O atentado

Anastásia desce as escadas e vê a luz do escritório acessa, caminha até lá e bate na porta, Miguel levanta o rosto.

Miguel: O café já foi servido.

Anastásia: Sim, eu sei, só precisar ver como está seu ferimento.

Miguel: Não se preocupe com isso, estou muito bem.

Anastásia: Acontece que a enfermeira aqui sou eu, então deixe que eu mesma faça essa avaliação. Anda logo sente-se aqui preciso ir para minha casa.

Miguel olha para Anastásia que estava parada e com os braços cruzados, ela se sentou na mesinha em frente ao sofá, ele percebendo que seria em vão reclamar ou se recusar larga a caneta e vai até lá.

Miguel: Por que é tão teimosa?

Anastásia: Tire a camisa por favor.

***Narrado por Anastásia***

Miguel se senta a minha frente, abre os botões de sua camisa lentamente e olho cada detalhe de seu corpo, cada tatuagem ali, por alguns segundo me perco em meus pensamentos. Então me aproximo mais dele com muito cuidado, retiro o curativo e sopro ao escutar ele reclamar.

Toque seu ombro e fico atenta a cada movimento de seus olhos, sinto meu coração bater forte, tento controlar meu nervosismo, não poderia deixar que ele percebesse que mexe comigo, pois nem eu mesma consigo entender esse sentimento.

Troco rapidamente e ele veste a camisa fixando os olhos aos meus, recolho toda aquela bagunça e me levanto rapidamente, logo recebo uma mensagem, no mesmo instante Miguel questiona.

Miguel: Deve ser meu amiguinho de ontem.

Anastásia: Não é não salvei o número dele, infelizmente não tive tempo.

Miguel: Que triste, você parecia se divertir ontem.

Anastásia: Assim como você com sua prostituta de luxo.

Miguel: Pelo jeito Giovanna passou errado o recado, Antonella não é uma prostituta e sim uma arquiteta.

Anastásia: Pouco me importa o que ela seja, bom estou indo avise para Giovanna que já fui para casa.

Miguel: Meus pais chegam hoje, então a noite será servido um jantar aqui.

Mas Anastásia não responde, apenas caminha já com seu celular em mãos pedindo um táxi, depois vê uma ligação desconhecida e retornar fica surpreendida em saber que era David.

David: E aí princesa, como não me ligou resolvi arriscar.

Anastásia: David? Como conseguiu meu número?

David: Eu tenho os meus meios para conseguir algo que quero.

Anastásia: Estou surpresa.

David: Queria convidá-la para sair.

Anastásia: Infelizmente não será possível tenho um jantar importante hoje, estamos ocupadas com um restaurante, quem sabe na próxima semana.

David: Não tenho pressa linda, fico aguardando sua ligação.

Anastásia: Eu te ligo pode deixar.

***Enquanto isso em Paris***

Serguei havia enviado alguns de seus homens atrás de Annya e Denyan, mas eles não sabiam que não seria assim tão fácil pegá-los, pois Denyan andava armado desde que foi embora com ela, estava sempre desconfiado.

Denyan e Annya construíram um amor que venceu os medos e o pavor, ela tinha sido sequestrada por Tetov ainda com seus 16 anos e passou muito tempo sendo abusada por ele.

Quando ofereceu sua proteção, ela acabou vendo nele alguém que poderia confiar e aos pouco um amor foi surgindo, ele assumiu a pequena Anastásia e a amou como um verdadeiro pai.

Mas o amor que nasceu entre eles era verdadeiro e forte, ela passou a sentir segura em seus braços, Anastásia sempre via os pais trocando carinhos, Denyan a ensinou a atirar mesmo com sua mãe sendo contra.

Era ele que conseguia acalmá-la quando sua pequena enfim cresceu e resolveu seguir seus sonhos, sentia medo que o algum aliado de Tetov pudesse querer fazer mal a sua filha.

Mas naquele dia, Denyan estava vindo para casa quando percebeu de longe um carro estacionando próximo a sua casa.

Ele parou uma quadra antes, pegou sua arma e deu a volta entrando em casa pelo fundo, assustando Annya que estava distraída cuidando das plantas que eram seu refúgio, quando estava preocupada com Anastásia.

Annya: Meu amor? Por que está armado?

Denyan: Você precisa vir comigo agora, tem uns homens estranho na frente de nossa casa.

Annya: Meu Deus.

Denyan: Venha amor, não deixar que lhe façam mal, confie em mim.

Annya: Eu confio.

Ele então estende a mão para ela que apenas pega um casaco, eles saem pelo fundos até chegarem no carro que havia ficado estacionado ali perto.

Annya entra no carro enquanto Denyan retorna, ela implora para que ele não vá, mas estava decidido e nada o faria mudar de ideia.

***Narrado por Denyan***

Deixo minha Annya no carro, com ela um pistola carregada e aviso.

— Se não voltar pego o carro e vai para o aeroporto, no porta malas tem uma pequena bolsa embaixo do estepe com dinheiro, pegue os documentos no escritório e vá para Puerto Padre ou Milão, tenho certeza que Lúcifer ou Ravier irão lhe dar proteção.

Os olhos de Annya estavam cheios de lagrimas, ela segurou em minhas mãos, depois a beijei de forma lenta, fechei a porta do carro e voltei para a casa.

Quando cheguei os homens não estavam mais lá, apenas o carro, tudo dizia que eles tinham entrado em minha casa.

O tempo se passou mas minhas habilidades com as armas ainda eram muito presentes, entrei na casa e caminhei pela sala, ao entrar na cozinha vi uma sombra me posicionei e antes que pudesse atirar um deles me deu uma chave de braço.

Invasor: Ublyudok, gde doch' Tetova? (Seu desgraçado, cadê a filha de Tetov?)

— Y Tetova net docherey, s chego ty eto vzyal? (Tetov não tem nenhuma filha, de onde tirou isso?)

Invasor: Vash predatel', Sergey uzhe znayet o ney, tak chto ne vrite.(Seu traidor, Serguei já sabe dela, então não minta.)

O homem que estava na cozinha veio e me deu um golpe no estômago, depois mais outro, tentei me defender, mas era em vão, o homem estava com uma faca em mãos e me golpeou.

Estava quase perdendo meus sentidos quando vi Annya entrando pela porta e acertando o que me segurava com tiro na cabeça, o outro se protegeu na cozinha, ela correu até mim, estava perdendo muito sangue.

Quando se abaixou vi o outro vim para nosso lado, peguei a arma que estava no chão e atirei acertando sua coxa, Annya estava desesperada mas conseguiu acerta o homem que se arrastava, então ao ver que estava protegida fechei os olhos.

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