Capítulo 20
Alexander
Carreguei Layla em meus braços para dentro.
- Ela não estava se sentindo bem e desmaiou! - avisei a Nadia que ficou me olhando confusa.
- Precisa de algo, senhor? - perguntou ela nervosa.
- Não, ela está bem. Vou colocá-la para descansar!- avisei já subindo as escadas.
Ao entrar no quarto, fechei a porta com o pé e ouvi barulhos do Nick tomando banho e gargalhando, como sempre. Coloquei ela deitada na cama, ajeitei seus travesseiros e tirei seus tênis brancos dos pés.
O que eu faria? Como ela iria entender?
Eu a amava mais que tudo. E a queria minha vida e agora a tinha. Não poderia perder Layla. Deveria ter me livrado de tudo aquilo, deveria ter me livrado de Lion. O desgraçado ainda conseguia estragar minha vida, depois destes anos todos!
Troquei minha roupa e sentei ao lado da cama, na poltrona que tinha arrastado até ali. Ela logo acordaria, pois o sedativo era leve e durava cerca de trinta minutos.
Fiquei mexendo em meu celular e pensando o que deveria fazer. A verdade seria a única solução. Eu não podia mais mentir, Layla não merecia nada disso.
Trinta e três minutos depois, ela começou a se mover e gemeu ao se espreguiçar. Então abriu seus olhos e me viu.
- O que você fez? - ela perguntou de olhos arregalados e sentou na cama, se afastando para o lado oposto de onde eu estava.
- Layla - falei levantando e sentando na beira da cama - apenas me escute!
- Você é um louco! E ainda teve a capacidade de inventar para as suas funcionárias que era eu quem estava numa clínica psiquiátrica. Quando você que claramente deveria mesmo estar em uma!
- Não foi nada proposital! - falei e pensei que agora isso seria bem útil.
- Duvido muito! Esse sempre foi seu plano. Não foi? - ela perguntou com ódio.
- Algumas coisas sim, eu admito! Mas as proporções que tudo isso tomou, não!
- Que proporções? - ela perguntou e sua voz saiu alta.
- Por favor, fale baixo! - pedi - Nick está tomando banho, mas logo vai sair e não quero que nos ouça.
- Apenas... fale! - ela disse entre os dentes.
- Eu queria sim você para mim! Como disse, a amo desde o dia em que a vi pela primeira vez. Mas por mais que eu seja sim obcecado por você, houveram momentos em que pensei em te esquecer, em deixar que vivesse sua vida e eu a minha. Esse foi um dos motivos pelos quais me casei.
- Você se casou com ela, porque éramos parecidas Alexander! - ela disse baixo, porém num tom muito afiado.
- Sim, isso também é verdade! Como disse antes, você me atormentava dia e noite, sonhando ou acordado eu só pensava em você. Após seu casamento, pensei em deixá-la viver o amor que achei que existia, mas você desapareceu e fiquei intrigado. Eu já estava fazendo negociações com seu marido e quando descobri que ele a agredia tudo mudou. Eu fui até a casa de vocês um dia e espreitei, a casa estava toda fechada e com cortinas nas janelas. Não havia som algum, ali eu soube que você deveria estar sendo mantida presa. Nunca imaginei que ele a mantinha com fome e sede, muito menos sobre os estupros. Se eu soubesse, tinha invadido a casa naquele dia e a resgatado! Eu juro.
- Isso o tornaria menos maluco? - ela perguntou - Não, não tornaria! - Layla mesma respondeu.
- Pode ser que eu seja um maldito louco e perseguidor, mas ainda assim jamais faria o que Lion fez com você!
- Será mesmo? Por que quem é capaz de tentar matar outra pessoa, é capaz de qualquer coisa!
- Não, eu não tentei matá-lo! Foi tudo calculado.
- Quem foi me avisar e me resgatar?
- Foram policiais que eu subornei para isso!
- Foi você quem tirou tudo de mim? Me deixou na miséria?
- Não! Juro que não! Isso realmente foi culpa do idiota do Lion! Ele era desonesto e não pagava mesmo seus impostos.
- Tudo que contei a você - ela disse com a voz embargada - noite passada, não foi surpresa, você já sabia de tudo, sou mesmo uma tola!
Layla colocou as mãos no rosto e começou a chorar baixinho.
- A Deus, não! Tudo na noite passada foi real! - estiquei minha mão e toquei seu braço, mas ela o puxou para longe de mim - acabei de dizer que não sabia das coisas que ele fazia! Acredite, se eu soubesse...
- Aí então teria matado Lion? - ela perguntou retirando as mãos do rosto.
- Não, eu não seria capaz, mas teria agido mais rápido... não sei Layla, mas seu sofrimento é o meu!
- Quero ir embora! - ela disse de maneira firme.
- Isso... isso não...
Droga, o que eu deveria fazer?
- Liberte Lion! - ela murmurou.
- Está com pena daquele monstro? - perguntei incrédulo.
- Não, acho que ele mereceu cada um destes dias que passou lá. Eu o odeio, mas você não é um Deus e nem um juiz, para dar um veredito final sobre a vida dele!
- Layla, eu não farei estas duas coisas que quer! Farei todo o resto que quiser, o mundo estará aos seus pés. Mas não a deixarei partir e nem deixarei que Lion vá.
- Seu DESGRAÇADO! - Layla gritou e avançou para cima de mim, me dando tapas no rosto e pelo corpo.
- Se acalme! - pedi caindo de costas no colchão e Layla ficou por cima de mim, sentada e desferindo tapas. - por favor, Layla, vão nos ouvir!
- QUERO QUE OUÇAM! - ela disse e continuou a me estapear, então segurei suas mãos e olhei em seus olhos.
- Eu não vou jamais encostar um dedo em você, mas irei me defender se precisar! - falei baixo e levei uma de suas mãos até meus lábios e a beijei.
Layla me olhou por alguns segundos, a conexão do nosso olhar parecia carregada. Ela estava com o rosto avermelhado da fúria que a tinha dominado e seus olhos estavam marejados. Isso partiu meu coração.
- Não ouse me tratar como louca! - ela disse baixo e arregalou os olhos saindo de cima de mim e de cima da cama. - É isso, não é?
- Isso o que? - perguntei confuso.
- Por isso disse a suas funcionárias que sou maluca! Para que quando eu porventura acabasse descobrindo, elas não me ajudassem! Não chamassem a polícia! - Layla começou a andar de um lado para o outro e suspirou pesadamente.
Seu peito subia e descia e seu corpo inteiro começou a tremer.
- Não, não! - disse me aproximando dela, mas ela recuou - Juro que não, foi apenas a única ideia que tive para explicar sua ausência!
- Seu MENTIROSO! - ela gritou e me atacou novamente, batendo suas mãos fechadas no meu peito.
- Layla! Layla! - chamei segurando seus pulsos e a puxei contra o meu corpo - Eu juro! Juro que não é isso! - falei com firmeza.
- Está fazendo o mesmo que Lion! Vai me manter aqui trancada! Você é igual a ele! - ela disse baixo e voltou a chorar, tremendo violentamente em meus braços.
Merda, era exatamente isso que eu estava fazendo. A trancafiando e a fazendo sofrer como o idiota do Lion.
Então fiz o que pude naquele momento, a abracei com força e ela encostou sua testa no meu peito e chorou de tristeza e desespero. Meu coração se apertou e pareceu sangrar por dentro.
Como eu podia amá-la e a fazer sofrer desta forma?
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Atualizado até capítulo 63
Comments
Fernanda Rodrigues
sem palavras 🤭
2025-02-07
0
margarida Alves
É agora vamos ver como ele vai reagir
2024-05-24
1
Dilma Melachos
amor sem limites é a única coisa que vem na minha cabeça.
2024-05-01
2