Concretizando o Casamento

No salão onde seria feito o buffet, eu e Josias estamos sentados lado a lado. Depois dele ter me ajudado a escolher que roupa eu vestiria. Ele temia que eu aparecesse vulgar, não acreditou no meu bom senso. Também não devo culpá-lo. Este vestido não foi reconhecido por qualquer um que tenha conhecimento, Josias tinha me levado a uma boutique muito famosa. E logicamente um vestido muito adequado para a festa de casamento e não só uma roupa um terninho básico e muito chique para trocar aquela roupa que sai do hospital. Depois de experimentar muitas roupas e ele escolher várias, me fazendo levar todas.

— Leve todos! —

— Eu nem precisava de um! No meu apartamento tem roupas.

— Mas não deveria ficar andando por aí com aquela roupa. — ele me apontou.

Revirei os olhos.

—Só está, está bom pra mim, obrigada! — Josias foi fazer o pagamento. Lógico que o vestido de noiva não deixei ele ver. Porém lógico que agora ao escolher ele viu. Se dar azar?! Não sei, já somos casados mesmo perante a lei então não foi antes do casamento. E outra e um casamento só de contrato e daí se desse azar.

Ele me deixou no apartamento que agora era meu, já que era da Viviane. Chamei a Pamela para me ajudar a trocar de vestido e Ana veio junto me enchendo de perguntas e atazanando, mas ignorei, para a surpresa delas.

O vestido de noiva branco italiano, ficou lindo em mim, parecia sob medida. Comparado que usava pela manhã havia sido encharcado pela água do mar e não podia mais ser usado. "Nem deveria né! Deu azar!" Dei risada. De acordo com o procedimento do casamento, a recepção do casamento pela manhã, a cerimônia de troca do anel e o banquete de um dia só terminavam à noite. Então agora estou aqui fazendo o papel de noiva apaixonada, mesmo que minha irmã e meu noivo saibam que não sou, o resto da família também sabiam, mas tinham que fingir acreditar que acreditavam que éramos apaixonados para não sair nas notícias. Mesmo sabendo do trato dos avôs.

Como Viviane antes de assumir esse corpo, caiu no mar pela manhã e só acordou à tarde, ainda podíamos comparecer ao banquete à noite.

Agora aqui depois de trocarmos aliança em frente a um juiz de paz o jantar acabou se tornando uma festa.

No palco o DJ Alok que até gosto tocava as últimas novidades do entretenimento. Algumas primas de Viviane de segundo grau já dançavam na pista. Alguns parentes de Josias também.

— Vamos, acho que já está na hora! — Josias me interrompeu na dança, lançando seu braço em volta de minha cintura.

— Mas já?! Agora que a festa ia ficar boa. — dei algumas gargalhadas, por ter bebido já muito champanhe e vinho.

— Os noivos costumam sair mais cedo! E você não quer levantar suspeita sobre nós, quer? — balancei a cabeça negativamente e depois positivamente.

— Vamos, mas antes… — Puxei Josias para dançar comigo. A música estava animada numa batida eletrônica, eu me requebrava bem colada ao Josias. Ele não estava dançando, somente me encarava. E quando seu olhar cresceu e suas pupilas começaram a dilatar. Me olhando de alguma maneira diferente. Resolvi parar. Raspei a garganta e segurei seu braço.

— Vamos! — o puxei pela mão.

Assim que saímos para ir até o carro que já nos aguardava na entrada do salão com o chofer, repórteres que estavam agachados de guardas imediatamente nos cercaram. Vários tipos de câmeras, sendo apontadas como longas armas, armas curtas e flashes deslumbrantes.

— Senhor Josias Hang, Viviane pulou no mar hoje... Bah! É uma grande notícia cair no mar. — Vendo tantos repórteres agachados se levantando me senti a própria Lady gaga.

— Cadê os seguranças que mandei contratar para barrar esses corvos?!

— Devem estar esperando por sua ordem. — tentei ser divertida.

Josias viu seus seguranças caminhando para barrar a multidão de repórteres. Um apontou para nós já entrando no carro.

— O casamento das famílias Hang e Carvalho é um grande evento, sem falar na notícia explosiva de pular no mar hoje. O que tem para nós dizer senhor Hang?! — uma repórter gritava.

Josias franziu a testa ligeiramente e depois desfraldou. Vestindo um terno branco puro, ele era tão elegante quanto um príncipe.

— Acho que seria melhor responder algumas questões. Pode ser que acalme a curiosidade deles. — disse a ele. Josias suspirou fundo e avançou a mão na maçaneta da porta.

Depois de abrir a porta esquerda do carro e sair do carro, ele abriu a porta para mim esticando a mão esquerda.

Olhei para as figuras escuras do lado de fora, respirei fundo, com um sorriso feminino no rosto, e gentilmente coloquei a mão sobre a de Josias .

— Era só para você responder, me deixasse fora dessa! — sussurro só para ele ouvir.

— Eu não me casei sozinho! — sorriu enlaçando seu braço ao meu.

Ele me conduziu para perto dos seguranças. Instantaneamente inúmeros flash nos iluminaram.

— Senhor Hang ouvi dizer que sua noiva Viviane Carvalho prefere pular no mar a se casar com você. O que a fez mudar de ideia?

— Senhora Viviane, você não queria casar com Josias, por causa da reputação dele como o playboy mulherengo número um do Brasil?

— Eu pergunto se foi por interesse e não amor que você o escolheu em vez do namorado que tinha? — Um grupo de repórteres, vários deles faziam suas perguntas nem dando tempo de responder uma.

Com força, os repórteres faziam uma fila mesmo com bloqueio dos guarda-costas por perto, mas isso não impediu o entusiasmo deles, e as perguntas são muito afiadas e complicadas.

Eu ia abrir a boca…

— Fique quieta! — Josias me orientou.

Josias olhou para a multidão e disse com uma voz profunda: — Vou dizer apenas uma vez.

A presença instantaneamente acalmou a cena barulhenta por alguns minutos.

E agora pude estar agradecida por meu antecessor ter tido a coragem de enfrentar os repórteres. Eu poderia ter dito a coisa errada na frente desses abutres, caso contrário, seria muito difícil descrever o branco como preto, como tomei minha decisão.

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