Atentado a Paraisópolis

No dia seguinte, quando Ana Júlia desce Manuella já estava na cozinha, estava estranha e logo pega suas coisas para ir para a boca.

Manuella: Aconteceu alguma coisa? Está estranha?

Ana Júlia: Aconterceu sim, mas não quero falar sobre isso, preciso correr com os cadernos, pois Rodrigo e Giulia devem chegar hoje, preciso ter o máximo de indícios possíveis.

Manuella: Não vai mesmo contar onde escondemos as armas?

Ana Júlia: esquece isso, não sabemos de nada, acredite será melhor assim, estou indo.

Manuella: Aqueles caras não vão sossegar até achar essas armas.

Ana Júlia: Nós mulheres nunca seremos ouvidas numa facção, o melhor que temos a fazer é provar que podemos ajudá-los de outras formas, quando tiver certeza que temos pessoas confiáveis eu mesma levo Ruivo até aquelas armas.

Então Ana Júlia sai e Ruivo a estava esperando no lado de fora, ela entra no carro e eles seguem para boca, pois ainda tinham muitos livros caixas para verificar.

Mas no caso de Manuella outra pessoa tentaria arrancar dela alguma informação ou ajuda, após Ruivo sair Cabuloso aparece e pede para avisar a Manuella que ele estaria ali para falar com ela.

Manuella: O que você quer? Se for sobre essas armas já disse que não sei de nada, está perdendo seu tempo.

Cabuloso: Não vim aqui para brigar contigo Manuella, mas para pedir sua ajuda, preciso saber quem é aquele cara.

Manuella: Eu não posso falhar com minha amiga, ontem vocês foram muito grosseiros com a gente, eu sou uma médica e não uma bandida, não foi para isso que vim, sabia que enfrentaria pessoas como vocês, mas acabei me envolvendo demais nisso.

Cabuloso: Está certa mano, a gente colocou vocês numa coisa que não podia, mas eu tô pedindo.

Ela então fica olhando para ele, coloca as mãos na cintura anda de um lado para outro, vendo que ele não desistiria aceita.

Manuella: Eu vou mas saiba que se minha amiga brigar comigo a culpa é sua.

Enquanto isso no postinho Cássia chega para trabalhar logo na porta estava algumas pessoas incluindo entre elas Nego.

Nego: Bom dia morena, patrão pediu para eu ficar aqui hoje.

Cássia: Meu nome é Cássia, tudo bem, Manuella vai demorar então entra em e ajuda.

Nego: Ajuda no quê?

Cássia: Sabe escrever?

Nego: Ehhh tá tirando né? Sou burro não tá ligado?

Cássia: Foi mal, não foi isso que eu quis dizer, me desculpa. Senta aqui me ajuda a chamar essas pessoas vou medir a pressão e pesar, para ir adiantando.

Em seguida ela se levantando deixando ele ali, antes de passar pela porta o observa e sorri ao vê-lo tão concentrado no que estava fazendo e pensa com ela mesma.

Cássia: Tão fofo, se não fosse quem é até me apaixonaria rsrs

Manuella chega com Cabuloso no local onde estava o prisioneiro...

***Narrado por Cabuloso***

Hoje fui obrigado a engolir meu orgulho precisei ir até lá pedir a Manuella que me ajudasse, nunca precisei pedir nada para ninguém desde que entrei para a facção, sempre ordenei, mas agora era diferente e nesse caso eu tinha minhas segundas intenções, de certa forma eu devia minha vida a ela.

Percebia que ela não se sentia bem indo naquele local, suas mãos ficavam entrelaçadas e em seus olhos podia ver a agonia de estar ali, como se quisesse ir logo embora, apesar de que da última vez ela me surpreendeu.

Dessa vez não deixei armas perto dela, esse cara teria o fim que eu quisesse, assim que entramos ele olhou para ele logo me informou.

Manuella: Esse cara é americano. Quantos inimigos vocês tem?

— Como vou saber, por esse valor em diamantes eu seria um com certeza rsrsrs

***De volta a narradora***

O rapaz levantou a cabeça Manuella se ajoelhou perto dele, o tocou com a mão, ele a encarou de forma estranha.

— The hot doctor. (A doutora gostosona)

Manuella: I would joke if I were you, it's not in good condition. (Eu faria piadas se fosse você, não está numa boa condição.)

— I'm a dead man anyway since I took this job.(Sou um homem morto de qualquer forma, desde que aceitei esse serviço.)

Manuella: What's your name and who are you working for? (Qual o seu nome e para quem está trabalhando?)

— My name is Nowak, I am a mercenary, sent by the "Protective Angel", but the Chilean sent me here to get the weapons.(Meu nome é Nowak, sou um mercenário, enviado pelo "Anjo Protetor", mas quem me mandou aqui para pegar as armas foi o chileno).

Manuella olha para Cabuloso que estava parado na porta e conta para ele quem enviou para roubar as armas, em seguida volta a interrogar.

Manuella: Why did you want to steal the guns?(Por que queria roubar as armas?)

Nowak: It doesn't matter anymore by now they must be coming to kill that son of a bitch kkkkk (Isso já não importa a essa hora eles devem estar chegando para matar aquele filho da puta kkkk)

Manuella: Mais que merda, você precisa voltar agora para a comunidade, larga esse cara aqui.

Cabuloso: Que ele falou?

Manuella: Ele disse que o chileno vai atacar a boca para matar Ruivo, minha amiga está lá, vamos agora, depois você resolve isso.

Cabuloso: Car@lho.

Manuella sai correndo, Cabuloso vai logo atrás eles entram no carro e no trajeto ele tenta chamar Ruivo pelo rádio mas ele não atende o que causa um nervosismo maior.

Cabuloso: Atende essa porr@ parceiro, car@lho.

Manuella: Não atende?

Cabuloso: Não ..... bora .... bora ..... porr@

Ele desce em alta velocidade, na frente vai seus homens ficando apenas um para vigiar o que estava preso, Cabuloso passava entre os carros e pelas vielas e Manuella se encolhia com medo dele bater o carro, mas na sua cabeça estava a preocupação do que estaria acontecendo na boca.

Que naquele momento Ana Júlia e Ruivo estavam discutindo sobre uma nova informação quando avisam que o carro do Chileno acabava de entrar na comunidade.

Ruivo: Que esse X9  quer aqui?

Ana Júlia: Vai deixar ele entrar aqui?

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