A volta de Verdade e Giulia

***Narrado por Cassia***

Que mãe não me ouça, mas que corpo tem esse cara, eu deveria estar acostumada com essas situações, mas Gabriel era mesmo muito lindo eu não poderia negar isso.

— É posso perguntar uma coisa?

Nego: Pode claro.

— Por que te chamam de Nego?

Nego: Porque quando trabalhamos para a facção não podemos usar o nome verdadeiro, escolhi esse nome devido a um brother meu que foi morto pela polícia.

— E você não tem medo de morrer? Por que fez isso? Se misturar com essa gente?

Nego: Não acha que está perguntando de mais não?

— Desculpa não queria ser invasiva.

Nego: Que é isso?

— Rsrsrs perguntei demais.

Terminei o curativo dele, limpei tudo, ele vestiu novamente a camiseta e se levantou, eu arrumei tudo e fui fechar para ir embora, quando sai ele estava lá fora.

Nego: Sobe aí eu te levo, é perigoso andar sozinha.

— Não precisa, mesmo porque se minha mãe te ver vai ficar muito brava.

Nego: Ela não vai me ver, deixo você um pouco antes, anda não tenho a noite toda.

Então subi na moto, nunca havia andando na garupa de um moto, não sabia o que fazer, então Gabriel pegou nas minhas mãos as colocando em seu quadril.

Nego: Segura assim, senão você cai rsrs.

— Tá bom!

***De volta a narradora***

Cassia se agarrou a ele e assim subiram em alta velocidade pelos becos e vielas, quando se aproximava de sua casa, Cassia pediu que ele parasse, ela desceu e caminhou enquanto Nego ficava de longe observando até que entrou em casa.

No dia seguinte seria o churrasco de Boas-vindas de Verdade e Giulia que estavam chegando apenas para ajudar a facção mesmo porque não poderiam ficar por muito tempo, tinham os negócios na Europa.

Manuella e Ana Júlia levantaram logo cedo queriam receber a amiga sabiam que Giulia poderia ajudá-las, afinal foi ideia dela que elas fossem para lá.

A comunidade estava em festa apesar de todo pesadelo, Zoio enviou homens para ajudar na segurança, pois também teria interesse que Paraisópolis retornasse a ter paz.

Na casa de Cabuloso estava sendo organizando uma pequena festa para receber o amigo, mas ele entra sozinho, pois Giulia iria primeiro ver as suas amigas.

Giulia entra na casa e ao ver suas amigas elas se emocionam e se abraçam naquele reencontro.

Ana Júlia: Nossa não acredito que chegou?

Manuella: Imagino que esteja exausta.

Giulia: Eu estou bem, estava preocupada com vocês, mas agora iremos resolver toda essa desordem, me digam como está na comunidade?

Manuella: Bom não está né? Eu vim para cuidar do postinho como me pediu, mas estou quase virando uma pistoleira, sem contar esse mal educado do Cabuloso ou Flávio já não ligo mais.

Giulia: Estão se dando super bem né? Acredite ele é gente boa.

Manuella: Bem mesmo está a Júlia ela e Ruivo estão as mil maravilhas kkkk

Ana Júlia: Para com isso, a gente só ficou junto uma vez.

Giulia: Sabe que Ruivo é como um irmão para mim, se estão se dando bem, está com o cara certo.

Ana Júlia: Ah tá, esquece isso vamos ao que interessa, precisamos de ajuda, esses caras tratam a gente como qualquer uma.

Manuella: Eu não vim aqui para ser pistoleira não, estudei para ajudar a comunidade, tenho arma para minha proteção só isso.

Giulia: Está certo, vamos lá para a casa, Rodrigo quer se reunir com o grupo, como sabem não aceitam mulheres, mas isso não impede da gente conversar com ele.

Elas então aceitam ir para a casa de Cabuloso, como era perto já escutavam o barulho do som alto, que chama a atenção.

Giulia: Isso é uma festa? A essa hora?

Manuella: Pois é, a comunidade com medo e o bonitão fazendo festa, seja bem vinda rsrsrs

Ao entrarem haviam quase vinte pessoas, não tinha mulheres claro, pois Rodrigo conhecia a mulher que tinha e não arriscaria, mas mesmo assim ao escutar o som alto ela já entra falando.

Giulia: Amor, que palhaçada é essa, não é para isso que viemos né? Senão estou voltando, deixei meus filhos para ajudar.

Verdade: Eu sei amor, relaxa. Hei, Ruivo abaixa o som desse troço, precisamos conversar brother.

Ruivo: E aí loira está de boa é?

Ana Júlia: Não vem com intimidade não meu filho, eu vim para uma conversa séria.

Então todos entram no salão de jogos, Ana Júlia coloca alguns relatórios informando o valor estimado do desvio até o momento.

Verdade: Isso é muito dinheiro, mas o que o ex delegado tem a ver com isso?

Ana Júlia: O nome dele aparece em algumas anotações.

Manuella: Bom, como não tenho nada a ver com isso vou pegar algo para beber.

Ela sai e Cabuloso vai logo atrás, Manuella entra na cozinha e leva um susto ao perceber que ele estaria ali parado.

Manuella: Não deveria estar naquela reunião?

Cabuloso: Deveria, mas eu lhe devo desculpas, estou mal pela forma que venho te tratando.

Manuella: Não se preocupe, não vou morrer por causa disso.

Cabuloso: Porr@ Manuella, não precisa falar assim pô. Foi mal mesmo, você me ajudou aquele dia.

Manuella: Está certo Flávio, posso te chamar assim né?

Cabuloso: Já disse que pode.

Manuella: Olha Flávio eu só quero poder trabalhar em paz, essa briga de facção não tem nada a ver comigo, por favor não me envolva mais nisso.

Cabuloso: Está certo, vou respeitar isso, só não precisa ficar bolada assim.

Na sala de jogos o restante continua a discutir os último acontecimentos e chegam a uma conclusão, haviam pessoas poderosas, talvez da própria polícia envolvida.

Giulia: Será que Alexandro estava envolvido no tráfico dessas pedras preciosas?

Verdade: Se ele estava é provável que sua mãe foi usada para desviar a atenção do grupo.

Ruivo: A pergunta é onde estão esses diamantes?

Eles reviravam os cadernos, mas era quase uma certeza que não teria nenhuma pista ali, além disso precisavam reunir o grupo e acabar com a insegurança da comunidade.

Era quase certeza que mais pessoas viriam atrás das pedras, ainda tinham o informante preso que seria interrogado por Verdade, tinham esperança de descobrir quem era esse "Anjo Protetor".

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