Capítulo 6
Layla
Jantei com Alexander e Nick, por volta de oito horas da noite e graças a Deus, ele ficou no seu celular o tempo inteiro mandando mensagens para alguém, talvez a mulher que ele se relacionava, afinal ele tinha mencionado algo sobre affairs.
Quando acabamos o jantar, fiquei de pé imediatamente assim que uma senhora chegou para juntar as coisas e fui ajudá-la.
- O que está fazendo, querida? - ele perguntou tocando a mão que eu tinha acabado de segurar um prato.
- Ah... - então me dei por conta que agora eu era a senhora da casa e deveria me comportar como tal - desculpe, é que na clínica, nós juntávamos as louças após comer! - falei.
- Tudo bem, que tal colocar o Nick para dormir? Acha que consegue? Olivia e Susana já foram embora! - ele disse e senti o olhar da sua funcionária sobre nós.
- Sim, acho que consigo! - falei tentando controlar minha raiva. Odiava ter que parecer uma maluca, de novo. - Vamos tomar banho e depois ouvir uma história Nick?
- História! - ele disse sorrindo e estendeu os bracinhos para mim.
Peguei o menino nos meus braços e subimos a escada, entrei em três quartos diferentes, até achar o de Nick. Coloquei ele no chão perto dos brinquedos e depois fui preparar o banho.
A banheira do quarto dele era bem grande e revestida de um mármore branco muito bonito, porém ela não era muito alta, devia ter sido feita pensando nele. Liguei as torneiras, para encher depois voltei para onde ele corria e brincava com um boneco do super homem.
- Vamos querido! - falei pegando sua mãozinha.
Ele relutou um pouco, mas veio comigo e me deixou tirar sua roupinha fofa e suas sandálias. Deixei ele cheiroso e perfumado e então o vesti com um pijama que achei em sua cômoda e o coloquei na sua cama cheia de bichos de pelúcia. Nick estava um pouco quieto e desconfiado, o que era normal, porém parecia uma criança bem calma.
Desliguei as luzes e me deixei com ele em sua cama junto dele. Liguei a lanterna do meu celular e fiz animais no teto com minhas mãos. Nick sorriu e se aconchegou em meus braços, poucos minutos depois ele adormeceu, com seu corpo junto do meu.
Esperei alguns minutos, acariciando seus cabelos, que ficaram suados, o que também era normal nas crianças quando dormem. Assim que tive certeza que ele estava dormindo profundamente, saí de sua cama e beijei sua testa. Nick era uma criança linda e parecia gentil, porém claramente carente e talvez até um pouco solitário. Mas eu iria ajudá-lo a se soltar e a se sentir amado.
Assim que saí do seu quarto, suspirei.
Agora era uma nova etapa, ir até o quarto. Quarto do Alexander. Nosso quarto.
Eu consigo!
Eu consigo!
Afirmei a mim mesma, como a psicóloga havia me ensinado há algum tempo atrás. Caminhei firmemente até ali e entrei.
Alexander estava deitado na cama, apenas de bermuda e sem camisa. Expondo seus músculos e sua pele bronzeada que cintilava contrastando seus lindos olhos verdes. A luz estava baixa, deixando o quarto amadeirado ainda mais escuro do que um local com cores claras.
- Como foi com o Nick? - ele disse largando o celular na mesa de cabeceira.
- Foi muito bem até! Ele é muito bem comportado! - falei tirando o meu relógio do pulso.
- Que bom, fico contente. Nick é uma criança bem tranquila. Deve ter notado! - ele disse sentando na cama.
- Sim, eu notei! Fui até as minhas malas ao lado da parede e notei que estavam vazias - onde estão minhas coisas?
- Minhas funcionárias arrumaram enquanto nós jantamos!
- Ah... obrigada! - falei e quando me virei dei de cara com ele de pé e a no máximo um metro de mim.
- Dei folga para Olivia e Susana! Para que você e Nick estreitem os laços, espero que não se importe! - ele disse me avaliando.
- Claro que não, é meu trabalho! E como você disse, será bom para que nós possamos nos conhecer melhor! - falei indo até onde ele tinha me dito que era o closet.
- Sim, saiam amanhã e conheçam o condomínio! Aposto que vão gostar! - sua voz estava logo atrás de mim e ele parecia seguir meus passos.
- Sim, faremos isso! Poderia me dar licença para que eu me trocasse? - pedi começando a ficar irritada.
- Claro! - Alexander saiu e fechou a porta do closet.
Me encostei numa prateleira do armário e olhei o teto por vários segundos. Eu conseguiria, já tinha passado tantas coisas piores.
O que poderia ser pior que um marido como Lion?
Nada! Com toda certeza, nada seria pior que Lion!
Afastando aqueles pensamentos, coloquei minha camisola verde escuro de alcinhas e me olhei no espelho.
Estava muito sexy, para dormir com um homem que eu conhecia a um dia. Mas o que eu poderia fazer? Só tinha esta e dormia sozinha em casa. Ou era isso, ou usar uma roupa normal para dormir.
E o desgraçado estava só de bermuda, quase nu. Eu ainda estava de calcinha e camisola. A cama era grande e tinha espaço para nós dois.
Saí dali agradecendo a luz fraca e praticamente corri para o outro lado da cama e me enfiei debaixo do edredom azul royal.
- Adorei a camisola! - Alexander falou sem tirar os olhos do celular.
- Não faça isso, por favor! Já está sendo difícil demais toda essa proximidade com um estranho, depois de tudo que eu... - parei assim que percebi o que eu estava fazendo.
- O que ia dizer? - ele perguntou e ouvi quando ele se remexeu na cama, eu não podia ver ele, pois estava de costas para Alexander e coberta até o pescoço.
- Nada, boa noite! - falei respirando fundo e me arrependi de não ter tomado um calmante.
Alexander ficou mais algum tempo no celular e depois apagou a luz do abajur e adormeceu. Fiquei horas me revirando na cama até que acabasse apagando devido ao cansaço.
Acordei suando e tremendo após um pesadelo, levantei um pouco desnorteada com o lugar estranho e escuro em que eu estava pisando. Fui até minha bolsa, peguei meu calmante e o coloquei debaixo da língua.
Quando me virei, esbarrei em algo duro e forte. Era Lion... Não, era Alexander.
- O que houve? Por que está tremendo? - ele perguntou baixo.
- Não é nada! - falei dando a volta pelo seu lado e acabei tropeçando nos meus tênis que estavam ali.
Alexander foi rápido e me segurou, me mantendo firme em seus braços antes que eu caísse no chão.
- Se não é nada, por que tomou um calmante? - ele perguntou com suas mãos em minha cintura e seu rosto próximo ao meu.
- Tive um pesadelo! - falei fraca com o cheiro do seu perfume me inebriando.
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Atualizado até capítulo 63
Comments
Joilma Figueiredo
Eu não me importaria de dá uns pegas nele. A tentação fica batendo na porta.
2024-09-05
0
Joilma Figueiredo
Ele é um atentado, veio sob encomenda.
2024-09-05
0
Dilma Melachos
só está faltando o pensamento dele, para interagir com a história.
2024-05-01
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