Tudo indo de Acordo

Um amigo de Josias que descia de um carro esportivo vestido com uma roupa de playboy, zombou: "A senhorita Viviane veio ao lugar errado?"

Se você não quer ser ridicularizado, apenas ria disso. Deixe-os rir que eles perdem a graça rapidamente e foi o que aconteceu. Como eu ri com ele, ele logo coçou o nariz e ficou sem graça.

 Uma mulher muito bonita, uma figura encantadora estava ao seu lado segurando seu braço esquerdo, ria feito uma boba, até que parou de uma vez quando o homem a olhou. 

Josias estava em pé em frente a eles. Perguntou: —  O que fazem aqui a essa hora?

— Nossa Jojo, amigos precisam marcar hora para te ver?! — Ela soltou do braço do amigo do Josias e foi até ele ajeitando sua gravata.

Josias raspou a garganta sem graça e puxou sua gravata da mão da mulher.

Ele olhou para mim e não me importei, eu não me importo se ela for amante dele, me importo e que os paparazzi não descubram e me ridicularizam por isso. 

— Não vai me apresentar seus amigos? — perguntei. 

Pamela se aproximou de mim.

— Eu já vou! Estará bem ficando com eles? — eu assenti. 

O amigo de Josias olhou para a bunda da Pâmela enquanto ela ia para o carro. 

" Homens!" Bufei em pensamento. 

— Eu sou Enrico! — Ele pegou minha mão deixando um beijo. — Você não me viu no barco? 

Imaginava que ele poderia estar lá, mas tem informações em minha cabeça que é mais difícil de conseguir. Josias também não se importava nem um pouco do amigo flertar comigo? Parecia que  estava indiferente. 

— Eu não estava muito bem do estômago, a maresia sabe. 

— Agora chega! — Josias advertiu indo em direção ao seu carro. 

— Não vai me apresentar ela, Jojo? 

— Chega desse apelido ridículo, Milena! — Josias agora parecia irritado. 

— mas você nunca se manifestou contra. — A loirinha falou.

Eu não me contive e ri. O amigo dele também me acompanhando.

— Parem de rir! — mandou ele bravo abrindo a porta do carro. — Entre! — me ordenou. 

— Você não tem humor? Além disso, casar com você de brincadeira no círculo das celebridades é o suficiente para fazer todo mundo rir, há alguma diferença? — provoquei entrando no carro.

Ele entrou deixando Enrico e a loira sem se despedir. Desprezo e desdém nus.

— Filho! — Seu pai apareceu.

— Pai, depois nós falamos! — ele diz fechando a porta do carro.

Já dentro do carro e ele dando partida passei meu indicador no braço dele. Lógico, não senti sua pele ele estava com terno.

— Como já disse antes, não ligo que tenha amantes, porém gostaria que você fosse mais discreto para não descobrirem que sou chifruda. — Ele me olhou com as pupilas dilatadas que me lançaram um ar calafrio. Eu tirei o dedo dele. E ele voltou a atenção na rua. Depois voltou a me olhar. 

Por um momento as pupilas de Josias encolheram repentinamente e ele voltou ao normal com um sorriso que não era um sorriso:

— Já você Viviane não  quero que se engraça com um marmanjo por aí. Se eu descobrir pode ser  uma grande perda. É apenas para proteger o rosto da família. Por  apenas  três anos. Se eu descobrir…

— Vai me expulsar?! — ri — já disse que não é do meu interesse pegar seus bens. E nem  te trair.

—  Você tem que sacrificar. Se não  você não terá nada!

— Em parte não entendeu que não quero nada de sua família. 

— Você acha que me engana com essa carinha de boa moça?! — ele sorriu de lado.

 Olhei para frente do retrovisor do carro

— Pense o que quiser pensar! Não te devo explicações. Meu interesse com esse casamento é só para honrar com o compromisso de minha família.

Josias parou o carro bruscamente mal estacionado na rua e puxou meu braço com força.

— Eu não caio nessa. Não sei o que fez você mudar de ideia sobre o casamento, mas se eu descobrir que é uma armadilha sua… Quando eu te expulsar, você não terá nada. Acabarei com tudo, sua reputação e com sua querida mamãe e irmãs.

— Me solte seu ogro! Está me machucando! — comecei esmurrar ele.

— Escuta você! Você está em minhas mãos, porque precisa mais desse casamento do que eu, e se não casar agora, seu avô e o meu vão acabar o contrato de família e você sairá perdendo mais que a mim. Afinal perderá a direção dos hotéis. Ou estou enganada?!

Josias me soltou indignado.

— Quem é você? — olhou bem fundo dos meus olhos e engoli em seco.

— Oras que pergunta é essa?!

— Você não parece ser a mesma Viviane covarde e amedrontada. — Ele olhou bem nos meus olhos como se me lesse. — Mesmo que a aparência física seja igual. Seu olhar…

— Você é louco! — desviei meu olhar do dele. — Olha eu vou ser sincera contigo. Eu vou me casar só para me vingar. Casando com você terei o poder de me vingar de um homem… — fechei minha mão em punho determinada. 

— Seria o mesmo bostinha que alegou que o amava, mas ele não foi te resgatar no casamento como tinha prometido.

Eu caí na gargalhada.

Josias não entendeu nada.

— Eu não precisaria de poder para acabar com aquele palhaço. É um peixe muito maior. Mas não vou te dizer. O que tem que saber é só isso que quero o poder para derrotá-lo.

— Sua família não poderia ajudar? Vocês também são fortes. 

— Mas não mais que com nossa união!

— Quem é ele? 

— Acho que no momento certo você descobrirá. Agora chega vamos logo acabar com isso. 

Ele ligou novamente o carro e dirigiu em direção ao nosso futuro.

— De qualquer forma, não é como se você não soubesse sobre minha família. O testamento do vovô, se eu me casar com você, posso receber metade da propriedade da família como dote e ficar com a direção de todos os hotéis. Se eu não puder me casar com você, a metade da propriedade da família será levado de volta e deixará meu pai lidar com isso. E a maior possibilidade para ele é dar esta propriedade familiar para os filhos ilegítimos dele, isso não seria justo com minha mãe. Mesmo se você não  quiser nada Viviane,  tenho que dar  a você, a metade para a união das famílias. — Josias  disse francamente.  Gostei da sinceridade dele. Poderíamos ser amigos.

— Além disso, se eu não casar com você, serei punida como você também. Então não vamos ser inimigos ok. Podemos ser amigos? — mesmo ele dirigindo estendi minha mão para ele. 

Com uma mão no volante a outra veio em minha direção apertando selando nossa paz 

— Enfim, ainda faltam três anos para viver, então amigos até lá. E eu não vou te trair também não é minha intenção. Os reportes são bem danados.  

— É! São mesmo. 

— Apenas um casamento de negócios! — disse ele ainda unido com minha mão.

— Apenas casamento de negócios!  — e soltei da mão dele.

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