capítulo 13

Capítulo 13

Layla

- Eu posso ter acrescentado você como herdeira dos meus bens. Disse que garantiria um bom fundo para você, caso algo acontecesse comigo! Como falei, quero que Nick tenha uma mãe. Quero que ele possa contar com você!

- Mas herdeira? Não acha um pouco demais? Poderia ter feito um fundo sim, ok! Mas cuidaria de Nick, sem que precisasse me colocar como sua herdeira, isso não é certo Alenxader! - falei nervosa e confusa, o que era tudo isso?

Seus olhos cintilaram com a luz do fogo da lareira e um breve sorriso surgiu em seus lábios.

- Meu nome em seus lábios, fica incrivelmente sexy... - ele disse e eu fiquei ainda mais nervosa, minhas mãos começaram a tremer e suar.

- Acho que bebemos demais, vamos descansar e amanhã conversamos mais sobre tudo isso... - fiquei de pé e ele também no mesmo instante.

Alexander segurou meu braço pelo cotovelo e a sensação de choque se passou por todo meu corpo, me causando arrepios em todos os lugares.

- Não bebemos demais, bebemos o suficiente, para sermos sinceros e dizer a  verdade! E sabe qual é a verdade? - ele perguntou baixo e rouco.

- Qual? - balbuciei quase gaguejando devido a nossa proximidade.

Ele abaixou seu rosto, o deixando ainda mais junto do meu.

- Que queremos um ao outro e que devemos experimentar, a vida é uma só! Por que não ousar e arriscar?

- Por... por... porque você é meu chefe e combinamos de sermos profissionais... - falei olhando em seus olhos, com o fogo refletindo, literalmente seus olhos estavam em chamas.

- Esse é um termo que talvez eu tenha removido - um sorriso se formou novamente em seus lábios.

- O QUE? - perguntei quase gritando e puxei meu braço - o que fez com o nosso contrato?

- Algumas alterações, meu advogado é muito bom no que faz!

- O que quer dizer com isso? O que fez? - perguntei novamente.

- Nada demais... só isso sobre a herança e sobre não termos nenhum tipo de relação física! - ele pareceu sério agora.

- Como pode? Confiei em você! - falei sentindo meus olhos arderem - Com licença!

Sai pisando firme e deixei meu copo ali. Ouvi os passos dele logo atrás de mim. Quando eu estava na metade da escada, ele me alcançou e segurou um dos meus braços.

- Me solte! - falei baixo, mas com um tom de voz que cortaria uma maçã, de tão afiado.

- Desculpe - Alexander disse e soltou meu braço - mas me escute! Tudo que fiz foi pensando em você e no Nick!

- Em mim e no Nick? Me poupe! - falei e cruzei meus braços, sentindo as lágrimas escorrerem. - Não podia alterar nada, nós sentamos e conversamos na sua sala, por mais de duas horas, você acrescentou e tirou coisas de que não conversamos!

- Tem toda a razão, sinto muito! - disse. - Mas eu tirei a cláusula sobre intimidade porque... senti que havia alguma atração entre nós, estou enganado?

- Você disse que eu não fazia seu tipo! - falei entre os dentes, lembrando do quanto aquilo havia me afetado.

- Eu diria qualquer coisa para manter você tranquila e para que aceitasse. Se tivesse me pedido um pônei voador, eu arranjaria um!

- Por que? Por que eu? - perguntei com a garganta ardendo do choro que eu me esforçava para engolir.

- Porque... já disse a você! - ele fez uma breve pausa e suspirou - quando a vi na agência de babás e comparei com a foto que eu tinha em casa, a foto que mostrava  a Nick todos os dias... eu quis você, tinha que ser você!

- Eu não sei, as coisas às vezes não parecem fazer sentido! - falei e limpei uma lágrima que insistiu em cair.

- Não chore, não queria fazer isso com você! - ele disse e deu mais um passo, ficando apenas um degrau abaixo do meu. Alexander limpou minha lágrima e deixou sua palma pousada em minha bochecha. Sua mão era grande e quente.

- Você quebrou a pouca confiança que existia entre nós! E isso, é a base de tudo!

- Me perdoe, sem mais mentiras, eu juro! Me desculpe - ele pediu e ficou no mesmo degrau que eu estava, seu corpo firme junto ao meu.

- Não sei... tenho sérios problemas de confiança e costumo sempre errar nas pessoas que escolho para... minha vida...

- Não sou um desses, juro que serei tudo o que quer, desde que possa ter você! - sua boca estava tão próxima que senti seu hálito quente beijar meu rosto.

- Possa... ter a mim? - perguntei engolindo em seco.

- Sei que é cedo, mas eu a quero! Quero mais que tudo que já quis e por favor, não negue, sei que me quer. Eu vejo isso em seus olhos!

- Não posso - murmurei - jurei a mim mesma, que não me relacionaria com mais ninguém... depois de...

- Seu ex marido? - ele disse baixo.

- Como sabe? - perguntei arregalando meus olhos.

- Pesquisei algumas coisas sobre você antes de a contratar, afinal você cuidaria do Nick - ele disse tão baixo quanto eu estava falando.

- Sim, por causa dele - admiti sentindo meu coração se apertar devido as lembranças que invadiram minha mente.

- Eu sinto muito, não faço ideia do que passou. Mas claramente não foi nada bom. Só peço que confie em mim, me dê uma chance! Sou um homem prático e você também me parece ser. Estamos morando juntos, assinou um contrato para ser mãe do meu filho. Vamos tentar ser uma verdadeira família!

- Ainda é muito cedo para isso, Alexander! - falei.

Ele pegou minha mão direita e tocou em seu peito, no lado esquerdo. Em cima do seu coração.

- Sente isso? - ele perguntou sem tirar os olhos dos meus - é assim que fico desde o primeiro dia em que a vi e sei que nunca senti isso por ninguém, o que sinto por você é diferente de tudo e de qualquer coisa, minha querida.

- Alexander... - falei e abaixei a cabeça.

- Não quero que me ame assim imediatamente, sei que é cedo para nós sentirmos tal coisa. Mas vamos ao menos dar uma chance a isso, a nós! - sua mão pousou em meu queixo e ergueu meu olhar para o seu novamente - O que me diz? - sua voz saiu rouca e ao mesmo tempo suave, convidativa.

- Acho que... precisamos pensar a respeito, mas... mas...

Não consegui terminar de falar, ele havia visto o que eu queria, havia atração entre nós, eu não podia negar.

Seus lábios tomaram os meus num beijo profundo e apaixonado. Suas mãos seguravam minha nuca e minha cintura e eu pousei minhas mãos em seu peito largo e firme, carregado de calor.

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