capítulo 16

Capítulo 16

Layla

Chorei praticamente até adormecer nos braços de Alexander. Ele me acalmou passando suas mãos nas minhas costas, subindo e descendo. Às vezes acariciava meus cabelos e murmurava no meu ouvido.

- Aqui é um lugar seguro, pode chorar! - ele disse várias vezes, quando o choro me fazia estremecer em seus braços.

Aquilo me deixava ainda mais emotiva, porque eu nunca tive no colo de quem chorar.

Em algum momento eu dormi, com meu corpo aconchegado no de Alexander. Na manhã seguinte, quando acordei, tinha apenas um bilhete dele, dizendo que a noite tinha sido perfeita e que ele estava ansioso por mais momentos como o que tivemos. E também avisou que precisou sair cedo para o trabalho.

Meu coração deu um salto no peito de alegria, por ele não ter se acovardado com uma mulher frágil e chorona em sua cama, na primeira vez em que transamos.

Tomei um longo banho e me vesti com uma calça jeans e uma camiseta verde escura, com um tênis branco nos pés. Tomei meu café, enquanto conversava com a Nadia e logo Susana desceu com Nick para o café da manhã.

Para minha surpresa, ele se jogou em meus braços e me chamou de Lyla novamente.

Fiz a babá se sentar tomar café da manhã conosco e até mesmo Nadia, sentou-se e tomou uma xícara do café recém passado.

Nick jogou algumas frutinhas no chão e gargalhou, mas comeu todo o resto e depois bebeu um suquinho de mamão batido a mão que Nadia tinha preparado.

Conversei com Susana sobre acharmos alguma professora especializada numa criança da idade dele, para o estimular e avisei a ela que conversaria com o Alexander sobre o Nick entrar para uma escola, para que pudesse ter convivência com outras crianças e para que pudesse aprender coisas novas.

Ao longo do dia, nós brincamos com o Nick no gramado, ele almoçou conosco na mesa e tirou sua soneca da tarde. Enquanto eu e Susana fizemos pesquisas e ligamos para alguns lugares, claro eu iria conversar tudo com Alexander quando ele chegasse.

Nick acordou passando as quatro horas da tarde, Susana buscou o carrinho, diferente do que eu tinha pego outro dia, esse parecia um fusquinha e o menino adorou, deu risadinhas e entrou sozinho, eu prendi seu cinto e beijei sua bochecha, ele adorou e quis retribuir meu beijo, o que fez meu coração se aquecer bastante. Passeamos com ele pelo condomínio, o levamos no parquinho e hoje tinha uma outra criança, mais ou menos da sua idade, mas eles não quiseram brincar juntos.

Quando o sol já estava quase se pondo, retornamos e pedi que Susana subisse com Nick, enquanto eu iria levar o carrinho na garagem para guardá-lo.

Precisei acender as luzes, pois já tinha escurecido. Aparentemente Alexander ainda não tinha chegado.

Fui até o fundo da garagem e coloquei o carrinho fusca no local onde ele estava ontem e me retirei, passando por uma vaga vazia, que deveria ser a vaga do carro que Alexander havia ido trabalhar. Acabei tropeçando num desnível do chão e me obriguei a olhar para ver o que era.

Me pareceu uma porta, no chão? Me agachei para fechá-la mas não consegui, então a puxei e larguei com força, mas ela não ainda não tinha fechado. Então abri para olhar se tinha algo atrapalhando ou emperrando a porta e vi uma luz acesa.

Eu não deveria, mas minha curiosidade falou mais alto. A escada que levava até lá embaixo, era escura, mas a luz parecia iluminar todo aquele cômodo subterrâneo.