O Destino

Foi numa dessas confeitarias de Paris que o destino pregou uma de suas peças, Anastásia passava para comprar um doce que sua mãe amava, antes de ir a sua casa quando retornava de uma de suas viagens.

Ela estava degustando de um cappuccino quando ao se virar acaba se esbarrando num belo rapaz de olhos claros e traços fortes.

Anastásia: Perdão eu não te vi.

— Não foi nada, espero que não tenha se ferido.

Fala ele pegando um guardanapo e oferecendo a ela. O tal rapaz era Miguel Stein que aproveitava sua escala para visitar a confeitaria que sua mãe Bella amava, sempre fazia seus gostos e adorava seu sorriso quando ele retornava com algo assim.

Durante aquele pequeno e rápido encontro, Anastásia acabou deixando sua pulseira presa a camisa de linho, assim que ela se afasta ele vê a pulseira, sai rapidamente mas não a vê, olha para o relógio e percebe que se insistisse a procurar aquela bela moça perderia seu voo, então ele olha e vê um nome gravado nele "Anastásia" coloca a pulseira em seu bolso como um pequeno suvenir e fala consigo mesmo.

Miguel: Quem sabe esse não seja um daqueles acasos que minha mãe tanto comenta. Quem sabe "Anastásia" esse seja um daqueles presságios de que o destino está preparando rsrsrs.

Naquela tarde, Anastásia chega em sua casa onde sua mãe Annya estava aliviada ao vê-la após tanto tempo fora.

Annya: Anastásia, minha filha não sabe como estou aliviada em vê-la em casa.

Nesse momento ela toca em seu pulso e sente a falta de sua pulseira, se recompõe e responde sua mãe, mas não da forma que ela queria.

Anastásia: Estou apenas de passagem, mãe consegui me matricular num curso e daqui a uma semana estarei indo para Amsterdã.

Annya: Aí minha filha não sabe como fico aflita com essas suas viagens.

Após escutar as reclamações, Anastásia sobe para o quarto para descansar e ao se jogar na cama pensa naquele belo rapaz, sorri por seu descuido.

Anastásia: Quem será ele? Anastásia porque está pensando nisso, talvez nunca mais o veja novamente.

Mas não poderia negar o quão belo era aquele rapaz que realmente chamou sua atenção, depois ficou pensando onde teria perdido sua pulseira, decidiu não comentar, pois certamente sua mãe ficaria irritada, pois foi um presente que recebeu nos seus quinze anos.

Já no aeroporto, antes de embarcar para Puerto Padre, Miguel retira a pulseira de seu bolso, olha por alguns segundos e sorri, depois caminha em direção ao portão de embarque.

Durante todo voo pensava naquela moça e na possibilidade de retornar, apenas na esperança de revê-la, mesmo sabendo que talvez isso não acontecesse.

De volta a casa de Annya, já era noite quando seu pai Denyan chega em casa e ao escutar sua voz, Anastásia desce correndo as escadas e pula nos braços daquele que cresceu acreditando ser seu pai.

Anastásia: Papai? Que saudades.

Denyan: Minha pequena Anastásia.

Anastásia: Olha para mim pai não sou mais sua pequena.

Denyan: Tem razão você cresceu filha, está uma bela moça inteligente e muito determinada, estou orgulhoso.

Annya: Para de incentivá-la amor, sabia que irá viajar novamente?

Anastásia: Não consigo entender porque quer me manter presa a essa casa mamãe, está mais que na hora de eu seguir com minha vida, deveria estar orgulhosa.

Anastásia então beija seu pai e volta para o quarto. Denyan fica observando o olhar de preocupação de Annya, se aproxima dela a abraça e a beija, depois acariciando seus cabelos tenta acalmá-la.

Denyan: Amor, deixa ela, Anastásia está crescida, sabíamos que isso um dia iria acontecer.

Annya: Eu sei, mas tenho medo que algo possa acontecer com ela, não sabemos se Tetov deixou algum parente, ela poderá estar em risco se um dia descobrirem de quem é filha sabe disso.

Denyan: Não se preocupe, pois isso nunca irá acontecer, ela está segura posso garantir.

Longe dali, já a caminho de casa, Miguel horas depois chega em Puerto Padre, quando entra em sua casa, sua mãe Bella corre até ele e o abraça e ao ver o doce que ele havia trazido seu rosto se transborda em plena felicidade.

Bella: Ah, filho, que gentileza sabe que amo esses doces.

Miguel: Adoro ver esse seu sorriso mãe.

Ravier: Miguel? Filho, não vi quando chegou como foram os negócios?

Miguel: Muito bem, pai, só vou tomar um banho e já desço para conversarmos.

Bella: Vá filho, o jantar será servido em breve.

Então ele sobe correndo as escadas, ao entrar no quarto retira a pulseira do bolso e guarda em sua gaveta, vai para o banho e a imagem de Anastásia vem a sua mente, ele encosta as mãos na parede e tenta não pensar em algo que possa nunca mais acontecer.

Assim que termina o banho, ele desce e vai para o escritório conversar com o pai enquanto aguardam o jantar ser servido.

Miguel: Pai, consegui fechar com mais dois novos compradores e consegui um novo local para abrirmos uma nova boate como as que Enrico sugeriu, mas acho que minha mãe não irá gostar "Buenaventura".

Ravier: Está dizendo que irá embora para lá?

Miguel: Pai já sou um homem, é natural que um dia eu faça isso não?

Ravier: Só espero que convença sua mãe disso rsrsrs

Bella nesse momento entra no escritório para informar que o jantar seria servido quando escuta seu nome.

Bella: Do que terei que ser convencida?

Ravier: Seu filho está dizendo que irá morar em Buenaventura.

Bella: Como? Miguel?

Miguel: Dona Bella não faça drama além disso Buenaventura nem é tão longe assim, seu filho cresceu e preciso seguir meu destino, não é o que vive me dizendo?

Bella: É mas para uma mãe é difícil saber que seu filho está partindo, por mim viveria embaixo desse teto, mas entendo filho e tem meu apoio.

Bella vai até seu filho e o abraça, depois caminha até Ravier e se senta em seu colo, acaricia seu rosto e o beija docemente.

Ravier: Estou surpreendido.

Bella: Não deveria, pois sei que nosso filho saberá como conduzir sua vida muito bem. Agora vamos jantar, devem estar com fome.

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