Capítulo 17, Conseguimos, meus filhos são só meus...

MONIQUE...

KAIQUE: Pelos motivos óbvios, excelência! Medo, desconfiança. A minha cliente recebeu ameaças do senhor Loreal, que tentou levar as crianças a força ontem, na saída da aula deles. Ele nunca procurou saber dos filhos, ou da senhora Fealden, pois o mesmo passou a residir em outro país, retornando para o de origem, recentemente, vindo já noivo da sua atual companheira.

JUIZ: Certo... Iremos fazer uma pausa de 15 minutos.

Saímos da sala, Josh o tempo todo estava ao meu lado, agora por exemplo, está com a mão na minha cintura.

JOSH: Fica calma, vai dar tudo certo.

Já fora da sala eu me virei contra o peito do Josh e comecei chorar, ele me abraçou com força, Kaique ficou calado apenas observando nós dois. Ouvi me chamarem, quando virei, era a Pérola.

MONIQUE: Pérola?

PÉROLA: Me desculpe, Monique. Eu não sabia de toda a verdade... Ele colocou coisas tão ruins sobre você, na minha cabeça... Acabei o noivado. Não quero mais saber dele, não vou conseguir viver ao lado de um homem que fez tamanha atrocidade com uma mulher.

MONIQUE: Mas e o nosso contrato?

PÉROLA: Não se preocupe, podemos prosseguir. Eu irei continuar aqui nos Estados Unidos. O meu pai começou investir em parcerias com alguns empresários daqui. Então irei ficar com a casa, ele que procure outra para morar.

MONIQUE: Não acredito que acabei com o casamento de vocês...

PÉROLA: Não foi sua culpa, ele acabou sozinho.

MONIQUE: Estou com medo dele conseguir tirar os meus filhos de mim.

PÉROLA: Ele não vai conseguir. Antes da audiência começar, ele estava tentando comprar o juiz. Sem contar que eu irei testemunhar a seu favor. Também tenho provas do que ele pretende com as crianças...

POLICIAL: O intervalo encerrou.

Ele diz isso e voltamos para a sala, dessa vez a Pérola sentou junto a mim. Josh continuava segurando a minha mão.

JUIZ: Após analisar todas as provas que me foram apresentadas, e ouvir os dois lados. Foi decidido que: O senhor Loreal irá permanecer longe da senhora Fealden e dos filhos. A guarda das crianças será unicamente da mãe, qualquer interferência da parte do progenitor, será vista como uma afronta e desobediência a lei.

Nesse momento eu começo chorar de alegria, abraço o Josh com o rosto banhado em lágrimas e ele retribui o gesto, distribuindo vários beijos por meu rosto e cabelo.

MONIQUE: Conseguimos... Os meus bebês vão ficar comigo...

JOSH: Eu disse que ia dar tudo certo.

Me solto dele um pouco e vou até o Kaique que está terminando de se despedir das demais autoridades, incluindo o juiz. O Rodrigo está olhando pra mim com sangue nos olhos, as suas feições estão horripilantes, senti um arrepio ruim passar por todo o meu corpo quando ele levantou e veio na minha direção. Não vi nada, apenas senti quando recebo um soco no rosto.

.

Abro os meus olhos lentamente e o Josh está me olhando com olhos tristes, a Pérola está do meu outro lado, chorando, tem alguns policiais estão também ao meu redor, olho em volta do lugar e vejo o Rodrigo algemado.

MONIQUE: O... O que aconteceu? (o Josh passa a mão no meu rosto e com calma me dá um beijo nos lábios)

JOSH: Acabou. Ele foi preso. Além de ter lhe agredido, ele descumpriu uma das ordens do juiz, ficar longe de você. Ele foi condenado por agressão física feminina, desacato a autoridade, descumprimento de uma ordem judicial e estupro, 27 anos ao todo.

MONIQUE: O meu rosto está dormente...

JOSH: É por conta do gelo que foi colocado. Quer ir pra casa?

Apenas assenti, ele se levantou comigo no colo e saímos dali, ele foi em direção ao meu carro e de lá, fomos pra casa. O Kaique ficou de levar a Pérola pra casa, já que ela tinha vindo com o Rodrigo. Chegamos na minha casa e o Josh me levou para dentro, eu ainda estava um pouco atordoada, por isso não me importei muito em ser carregada para lá e para cá.

JOSH: Vou fazer o nosso almoço. Quer alguma coisa?

MONIQUE: Não, obrigado. Vou ligar para a minha família e contar sobre o que aconteceu.

JOSH: Tá bom, se precisar de alguma coisa é só me chamar (ele deixa um beijo na minha têmpora e vai para a cozinha)

Ligo primeiro para a minha mãe.

MONIQUE: Mãe?!

MÃE: Oi filha. Tá tudo bem? Como vôce está?

MONIQUE: O papai tá aí também?

MÃE: Está no jardim, quer que eu o chame?

MONIQUE: Quero, coloca no viva voz (ela chama ele e coloca no viva voz) O Rodrigo tá preso. Hoje foi a audiência que ele solicitou... Mas todos os planos dele foram por água abaixo, e só piorou mais por que ele me deu um soco no rosto...

PAI: Ele fez o quê? Eu estou indo para aí.

MONIQUE: Pai, não. Já está tudo resolvido. O juiz me deu guarda total, e depois do que ele fez... Bom, ele só vai sair da prisão daqui a 27 anos. O Josh ainda está aqui em Leesville.

MÃE: Tudo bem querida, não iremos para aí. Mas qualquer coisa é só nos ligar e em menos de uma hora estaremos aí.

MONIQUE: Eu sei mãe... Liguei só pra avisar mesmo.

PAI: Avise a meu afilhado que quero conversar com ele depois.

MONIQUE: Tá bom. Vou tentar falar com o Eduardo.

MÃE: Ele ainda tá em Nova Iorque, só chega no fim da semana.

MONIQUE: A Manu tá fazendo plantão hoje?

PAI: Sim, talvez só chegue amanhã de manhã.

MONIQUE: Ah... Então... Depois eu tento falar com eles. Vou almoçar, o Josh cozinhou.

MÃE: Ele sabe cozinhar?

MONIQUE: Tchau mãe, tchau pai.

Desligo na cara deles antes que comecem a bateria de perguntas constrangedoras. Vou até à cozinha e encontro o Josh só de calças, com um avental de estampa floral amarrado ao corpo, senti vontade de rir, mas, ao mesmo tempo achei bem ‘sexy’... Me encostei na bancada e fiquei observando ele preparar o nosso almoço. Ele notou a minha presença e inclinou a cabeça sensualmente, abrindo um sorriso de molhar calcinhas.

MONIQUE: Tá fazendo o quê? Estou faminta.

Falei mordendo os lábios, o que não passou despercebido por ele, que parou de mexer a panela, desligou o fogo e veio até mim, como um felino cercando a sua presa, parou na minha frente e colocou uma mão de cada lado do meu corpo, me prendendo entre ele e a bancada.

JOSH: Quer saber qual é o cardápio de hoje?

Assenti com a cabeça enquanto me forçava a olhar nos seus olhos, ele analisou lentamente cada traço do meu rosto, como se fosse a primeira vez que faz isso. Ele se aproximou mais de mim, e quando dei por mim, ele avançou nos meus lábios, faminto, desejoso, possessivo.

*****FAZ DE CONTA QUE ELE TÁ SEM CAMISA*****

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