capítulo 12

Capítulo 12

Layla

Não, ele não me beijou novamente.

- Vamos para casa? - Alexander perguntou pegando minha mão e ficou de pé.

- Sim, vamos! - falei ao sair do transe que era mergulhar em seu olhar.

Ele pegou uma garrafa de champanhe de cima da mesa e começou a caminhar.

- O que está fazendo? - perguntei sorrindo e olhando sua mão com a garrafa.

- Levando embora um champanhe! - ele respondeu como se não fosse nada.

- Vai roubar uma garrafa de champanhe do restaurante? - perguntei baixo enquanto descíamos as escadas do segundo para o primeiro piso.

- Não é roubar, quando é seu! - respondeu.

- Verdade, vocês alugaram tudo aqui, não é... - concordei me lembrando do que ele disse quando chegamos.

- Não... bom, não alugamos. Esse lugar aqui é meu!

- Ah... - fiquei surpresa. Mas por que? Alexander era claramente um homem bem rico.

- Meu motorista vai nos levar! Está à nossa espera!

- Você nunca dirige quando bebe? - perguntei.

- Não!

Antes de sairmos, Alexander se despediu de algumas pessoas, que deduzi serem seus funcionários. Assim que chegamos na porta, ali estava um carro nos esperando. Seu motorista abriu a porta para mim e Alexander deu a volta e sentamos juntos no banco de trás.

- Esqueci de pegar taças! - ele murmurou olhando a garrafa e fez uma careta.

- Podemos beber quando chegarmos! - falei.

- Ou - ele sorriu e me olhou - podemos beber na garrafa, o que acha?

- Você? Bebendo numa garrafa? - perguntei incrédula.

- Sim! - ele disse e no instante seguinte sua boca estava presa ao bico, dando um grande gole no champanhe.

- Ah, meu Deus! - falei achando engraçado.

Esse homem parecia... perfeito? Muito educado e não era todo pomposo cheio de manias e regras de etiqueta. Era gentil e atencioso.

- Vamos lá, beba! - ele falou estendendo a garrafa na minha direção.

Fiz o mesmo que ele e bebi direto do gargalo. Quando abaixei a garrafa, senti uma gota do champanhe escorrer pelo meu queixo. Imediatamente os dedos quentes de Alexander tocaram e limparam aquela gota. Ele colocou os dedos em sua boca, deixando tudo muito... sensual?

Que homem era esse? Suspirei para manter a calma e entreguei a garrafa a ele.

- Me conte mais o que falaram em russo? - perguntei porque precisava me distrair, o clima pareceu ficar tenso de repente e tinha o motorista conosco, eu não poderia me dar ao luxo de me jogar em cima do Alexander e o devorar como uma louca.

Ele fixou seu olhar em mim, por alguns segundos como se lesse minha mente e começou a falar.

O caminho para casa foi tranquilo, apenas falamos sempre ele e seu trabalho. Quando chegamos estávamos dando os últimos goles no champanhe.

- Acabou! - falei sacudindo o vidro para mostrar que não tinha nada.

A casa estava silenciosa e tudo escuro. Ele acendeu apenas a luz fraca do hall de entrada da sala e deixamos nossos sapatos ali.

- Gostaria de beber algo mais? - perguntou.

- Na verdade... eu não sei! A babá dormiu aqui?

- Sim, elas quase sempre ficam aqui, eu as dispensarei nos dias em que nós dois ficarmos em casa! Sabe, quero que Nick sinta que somos uma família de verdade! - ele disse baixo e com um pouco de pesar - todos precisam de uma mãe!

- Sim! Todos! - falei pensando que nunca perguntei sobre os pais dele, mas também mal faziam dois dias que tudo tinha acontecido. Dois dias? Já parecia uma eternidade - Vamos beber um pouco mais então!

Ainda segurando minha mão, Alexander me levou até a sala de jantar, onde tinha um aparador com todos os tipos de bebidas expostas e abriu uma portinha debaixo do aparador, que parecia madeira, mas era a porta de um pequeno frigobar.

Ricos e suas peculiaridades.

- O que gostaria de tomar?

- Não sei, o que você me indica? - perguntei nervosa, o que pessoas como ele bebiam?

Alexander ficou me olhando e sorriu, depois pegou algo do frigobar e uma garrafa de cima do aparador, ao lado tinha uma linda cristaleira do chão ao teto, lotada de taças e copos variados.

Ele serviu dois itens numa taça e colocou pedrinhas de gelo que tinha num baldinho de prata que Alexander havia pego. Para ele, serviu o que me pareceu whisky.

Eu bebi a taça que ele me alcançou e senti sabores variados, cítrico e amargo no começo e um leve docinho de morango e alguma outra coisa.

- O que é? - perguntei enquanto ele ficava me olhando como se me avaliasse.

- É gin com um elixir de morango misturado com coco!

- É uma delícia! Você é bom nisso! - falei e sorri.

- Às vezes, o bartender que habita em mim, aparece! - Eu devo ter sido bartender em outra vida!

- Acredita em outras vidas? - perguntei.

- Não, e você?

- Não! - respondi e nós dois rimos.

As bebidas devem estar fazendo efeito. Alexander me convidou para ir até o gramado, pela porta dos fundos e nos sentamos numa pequena área amadeirada que tinha cadeiras e uma lareira ali.

Com apenas um clique na lateral, ele acendeu o fogo da lareira e iluminou boa parte do gramado.

- Como fez isso? - perguntei surpresa.

- É por indução na parte de baixo, forma uma pequena faísca e as madeiras são sempre trocadas e frescas. Eu costumo vir muito aqui para pensar, então meus funcionários deixam sempre tudo pronto. Se a madeira e o carvão estiverem molhados, ela pode acender, mas logo se apaga.

- Sua casa é maravilhosa e muito moderna! - falei bebendo mais daquela bebida deliciosa.

- É nossa agora! - ele disse e fitou o copo em suas mãos.

- Temos um contrato sobre o Nick e fingir ser sua esposa, não sobre a casa e seus bens... - disse baixo.

- E se eu disser que acrescentei algumas coisas no contrato? - ele perguntou ainda olhando o copo em suas mãos.

- Como assim? - perguntei arregalando os olhos.

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Peço desculpas, o capítulo anterior foi igual ao capitulo passado, mas já corrigi.

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