Seguindo com o Plano

Steven saiu da sala e o cheiro do seu perfume permanece, ou será que era do Josias que agora se mantinha muito perto de mim. Ele me encarava de uma forma que eu não compreendi.

Josias me rodeou me encarando e me estudando e logo caminhou até um sofá preto que tinha em sua sala. Deitou no sofá tão casualmente, brincando com o copo de cristal na mão, que pegou na mesinha ao lado se servindo com água com seus dedos grossos, e seus olhos caíram sobre mim.

— Então me diga o que é tão importante além de mudar de ideia sobre o casamento para vim direto pra cá depois que saiu do hospital? — Então aí me dei conta.

Eu tinha acabado de sair da enfermaria, ainda com a bata listrada de azul e branco, com um curativo branco na testa, e o mais ridículo ainda era que ele me encarava com aquela roupa. "Como é que ninguém me avisou antes dessa roupa ridícula? Ana com certeza deve ter achado graça e se divertido com minha cara.Eu bati na minha testa, tinha me esquecido. Por isso todos me olhavam estranho. "Ai que vergonha!" Ahh que se dane.

Estou sem maquiagem, mas mesmo assim, pode-se ver que é uma beleza de pleno direito. Com um queixo pontudo e olhos grandes, sobrancelhas de folhas de salgueiro e cílios longos, ela… que dizer eu pareço uma beldade em uma pintura. Mas ridícula nessa roupa via agora pelo reflexo de um porta retrato de vidro.

— Vamos diga! — Ele diz e eu observo ele beber um pouco da sua água. Até como bebe água e hipnotizante

— Ran,ram. — arranhei a garganta e logo comecei com uma desculpa esfarrapada: — Ouvi piadas demais no círculo de celebridades por um longo tempo. Antes de ir para o exterior, Viviane… que dizer eu fui ridicularizada por deixar meu rosto cego por nada e ensaiar um vaso. Eu não queria que você se humilhasse perante a mim. Na forma que eu estava perante a celebração. Então fugi do hospital para provar a você que devo me humilhar por desculpas.

Ele me encarou mais ainda olhando em meus olhos e eu não desviei.

—Mas devo dizer, um lindo vaso deslumbrante. — ele me disse com um meio sorriso.

— Josias só quero que entenda o que aconteceu esta manhã, posso esclarecer que não tem absolutamente nada a ver com a fuga do casamento. Estou muito satisfeita e feliz com esta união. Agora as pessoas lá fora estão esperando para ver as piadas entre nossas duas famílias. Acho que você, Josias Sr. Hang, definitivamente não vai querer A reputação da família Hang prejudicada.

Olhei para ele com sinceridade:

— Mas chegando assim com essa roupa! Acreditam que os paparazzi diriam o quê?

— Posso postar que ninguém me viu. — ele levantou tão rápido do sofá e se aproximou de mim que nem sei quando segundos levou. Me virei a ele que me rodeava ainda me estudando.

— De qualquer forma, este é um casamento comercial, depois do casamento, não me importa o quão paquerador o senhor seja. Dês que não saia nas colunas de fofoca.

— Você antes me parecia chata. O que agora mudou? — Seja uma boa Sra. Hang com paz de espírito e não, não te deixarei embaraçada — ele segurou meu queixo erguendo minha cabeça para que pudesse encará-lo. "Quando foi que eu fiquei tão baixinha perto desse homem?"

— Ótimo então vamos pegar a certidão!

— Você sai primeiro! — ele me apontou a porta.

— Que cavalheiro! — Zombei andando, tentando esconder minha bunda.

— Não faça bobagens da próxima vez! — Josias disse na retaguarda protegendo minhas costas.

Eu pensei sobre o que Viviane havia feito, de fato, talvez ela pensasse que fugir do casamento apenas resolvia os problemas.

Eu quero me casar, na verdade preciso casar, mas ele necessariamente não parece gostar da ideia de casar.

Saímos de sua sala a secretária ficou de pé, minha irmã que estava sentada no sofá de espera me olhou e com as mãos a chamei.

Ela se aproximou de mim: — E aí?

— Pegar o certidão de casamento lá no carro para que eu possa assinar?

— Você não pensa ir assim no cartório pensa?! — gargalhei com a pergunta dela. E balancei a cabeça negativamente.

— E por que deixou que eu viesse assim para cá? — ela deu uma risadinha.

— Achei que nada faria mudar de ideia.

A deixei caminhar na frente e reparei que Josias realmente protegia minha retaguarda me observando.

Parei e seu peito bateu contra minhas costas.

— Mas e aí está satisfeito com este casamento? — ele deu uma leve apertada na ponta do nariz, logo depois ajeitou seu blazer.

— Viviane, eu não disse que estava satisfeito. Eu não queria me casar com você em primeiro lugar. Mas eu honro meus compromissos, é certo que você não saiba o que é responsabilidade.

— Horas, quem você pensa que é para dizer assim de mim. Você nem me conhece. — ele me olhou incrédulo.

— A sua reputação da filha mais velha da família Carvalho.

— O que sabe pela bocas dos outros, ou lê por aí não tem nada a ver comigo.

— Antes que você assine o papel do casamento quero que dê uma olhadinha nesta pasta e vê se concorda. Não quero que case sem saber os termos e de chiliques depois.

— É possível que eu, Viviane Mello Carvalho perca um pedaço de carne? — Josias ficou pasmo, me virando em frente a ele, bati em seu peito. Esse cara é realmente maior do que eu.

— Você definitivamente não parece a mesma do barco. —Dei de ombros começando ler o "termos".

— Eu só preciso de três anos, — Josias resumia o que meus olhos capturaram naquele papel.

—, você me dá três anos, e eu posso assinar um acordo pós-nupcial com você antes de obter a certidão. Depois de três anos, contanto que você, mantém seus namorados fora da mídia, pode ter alguns casos, como eu também posso ter, mas não pode dizer uma palavra se quer do que está escrito aí, inclusive sua irmã. — ele apontou a Pamela que já aguardava no carro. — Se dentro desse três anos tudo correr bem você ficará com a metade de tudo de nossa casa e os bens.

Eu elevei minha sombrancelha.

— Estarei limpa incondicionalmente. Saindo de casa. Não quero, "amantes" — fiz aspas com os dedos, — nem namorados, nem suas coisas… — ele cerrou os dentes, cerrou os punhos, olhou para mim e continuei: — Já você sairá de casa com ela e os bens que tiver nela. Incluindo seu dote, incluindo todas as coisas que ganhamos, porque quero trabalhar, em três anos de vida, não quero nada. Mas dentro de três anos, eu quero ser sua esposa.

— Você diz fazer o papel de esposa ou …

— Como achar melhor! — sorri.

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