6° Capítulo

Depois que eles foram embora, Sara e eu decidimos dar uma volta pela cidade, ao passar de frente uma livraria decidi entrar e ver se tinha algo relacionado a história da cidade.

— Para quê você quer saber coisas assim? — Seu olhar me condena a esquisitice.Mas não me importo, já estou acostumada com isso.

— Não sei explicar Sara. Eu sinto muita curiosidade em saber algo, como se houvesse um segredo a qual me chama. Não sei explicar.

— Sim, posso ajudar? — Indaga a atendente quando entramos e o sino toca.

— Eu estou procurando algum livro refente a história da cidade ou sobre as famílias da reserva.

— Sinto muito não temos nada! Mas você pode achar alguma coisa na biblioteca municipal. — Sara dá de ombros.

— Obrigada!— Agradeço e saímos da livraria.

— Sophie amanhã é meu aniversário, o que acha de almoçar com a gente?

— Sério? E porque só me contou agora?

— Ah, não é algo muito importante, sabe!

—É claro que é Sara. Quantos anos está fazendo?

— Como diz minha avó, décimo sexto.

— Nossa, também faço dezesseis mês que vem. — Ela sorri empolgada entrelaçando nossos braços.

— Diz minha avó que é um marco para mim! Que saberei coisas que nem imaginava. — Faz carreta zombando das palavra da avó.

—Sua avó é cartomante , ou algo assim? — Sara ri de escárnio.

— Não vai zombar de mim? — Nego com a cabeça.

— Claro que não!

— Ela diz ser uma bruxa.— Sara gesticula fazendo caretas.

— Sério... Bruxa? — Indago curiosa.

— Ela não deixa ninguém entrar no porão, diz que lá é seu lugar sagrado, um dia entrei no seu quarto e vi um livro escrito Grimório Osborne...Loucura, né?

— Nossa! Eu acho interessante estás historias de bruxa e tudo mais.

— E então você vai? — Seu sorriso se alarga.

— Sim eu vou Sara ! —Ela me abraça.

— Eu preciso ir agora, então amanhã tá!

— Eu levo a sobremesa.

— Ah, e leva sua mãe. — Ela sai andando pela calçada.

— Sim Senhora!

Continuo andando até onde estacionei o carro, começo a atravessar a rua, porém meu celular toca, mexo na bolsa para procurar e não olho o lado oposto.

Quando um carro vem em minha direção, ele está praticamente em cima de mim. Como em câmera lenta, vejo o motorista ao celular, vejo as pessoas caminhando pela calçada tranquilamente sem se quer perceber o que está prestes à acontece, fecho os olhos o apertando, apenas esperando ser lançada a uma distância tremenda.

Mas não acontece, apenas sinto dois braços me envolverem, me puxarem no último segundo. Ao abrir os olhos, estou envolvida e um abdômen sólido, posso sentir seu cheiro enlouquecedor. Ergo a cabeça lentamente, me deparando com dois olhos castanhos avermelhado. São hipnotizantes, respiro fundo e balanço a cabeça para sair do transe.

— Sophie estou falando com você. — Seu rosto exala preocupação, mas não consigo parar de olhar para seus olhos.

— Desculpe, eu não ouvi! — Respiro fundo, zumbidos ecoam por meus ouvidos.

— Se machucou? Está ferida?

— Alec como você? — Olho novamente onde eu estava e volto meu olhar a Alec. Estamos a quatro metros e isso seria algo impossível para a física.

— Ainda bem que eu estava perto, se não nem sei como você estaria agora.— Alec franze o cenho como se chamasse minha atenção.

— Obrigado! Eu não..... É foi tudo muito rápido.

—Você ainda está em choque! Venha vou te levar para beber algo.

Ele pega em meu braço me puxando até uma loja de conveniência, entramos. Alec me deixa próximo ao caixa e volta com uma garrafa água.

— Bebé Isso! — Pego a garrafa já aberta bebendo a água sem tirar os olhos de Alec— Se sente melhor?

— Eu acho que sim... Obrigada!

— Você precisa ser mais cuidadosa. Prestar mais atenção por onde anda!

—Realmente foi um descuido! — Alec coloca uma mexa solta atrás de minha orelha.

— Imagina se tivesse machucado este rosto lindo!

Ceus ele me acha linda? Coitado é cego. Mas bem que ele poderia me abraçar e me beijar, como naqueles filmes de depois de resgatada, o herói beija a garota.

— Eu não sei como agradecer, Alec.

— Não precisa , só seja cuidadosa.Não posso te salvar sempre! — Ele sorri e isso me faz derreter toda. Como eu estou na dele.

— Ah, você está aí ! Eu te procurei por todos os cantos. — Uma garota ruiva entra na loja , com seus cabelos ao vento como uma cena em câmera lenta. Estes dois só podem ter saído de um dos meus livros.

— Selene está é Sophie! — Ela me olha com desdém, como se não importasse.

— Oi Sophie, Selene! — Seu sorriso é lindo porém forçado.

— Nossa, você é tão linda! E vocês tem olhos tão diferentes.

— Obrigado pelo linda e nossos olhos são assim por problemas genéticos. Vamos Alec! — Ela franze o cenho para Alec.

— Tome cuidado, okay, Sophie! — Ele beija meu rosto, meu coração parecia querer pular pela boca.

— Pode deixar e mais uma vez obrigado!

Eles saem e eu fico meio perdida do que aconteceu nestes cinco minutos, eu respiro fundo e volto para o estacionamento.

Entro no carro ainda desnorteada, me olho pelo retrovisor colocando a mão onde Alec beijou a poucos minutos.

— Nunca me senti assim antes. Talvez eu seja patética, mas, acho que esteja completamente apaixonada por aquele garoto.

☆ﾟ.*･｡ﾟ☆ﾟ.*･｡ﾟ

Por volta das dezenove horas, me sento na varanda de casa e começo a ler um livro, ouço uivos bem altos, um lobo parece responder o outro.

— É tudo bem peculiar aqui.

Volto a minha leitura, porém sinto estar sendo observada, olho em volta e não vejo ninguém, mas a sensação fica. Calafrios percorrem minha espinha, mais uma vez olho ao redor, decido me levantar e entrar,antes de fechar a porta dou mais uma olhada ao redor e não vejo ninguém.

Ao me deitar coloco o livro na cabeceira, minha mãe vem até meu quarto me dá um beijo de boa noite e apaga as luzes. Tento dormir, mas me viro o tempo todo na cama.

A noite toda ouço os lobos uivando e parecem estar debaixo da minha janela.Sinto como se me chamassem para o meio da floresta. No dia seguinte acordei bem cedo, fiz uma torta de chocolate para levar para o almoço, tomei um banho vesti um macacão e fomos a casa de Sara.

— Felicidades Sara! É só uma lembrancinha. — Entrego uma pequena caixa em suas mãos.

— Não precisava se preocupar amiga! — ela abre a caixa — Nossa, você que fez ?

— Sim, e fiz uma para mim também! —Mostro meu pulso, duas pulseiras idênticas.

— Seremos sempre melhores amigas! —Ela me abraça apertado.

— As minhas amigas de Los Angeles querem te conhecer, depois do almoço podemos ligar pra elas o que acha? — Sara me olha com surpresa.

— Você falou de mim para elas?

— Claro Sara, você é minha amiga agora, elas precisam saber disso. — Sara sorri.

Sentamos todos a mesa e almoçamos, depois do almoço ligo para Bruck e Riley, apresentando Sara a elas.

A avó de Sara nos interrompe e pede pra ficar sozinha com ela. Volto pra casa.

O dia passa e a noite cai , passei a tarde lendo um livro e nem vejo as horas passarem. Me deito tarde da noite.

Quando consigo pegar no sono já está quase clareando. Acordo com minha mãe me sacudindo.

— Anda Sophie, vai perder a hora! — Me viro na cama cobrindo o rosto.

— Só mais cinco minutos, mãe! — Ela puxa minhas cobertas.

— Não, toma um banho que você desperta! — A olho com insatisfação.

Me levanto, indo arrastada para o banheiro, tomo um banho me visto rapidamente.

Pulo o café da manhã indo direto para escola, estaciono, pego minha mochila e caminho pelo pátio.

— Aí novata! — uma garota loira de pele muito clara corre em minha direção.

— Sophie. — Me apresento.

— Sou Dominic Cooper! Você está na aula de misticismo, não é? — Ela me analiza cuidadosamente.

— Sim, estou por quê?

— Eu só queria saber se quer vim no encontro da turma amanhã? — Sua expressão muda completamente, antes seria, agora sorridente e amigável.

— Pode ser! Eu vou te dar meu número você me manda o endereço! — Anoto em um pedaço de papel e a entrego com o número.

— Eu te mando msm mais tarde! — Dominic sorri e sai andando.

— Obrigado pelo convite!

— Vou te esperar lá !

Sigo para sala de biologia, me sento e Trevor chega logo depois.

— Nossa, você esta horrível! — Sua provocação me atinge em cheio. Esse garoto adora me encher.

— Bom dia Sophie! Bom dia para você também,Trevor.— O olho de cenho franzido. — Como foi sua noite Sophie? Uma droga e a sua? — Trevor ri, cerro os olhos em sua direção.

— Já vi que está de mal humor! TPM? — Eu vou enforcar esse garoto.

— TPM seu ...

— Boca suja. — Trevor continua rindo. Bufo.

— Não dormi nada essa noite. Primeiro os lobos depois um incomodo terrível! — Respiro fundo, expressando minha insatisfação.

— Você sente estes incômodos sempre? — Indaga Trevor com o rosto sério. Pra onde foi o idiota que estava rindo a um segundo?

— Só na lua nova e cheia, mas começou tem seis meses.

— Sei! —ele coça a cabeça pensativo.

— Preciso de um analgésico! Ou sinto que irei explodir.

Sinto uma dor terrível na cabeça, ouço um som estático que aumenta de uma vez, coloco as mãso na cabeça tampando os ouvidos e grito.

As janelas começam a tremer alguns objetos são lançados no quadro, os alunos se abaixam e todos os vidros da sala explodem em milhares de migalhas.

— Sophie ouça minha voz! — Trevor tenta me acalmar.

— Está doendo Trevor! — Aperto ainda mais meus ouvidos.

— Respira fundo e tenta se acalmar! — Sua voz é calma e sútil.

Abro os olhos e todos me olham, os olhares de medo e até de desconfiança. Ouço alguns alunos burburinhos sobre o ocorrido.

— Você viu o que ela fez?— Uma aluna cochicha com outra.

— Que garota estranha! — às olho me sentindo ipotente, estranha, uma completa louca.

Trevor pega minha mão e me tirando da sala de aula.

— Onde você vai me levar? — o olho intrigada.

—Em um lugar que você possa ficar tranquila! —seu olhar é cheio de carinho, diferente dos olhares dos outros.

— Foi eu que causei tudo aquilo?

—Sim, Sophie! Você ficou descontrolada. Mas tudo irá ficar bem!

— Meu Deus como eu fiz aquilo?— Estou incrédula do ocorrido ,como seria capaz de fazer aquela bagunça toda?

— Eu não tenho certeza! Desculpe!

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