O Amuleto

Enquanto isso, na cozinha após o jantar...

Giovanna e Enrico terminam de comer e ele a ajuda com a louça, foi a primeira vez depois de dias que conseguiram fazer algo sem discutir, depois eles sobem, ela agradece e vai para o quarto, Enrico fica a observando enquanto fecha a porta.

A noite passa logo quando o dia chega, Anastásia desperta e ao se virar vê Miguel ao seu lado e se assusta o acordando.

Anastásia: Meu Deus, onde estou?

Miguel: Calma, Anastásia está segura agora, aliás meu nome é Miguel.

Anastásia: Como sabe meu nome? Que lugar é esse?

Miguel: Eu que resgatei você ontem, não se recorda? Essa é minha casa.

Então ela se recorda do homem que a raptou e leva as mãos ao rosto e volta a chorar se recordando do pesadelo que passou, mas é acalmada por ele.

Ela se senta na cama e Miguel se levanta dando a volta mas ao se aproxima Anastásia se encolhe na cama e fecha a cara.

Anastásia: Ainda não respondeu minha pergunta.

Miguel: Frederico, me contou que te levou para o apartamento dos meus pais e que foi você quem atendeu o nosso prisioneiro.

Anastásia: Prisioneiro? Sabia que por sua causa eu quase morri? Então você cortou a mão daquele homem, que tipo de gente é você?

Ela estava assustada mas ao mesmo tempo irritada, Miguel tenta dar um passo a frente mas ela não permite, levantando a mão em sinal de recusa, mas ele ainda tenta esboçar alguma frase.

Miguel: Eu posso explicar…

Anastásia: Não dê mais nenhum passo, não ouse se aproximar de mim de novo.

Miguel: Eu te salvei sabia?

Anastásia: É sério isso? Quer dizer que Frederico trabalha para você? Ele sabia o que poderia acontecer quando levou aquele homem e o mesmo percebeu que a gente se conhecia.

Miguel: Eu lamento muito por isso.

Anastásia: Não acredito que meu pai achou que estaria segura com pessoas como você.

Miguel: Não se levante, por favor o médico pediu que repouse por uns dias, se quiser falar com seus pais eu mesmo posso fazer isso, explico para eles é isso que você quer fazer?

Anastásia: Claro que não, ou minha mãe vai surtar, me ligando a cada segundo para eu retornar para casa, não sou tão idiota.

Ela leva a mão a cabeça, analisa cada hematoma em seu corpo e reclama.

Anastásia: Minha cabeça, olha como estou, minha nossa, como vou trabalhar desse jeito.

Logo a porta de abre era Giovanna com um bandeja algumas coisas para comer, ela logo percebe o clima e tenta interferir.

Giovanna: Atrapalho em algo?

Anastásia: Pelo contrário, chegou na hora correta, o senhor Stein estava de saída, não é esse seu sobrenome?

Miguel: É sim, eu vou deixá-la a vontade. Apenas preciso de um banho e me retiro, algum tempo depois ele sai do quarto e ao descer até a sala encontra com Enrico, estava tão irritado e vai direto para o escritório, senta na poltrona.

Enrico: Que aconteceu para estar assim? Não dormiu bem?

Miguel: Acredita que Anastásia está me culpando pelo que aconteceu com ela?

Enrico: Como sabia o nome dela?

Nesse momento Miguel tira um pulseira da gaveta e joga na mesa, onde estava escrito seu nome, Enrico pega a pulseira sem entender nada, mas logo vem a explicação.

Miguel: Por isso, eu a vi numa cafeteria em Paris a uns meses.

Enrico: E ela veio parar no apartamento dos seus pais?

Miguel: Eu a salvei e agora me acusa de quase a ter matado, quem ela pensa que é?

Enrico: Por que guarda essa pulseira? Seria um tipo de amuleto rsrsrs?

Miguel: Se fizer mais uma piada te quebro a cara heim. Não sei porque está debochando se quando a Giovanna está perto parece um cachorro abanando o rabo.

Enrico: Eita que agora pegou pesado, acho melhor deixar essa conversa para outra hora, vamos providenciar o café da manhã, pois nosso homem nos aguarda, afinal de contas não querer manter ele preso por tanto tempo certo? Vou subir e tomar um banho, você fique aí com seu amuleto da sorte kkkk. Eu já volto.

Ainda no quarto, Giovanna tenta acalmar Anastásia, nitidamente irritada e assustada.

Giovanna: Anastásia, eu nem imagino o que tenha passado nas mãos daquele homem, mas acredite Miguel não tem culpa.

Anastásia: Me desculpa. É Giovanna certo?

Giovanna: Isso mesmo, agora sim prazer, Anastásia.

Anastásia: Mas não vejo motivos para tamanha brutalidade, cortar a mão de uma pessoa é muito cruel.

Giovanna: Algumas pessoas tem formas diferentes de resolver seus problemas.

Anastásia: Sabe me dizer o que aconteceu com aquele homem e o motivo dele ter feito isso?

Giovanna: Ele era um fornecedor de Miguel, tentou roubá-lo, mas prefiro que ele te explique depois, por enquanto você precisa descansar, não se preocupe com o seu trabalho, eu mesma dou um jeito de ir lá avisar o que houve está bem?

Anastásia: Obrigada, se minha mãe descobrir sobre isso vai surtar.

Giovanna: Se preferir posso pedir para busquem algumas roupas no seu apartamento, pode usar meu celular para falar com ela.

Anastásia: Não pretendo fazer isso, mesmo assim agradeço, se puder pedir para trazerem minhas roupas eu agradeço, aliás eu preferia estar na minha casa, mas pelo jeito não será possível, minha cabeça doí demais.

Giovanna: Vou dar esse remédio para te ajudar, mas acredito que possa ser por não ter se alimentado ontem o dia todo.

Anastásia: Tem razão, ontem não consegui comer, depois que aquele monstro me obrigou a ir com ele, eu prefiro nem me recordar.

Giovanna dá um remédio para Anastásia e sugere que coma o que havia levado, mesmo não sendo uma refeição completa.

Na cozinha, após comerem algo que haviam pedido, Enrico e Miguel saem para resolver o problema pendente antes de discutirem sobre a boate e ajudar Giovanna com o restaurante, ele pede a Frederico que avise a Giovanna que logo retornariam.

Frederico: Mais tarde devem chegar as pessoas para serem entrevistadas, ou prefere que eu cancele?

Miguel: De forma alguma, eu não devo me demorar. Vamos Enrico nosso hóspede está nos esperando, não seria educado da nossa parte fazer esse tipo de coisa.

Enrico: Vamos, pois temos muito que resolver hoje.

Miguel: Antes que me esqueça, hoje deve chegar alguns de nossos seguranças, providencie o local onde ficarão instalados.

Frederico: Vai precisar que busque alguma coisa para as moças?

Miguel: Veja isso com Giovanna, ela tem carta branca para dar as ordens aqui assim como Enrico.

Frederico: Está bem.

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