capítulo 3

Capítulo 3

Layla

- Sobre ser a mãe/ babá do seu filho, tudo certo! Irei aceitar de bom grado. Agora sobre ser sua esposa, quero que acrescente no documento uma cláusula destacando o fato de que não teremos nenhum envolvimento romântico. E depois do que ouvi agora, quero que acrescente outra cláusula, se comprometendo a ser gentil comigo, prometendo que não irá de forma alguma me insultar, sobre nada!

- Feito! - ele disse sem pensar um segundo sequer.

- E quero que coloque também o valor a ser pago. Meu salário é de cinco mil que com os descontos da agência viram quatro e mais o bônus de seis mil, que fechará os dez mil que falamos ontem!

- Ok! Mas não haverá nenhum desconto da agência, terá que se desligar dela, para que as coisas funcionem! Nosso contrato será de anos a fio! Não precisa da segurança da agência!

- Não havia pensado nisso! - falei sacudindo a cabeça devagar, me sentia tonta, toda a vez que conversávamos era uma coisa diferente.

- Não há como fazer de outra forma. Farei assim que possível um novo contrato para que você leia, sobre como as coisas devem prosseguir caso algo aconteça comigo! Espero sinceramente que tudo corra como o planejado mesmo na minha ausência! E quero que a senhora se mude hoje à noite para a minha casa!

- Somente depois que assinarmos os contratos! - disse decidida, embora sentisse meu estomago se revirar com tantos pensamentos me atingindo. Eu só podia estar maluca de aceitar uma coisa dessas!

- Faremos isso imediatamente. Meu advogado já nos espera na sala de reuniões! - Alexander ficou de pé e se encaminhou para a porta.

Alexander pediu que seu advogado redigisse as coisas que exigi e então assinamos os contratos. De imediato, ele disse que eu usasse seu motorista, que estaria à minha espera no saguão de entrada e fosse arrumar minhas coisas.

Assim que cheguei em minha casa, sentia meu coração disparado no peito, as mãos estavam suadas e uma leve tontura me abatia. Eu provavelmente estava começando a ter uma crise de ansiedade.

- Que susto Luana! - falei ao entrar pela porta e ver minha amiga sentada no meu sofá atracada no meu sorvete com os pés em cima da minha mesa de centro. - O que faz aqui? - perguntei e fechei a porta.

- Nossa, é assim que me recebe? Achei que tinha me dado a chave daqui para que eu pudesse vir quando quiser! - falou ela me olhando com carinha de cachorro pidão e enfiou uma colherada de sorvete derretido na boca.

- Sim, pode vir quando quiser! - disse me aproximando e beijei seu rosto - só fiquei assustada!

- Ok, perdoo você! - ela disse brincando e roubei um pouco do meu sorvete com meu dedo indicador. - Onde você estava? Como foi aquela entrevista de ontem? Teve outra hoje?

- A entrevista de ontem foi... - fiz uma pausa pensando no que deveria dizer - ótima! Arranjei o emprego!

- Ah meu Deus! E por que não me contou ontem? - ela disse parecendo feliz por mim.

- Só assinei os papéis agora e vim fazer as malas! - me sentei ao seu lado e logo me dei por conta que havia falado demais.

- Malas? - Luana perguntou se virando para me olhar - que história é essa amiga?

- Aí... - falei fechando os olhos - vou ter que morar na casa do meu chefe, vou cuidar do filho dele como se fosse... meu.

- Ah, isso é legal! Vai economizar em comida e água durante a semana! E como vão funcionar as folgas?

- É... bom... por enquanto as folgas serão bem esporádicas, nos dias que surgir ... bom... - meu coração parecia que ia explodir no peito de tão rápido que batia.

- O que você tem? Parece prestes a vomitar ou desmaiar? Ou os dois... - ela falou acariciando meu ombro.

- Acho que cometi uma loucura! - falei cutucando minhas unhas e olhando para baixo.

- O que houve? Me conte! - Luana disse com a voz suave.

Contei tudo a ela, desde o começo. Luana me ouviu atentamente e não esboçou nenhuma cara de julgamento, o que me fez conseguir terminar de falar sem medo.

- Acha que estou cometendo um grande erro? - perguntei a olhando.

- Bom, dez mil... isso é muita grana! Você pode juntar todo o dinheiro praticamente se ele vai sustentar você! Isso é perfeito! Eu no seu lugar, não pensaria duas vezes! Ainda mais se ele é esse gato aqui! - Luana disse pegando seu celular e virando para mim. Ela estava no site da empresa dele com a foto estampada do Alexander.

- Não vai rolar nada, pedi que ele colocasse uma cláusula que não teríamos nenhum tipo de envolvimento físico, seria tudo muito profissional!

- Você é tão sem graça amiga! Eu se fosse você tinha ficado quieta e na primeira oportunidade, pularia na cama com ele, daria um bom chá para o homem nunca mais esquecer e fisgaria o coração do senhor Grandman! - ela disse o sobrenome dele com uma voz sensual e brincou com as sobrancelhas.

- Sabe que depois do que eu passei... não quero outro homem na minha vida! - falei séria.

- Sim, eu sei! Mas não quer dizer que não pode transar e ser feliz! Amiga, relaxa e goza! - ela disse e deu uma gargalhada - olha esse homem é uma perdição, se você não transar com ele, eu vou!

- Fique à vontade! - falei ficando de pé.

- Você é uma chata! - Luana ficou de pé e pegou meu braço e foi comigo até o quarto - vamos arrumar suas coisas para que fique presa na masmorra desse homem tirano e cruel!

- Pare de bobagens amiga! Ele só é um pai querendo o melhor para o filho!

- Não lhe passou pela cabeça ele ser algum louco pervertido que vai trancafiar você e a usar das formas mais sórdidas possíveis? - ela perguntou com um tom de brincadeira - eu não iria reclamar, adoraria ficar presa com o senhor Grandman numa cama!

- Dizer esse tipo de coisa, não ajuda em nada na minha ansiedade! Obrigada de nada! - falei brava.

- Desculpe! - ela falou com aquela cara de cão sem dono que Luana sabia fazer muito bem.

Minha amiga me ajudou a fazer as malas e encaixotar coisas que achei necessária e no fim do dia mandei uma mensagem para o motorista vir me buscar.

Diferente do carro sedan que tinha me trazido de volta para meu apartamento, agora uma caminhonete preta quatro por quatro, estacionou na minha frente, onde eu esperava com duas malas e três caixas. Luana estava comigo de braço dado.

- Se precisar de qualquer coisa me ligue ou mande uma mensagem! Vou correndo até você, sozinha ou com a polícia! - ela disse no meu ouvido e depois beijou minha bochecha.

O motorista desceu e me ajudou a colocar as coisas todas no porta malas gigantesco. Deu um abraço super apertado em minha amiga e ela abriu a porta de trás da caminhonete para que eu entrasse.

- Se cuide! Eu te amo! - ela disse ao fechar a porta.

- Também te amo! - murmurei.

O trajeto até a casa durou meia hora. Era num condomínio fechado, que eu nunca tinha ouvido falar. Cheio de mansões e alguns parquinhos super modernos para as crianças.

A caminhonete parou em frente uma casa que ocupava uma quadra inteira, os muros eram de tamanho normal o que me acalmou, o portão se abriu para que entrássemos. Já era noite agora e a casa estava toda iluminada, cheia de janelas quadradinhas na andar de baixo e no de cima, parecia uma casa de filme. Meus olhos brilharam com a beleza e leveza que ela trazia.

- Venha senhora Grandman! - o motorista disse ao abrir a porta e meu coração voltou a bater acelerado.

Eu precisava me acostumar com isso. Todos me chamariam assim agora.

A porta da frente se abriu e lá estava ele, Alexander Grandman, com um menino em seus braços. Seu rosto estava sério, seus cabelos desgrenhados e ele estava usando apenas uma camiseta branca aberta no colarinho, uma calça folgada e pés descalços no chão. Seus olhos verdes cintilavam na luz amarelada que estava os iluminando.

xxxx

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Façam suas apostas?

Tudo que reluz é ouro?

Como é mesmo aquele ditado... Quando a esmola demais o santo desconfia?

Estão preparadas para entrar comigo nessa loucura meninas???

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Comments

Leidiane Lopes

Leidiane Lopes

Se bora a mais uma locura, já que tá dentro deixa 🤣🤣🤣🤣

2025-04-08

0

Isabel Esteves Lima

Isabel Esteves Lima

Agora vc me deixou ansiosa com esse ditado. 😲🤨🤔🤔🤔🤔

2025-03-09

0

Joilma Figueiredo

Joilma Figueiredo

Tipo entrando em um relacionamento sem saber o que vai acontecer.
Será que embaixo desse angu tem caroço? Façam suas apostas.

2024-09-05

1

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