capítulo 16: Um encontro inesperado

vejo o carro de Leandro se afastando pelo retrovisor seguindo o caminho oposto ao nosso e por um lado eu me sinto mal, hoje é domingo e eu deveria passar o dia com ele como um casal normal , feliz e apaixonado ,porém vamos cada um para um lado como se fossemos dois completos estranhos e não um casal com um pouco mais de um mês de união. Porém não vou deixar isso me afetar, já jurei tantas vezes que não vou mais sofrer por Leandro que se o meu coração fosse menos cabeça de vento já teria entendido o recado. Porém o bichinho além de danado pois se apaixonou pela pessoa errada ainda é lerdo para entender que Leandro não me quer.

_ o que tanto passa nessa cabecinha linda? Helena me pergunta notando o quanto eu estou calada e pensativa.

_ Que eu deveria me divorciar. Digo sabendo que essas palavras vão fazer ela ficar louca de curiosidade para saber os motivos.

_ E porque quer se divorciar? o bonitão não dá para o gasto? é até pecado um homem daqueles lindo e todo musculoso, não funcionar.

_ Ele funciona querida, mas não comigo, Leandro não gosta de mim e não faz o menor esforço para gostar, pelo contrário ele adora deixar bem estampado na minha cara o quanto ele me odeia e como eu sou uma pessoa ruim.

Helena freia o carro bruscamente e ainda bem que passei o cinto de segurança ou teria batido com a cabeça no painel do carro.

_ calma Helena! você quer nos matar?pergunto realmente assustada.

_ Quem é uma pessoa ruim? repete porque eu não entendi.

_ Eu sou, eu fiz, coisas das quais não me orgulho e se pudesse voltaria no tempo para não fazer , mas Leandro ainda amarga as consequências das minhas ações e faz questão de jogar na minha cara isso.

_ Então trocaram a Ana Luiza que eu conhecia pela bruxa má da branca de neve, porque você minha amiga sempre foi incapaz de fazer mal a uma mosca.

Helena procura por uma vaga no estacionamento do shoppig e estaciona o carro em seguida caminhamos direto para as nossas lojas preferidas e enquanto escolhemos algumas peças eu lhe atualizo de tudo o que tem acontecido nos últimos meses e ela parece chocada.

_ Amiga se ele não te valoriza pula para outros braços , de preferência fortes e másculo , o Henrique está solteiro você sabe né? então adoraria que você fosse a minha mais nova cunhadinha.

_ infelizmente não é bem assim Helena, sabe que no coração não se manda tão facilmente então é melhor dar tempo ao tempo.

_ o que você está dizendo? eu não entendi, você sempre foi apaixonada por o meu irmão e agora que ele está solto na pista depois de um século você não vai aproveitar por causa de um cara tão estúpido que até já foi violento com você?

_ Não é bem assim Helena, Leandro não me violentou ele foi bruto e indelicado mas não chegou a ser uma agressão.

_ se você está dizendo amiga, porém esse tipo de homem não merece confiança e eu acho que você está errada em manter esse casamento, esse homem já deu todos os indícios que não te ama e não faz o menor esforço para te agradar.

Enquanto isso do outro lado da cidade

Leandro estacionou o seu carro e contou com a ajuda de um dos guardas locais para descer a cadeira de rodas, ele sempre frequentou o local antes do acidente e depois que se tornou cadeirante continuou a frequentar o lugar que lhe trazia paz, mesmo não podendo praticar as mesmas atividades de antes Leandro gostava de ver o movimento das pessoas, as crianças correndo e brincando,os adultos brincando com seus animais de estimação ou na compania das pessoas amadas, aquele lugar sem sombra de dúvidas lhe fazia bem, Leandro observou tudo concentrado então o seu olhar parou em um casal que caminhava tomando sorvete e empurrando um carrinho de bebê, o casal de namorados não o viu de cara e Leandro teve receio em se aproximar então a jovem loira o encarou por um segundo e abriu um sorriso doce , ela cutucou o rapaz e os dois caminharam levando o carrinho com o menino de aproximadamente dois anos que balançava as perninhas gordas impaciente para correr até ele, que apenas sorriu em expectativa do que estava por vir.