiras que a sua mãe me ensinou Leandro continua me rejeitando e agora eu sei que é porque ele é um marido infiel, não come em casa para fazer lanchinho na rua, a minha raiva só aumenta em lembrar disso e eu quero me vingar.