17° Capítulo

Sem pensar eu me levanto e o abraço forte, seu corpo é rígido e frio, mas não me importo .

— Eu sinto muito por sua família Alec, nem imagino sua dor! — ele retribui o abraço

—Você não tem medo de mim?— eu me afasto

— Não , se você quisesse me machucar teria feito naquela noite na floresta! — ele sorri

— Teria , mas não machucamos humanos, apenas quando eles nos caçam, como os caçadores da escuridão!

—Se não machucam humanos como se alimentam?

— Não vou mentir Sophie, bebemos sangue humano, porém não direto da fonte, eu uso meus poderes hipnótico e pego bolsas de sangue no hospital da cidade mais próxima.

— Nossa e vocês não sente tentados a morder alguém?

—Só quando passamos muito tempo sem se alimentar. Aprendemos a nos controlar!

— Uma dúvida, Como vocês moram em uma cidade cheia de... — ele me interrompe

— Lobisomens?

— Eu sei que não devia falar sobre eles, mas suponho que vocês já os conheçam!

—Sabemos quem são eles sim. É uma história antiga Sophie!

— Quero saber.

—Quando teve o massacre entre as duas raças de lobisomem aqui, nossa família já estava por aqui, e haviam outros Vampiros.

Minha família fez um acordo com o Alfa da época, nós tomaria a região dos vampiros os expulsando daqui e poderíamos ficar, mas não podíamos nos alimentar de nenhum humano ou seríamos massacrados. E Também não podíamos revelar o segredo uns dos outros.

—Agora entendo porque Trevor não me contou sobre vocês.

— Ele é um bom Alfa assim como o pai dele.

—Vocês não os odeiam?

— Nossas espécies são inimigas naturais mas eu não os tenho como um inimigo nem Selena, na verdade ninguém da minha família tem.

— Tudo é muito novo pra mim Alec!

— Mas você sabe o básico, eu vi na noite do cinema.

— Você já estava me preparando não é? Nada passava de um teste!

— Eu queria muito que você soubesse quem eu sou de verdade. —ele se aproxima

Quando te vi naquela floresta, não sei o que aconteceu comigo, era como se eu me sentisse vivo novamente.— ele acaricia meu rosto

— Eu também senti alguma coisa, mas não sei explicar Alec.

—Eu sei que sou um monstro feito pra matar, mas eu decidi não ser, quero me sentir humano.

— Eu posso te beijar agora?— ele sorri

—Eu que deveria te fazer esta pergunta!

Ele me beija com delicadeza pra não me machucar, mas eu aperto sua nuca o puxando pra mim, nosso beijo fica intenso, ele me pega pela cintura com facilidade me sentando na escrivaninha ficando entre minhas pernas, suas mãos sobem minhas costas eu o aperto. Ele acaricia minhas coxas subindo pela cintura, sinto seu desejo crescer em minha barriga, ele se afasta.

—É melhor pararmos por aqui.

— Desculpa deve ser difícil pra você.

— É sim! Mas sei me controlar, porém há coisas que são complicadas entre Vampiros e humanos.

— Prometo me controlar também! —ele sorri e beija a ponta do meu nariz

—Você não imagina o quanto quis este beijo.

— Alec , Sophie a mesa já está posta venham!

Eu desço da escrivaninha arrumando meu vestido.

— Agradeça sua irmã por te livrar dessa.

— Será que me livrei? —ele me dá a mão

—Vocês comem comida.

— O jantar é pra você.

—Sério? Podia ter pedido uma pizza

—Selena quis fazer com o namorado pra você.

Seguimos até a sala de jantar e Selena está ao lado de um homem que aparenta 34 anos, alto, cabelos loiros , olhos avermelhado.

— Bom Sophie este é Kartner .

— Prazer em conhecê-la Sophie.

Espero que goste do jantar!

— Eu agradeço o esforço de vocês em me agradar, nossa está com uma cara ótima! — nos sentamos

— Kartner é cozinheiro no restaurante da cidade vizinha, e Ratatouille é o que ele mais gosta de fazer.

—Nunca comi.

— Coma e nos diga! —eu começo a comer enquanto eles tomam vinho. Nossa é incrível, diferente de tudo que já provei.

— É uma receita francesa.

— Muito bom de fato! Obrigada Kartner! —ele sorri

— você quer beber alguma coisa Sophie, um suco?

— Porque você não pode me dar um pouco do vinho? — ele ri

— Primeiro você não bebe, segundo este vinho contem sangue.

— Perdi a vontade obrigada! —eles riem

— Eu gostei dela Alec!

—Eu disse que ela iria gostar de você!

Ao término do jantar Selena e Kartner sobem pro quarto deixando eu e Alec a sós, sentamos no sofá eu me encosto nele.

— Então foi seu irmão que te resgatou?

—Sim eu devo tudo a ele!

— E Selena? Como ela entrou na família?

—Com ela foi diferente! Ela era uma cortesã em um bordel, um vampiro a seduziu e foram para o quarto onde ele tomou praticamente todo seu sangue.

—Então ela se transformou?

—Não é bem assim que funciona Sophie! Pra haver a transformação não basta apenas ser mordido, você deve morrer com sangue de vampiro no organismo. Nosso sangue é diferente do humano mas ainda o chamamos assim! Ela estava quase morta quando meu pai passou perto de seu quarto, ouviu seus batimentos fracos e entrou, deu seu sangue a ela e a levou pra casa.

— Ela não deve ter tido uma vida fácil também não é?

— Um dia ela pode te contar. Agora preciso te levar pra casa!

— Ainda está sendo.

— Os lobos estão todos aí fora rondando a casa pra saber se você está bem.

— Mais eu não os senti-los.

—Trevor está preocupado.

— Eu vou matar ele.

— Não Sophie! Eles só querem te proteger! Olha não diga nada a ele, deixa eles não estão errados.

— Mas Alec...

—Promete não brigar com ele? — reviro os olhos

— Tá bom eu prometo.

— Que bom! Venha. —ele me puxa

— E como fica entre a gente?

— Depende de você Sophie! Você quer mesmo Continuar com um vampiro?

—Eu gosto de você e de estar com você, então acho que sim.

— Ótimo! — ele me beija

Descemos para o carro e olho ao redor, tento sentir o cheiro e realmente Trevor está perto.

Será que ele estava nos ouvindo este tempo todo? Porque você está preocupada com isso Sophie?

Entramos no carro e seguimos pra casa.

Ao estacionar na porta da minha casa, Alec me dá um beijo.

— Preciso vim conhecer sua mãe e pedi-la formalmente.

—É. sério? Pra que tamanha formalidade?

—Sou de um tempo onde os homens cortejada as mulheres ao lado dos pais, não podia nem encostar na mão da garota, então isso é o mínimo que posso fazer Sophie.

—Tudo bem vou marcar e te falo! — dou um beijo—Boa noite!

— Durma bem gatinha.

Eu saio do carro e entro em casa, quando Alec já foi embora eu saio novamente e chamo Trevor em tom normal.

—Não adianta eu sinto seu cheiro, aparece.

—Não posso estou transformado.

— Se eu pudesse te ver agora iria te bater garoto.

— Só estou fazendo meu dever de te proteger...

— Eu vou entrar e pegar sua roupa, vou jogar no quintal dos fundos, vista e venha até meu quarto.

— É melhor eu ir pra casa, estou com muita raiva! Não quero brigar com você.

— Trevor Belmont no meu quarto!

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