O quarteto explosivo

Dois dias se passam desde o atentado ao baile, Cabuloso já conseguia se sentar, Manuella estava acompanhando a reforma do posto que estava bem avançado, a todo momento pessoas passavam perguntando quando poderiam estar marcando consulta.

Ela se deu conta o quando a comunidade ali era carente e mais tinha vontade de começar logo, porém a todo momento passavam carros filmados e motos com motoqueiros usando capacete todo escuro, como ela não conhecia ficava apreensiva.

Mas Ruivo havia ligado para Verdade que conhecia muita gente confiável que estaria disposta abrir uma verdadeira guerra se fosse necessário, para proteger seu aliados.

Na casa Ana Júlia revirava os cadernos, pegou seu computador, refazia as contas mas não batia, Ruivo chegava e todos os dias cobrava respostas, ao ponto de irritá-la.

Ruivo: E aí, quanto tem de faltando nisso? Quem deve ou roubou preciso saber.

Ana Júlia: Como vou saber? Estou a dois dias olhando esses cadernos, não entendo isso? Você só sabe me cobrar essa porcaria, não entendo essas siglas.

Ruivo: E porque não pergunta car@lho?

Ana Júlia: Quer saber vai se fuder cara, essa merd@ toda aqui é problema seu e não meu.

Ruivo fica irado e puxa sua arma apontando para Júlia que puxa a dela também, os dois ficam se encarando, quando Manuella chega tentando amenizar a situação.

Ana Júlia: Anda, atira, quero ver

Ruivo: Dona, não me desafia que meto uma bala na sua cabeça.

Manuella: Hei, que está acontecendo aqui?

Ruivo: Não se mete não, aqui é papo reto.

Manuella: Se você atirar nela eu te mato. Anda que está acontecendo, abaixem essas armas, agora anda logo.

Logo Cabuloso entra na sala, vê o tumulto a começa a colocar ordem, ordena que Ruivo baixe a arma, logo Ana Júlia faz o mesmo e eles ficam se encarando.

Cabuloso: Car@lho, Manuella, ao invés de amenizar, vem puxar, colocar mais lenha na fogueira pô. Anda qual o BO?

Ana Júlia: O Problema é desde aquele baile estou olhando esses cadernos que Ruivo me entregou, mas não consigo entender nada, ele só sabe me cobrar e me ofender.

Manuella: Acho que já ficamos tempos demais aqui, vamos voltar para nossa casa.

Cabuloso: Não, tá loka, cheio de traíra, aí vai fazer o que lá?

Ruivo: Verdade disse que deve chegar em uma semana, vamos reunir o grupo, já tem alguns homens enviado pelos parceiros da Colômbia.

Manuella: Aí Graças a Deus, não aguento mais ficar nessa casa, preciso da minha liberdade, minha privacidade, gente credo, poxa estou parecendo uma lagartixa de tão branca.

Cabuloso: Se a dona quiser pode usar a piscina a vontade.

Manuella: Entendido.

Cabuloso: Eu te devo a minha vida.

Manuella: Não deve não, eu estudei para isso, não fiz mais que minha obrigação. Em falar nisso já poderemos iniciar os atendimentos na próxima semana, como Ana Júlia vai estar te ajudando preciso de alguém para me auxiliar.

Cabuloso: Fecho eu vejo se tem alguém.

Então Manuella e Ana Júlia saem indo para o quarto e começam a reclamar, uma com a outra, sobre os dois.

Manuella: Só me falta esse babaca querer colocar umas das put@s dele no meu trabalho.

Ana Júlia: Não esqueça que o babaca é dono do local, amiga.

Manuella: Olha quem fala estava agora pouco apontando uma arma para um deles, estava louca é?

Ana Júlia: Aquele infeliz me aponta uma arma na cara e eu vou ficar quieta vou nada.

Manuella: São dois folgados, isso sim, mas já sei como deixar eles bem mansinho.

Ana Júlia: Estava demorando viu.

Na sala, Cabuloso e Ruivo conversam sobre tudo que ele havia descoberto, o deixando muito preocupado e desconfiado.

Cabuloso: Car@lho mano é muita grana, parceiro, onde tá esse bagulho véio?

Ruivo: Cara o Chileno estava revirando o barraco do Caveira.

Cabuloso: Caveira não seria tão burro.

Ruivo: Sabe que Tito tentou te matar mano, a Dona lá que não deixou.

Cabuloso: É tô sabendo, mas a gente precisa dá uns perdido, mano tô daquele jeito manja?

Ruivo: Nem me fala, essas dona aí saí fora meu mô BO.

Cabuloso: Mas estão na reta, depois que se meteu no meio dos tiro, sabe né?

Ruivo: Tô ligado, nesse caso vamos liberar a outra casa para elas.

Cabuloso: A tua?

Ruivo: É.

Cabuloso: Por mim fechô.

Então como Ruivo tinha uma casa que também mais parecia uma fortaleza, eles resolveram oferecer para Manuella e Ana Júlia, para irem naquela mesma noite para lá, queriam fazer suas festas particulares e coma duas ali não seria possível.

Claro que elas não recusaram os mesmo ainda debocharam, mas mal sabiam que aquilo teria uma revanche.

Manuella: Amiga, não acredito que aqueles dois fizeram isso só para fazer festinhas.

Ana Júlia: Que nada, eles não seriam tão idiota com a situação da comunidade.

Manuella: Ai, ai.

Elas fizeram as malas e foram acompanhadas por mais quatro seguranças que ficara, o tempo todo fora da casa. Como as casas eram próximas, Manuella inventou uma desculpa para ir até lá e quando chegou próximo ao portão percebeu que tinham algumas mulheres seminuas.

Voltou no mesmo momento e comentou com Ana Júlia, que ficou indignada.

Ana Júlia: Esses caras não pensam só pode?

Manuella: Pensam sim, com a cabeça de baixo, mas espera, amanhã vamos fazer nossa festa, eles que nos aguardem.

Ana Júlia: Que pensa em fazer, festinha também?

Manuella: Amiga prepara aquele biquíni que vamos passar o dia na piscina com som estrondando.

Ana Júlia: Vão achar que estamos fazendo baile? kkkk

Manuella: Ele não disse que podemos curtir a piscina, então é o que vamos fazer.

Era certo que Cabuloso e Ruivo, não tinham a menor noção no que estavam se metendo, pois se tinha uma coisa que Manuella era é vingativa, não que tinha algum interesse, mas o fato de ser passada por idiota era o mais a irritava e Cabuloso descobriria isso muito em breve.

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