Capítulo 5, Ele sempre tem razão...

MONIQUE...

Os dias passaram rápido, eu não ouvi ou vi notícias do Rodrigo. O meu irmão Eduardo tem estado aqui em casa desde aquele dia, a Bianca não estranhou muito o fato dele estar aqui, afinal eu tive que contar a ela que sou filha do Capo do Sul, faz vários anos, no começo ela ficou com um pouco de medo de mim, mas depois aceitou e hoje convivemos bem quando se toca nesse assunto.

EDUARDO: A reunião começa às oito, já comprou um vestido?

MONIQUE: Não...

EDUARDO: Meu Deus, Monique, anda, vamos ao shopping, a sua sorte é que esse ano decidiram fazer na base do papai.

MONIQUE: Tenho mesmo que levar as crianças?

EDUARDO: Tem. Já escondemos eles dois por tempo demais... Temos que orar pra eles não considerarem como traição.

MONIQUE: Tudo bem... Então... Vamos às compras. Crianças, vamos.

Eles dois vem correndo quando chamo eles.

LAILA: Onde vamos, mamãe?

MONIQUE: Gastar o dinheiro do vovô hahaha vamos a uma festa chique hoje com uns amigos do avô de vocês, então temos que estar bem bonitos.

LÉO: Vamos poder brincar?

Olho para o meu irmão esperando uma resposta e ele entende que eu não faço a menor ideia se terá ou não alguma criança.

EDUARDO: Sim, vai ter algumas crianças mais novas e mais velhas que vocês, então sim, vocês vão poder brincar.

LAILA: Ebaaa.

Saímos para o shopping, compramos um vestido elegante para mim, um para a Laila e um terninho para o Leo, Eduardo já tinha o dele, ele me fez comprar também um sapato que combinasse com o vestido, e nos levou a um salão para fazer o cabelo e maquiagem.

MONIQUE: Não sei pra que essa arrumação toda, eu nem quero ir.

EDUARDO: Você sabe que está se comportando como quando tinha 15 anos não é? Você tem que entender que já é uma adulta, irmã, tem dois filhos, e uma carreira de prestígio. Mas tem horas que você se porta igual uma criança mimada. Nem as crianças fazem esse drama todo.

Essa doeu. O meu irmão é ótimo com as palavras, não é atoa que se tornou um excelente advogado, disputado por muitos, já defendeu casos importantíssimos, e nunca perdeu um caso. E ele tem razão, estou sendo imatura demais, nem os meus filhos são assim, são maduros demais para a idade deles.

MONIQUE: Você tem razão, desculpa, só não estou bem psicologicamente. Aquele... Você sabe quem, bagunçou a minha cabeça... E essa reunião... Você também sabe os motivos pelos quais eu não quero ir.

EDUARDO: Eu sei... Mas tem que aprender confiar na sua família. Você sempre escondeu as coisas da gente, nunca gostou de contar o que acontece com você. Tenho certeza que se o Leo não tivesse ligado, até hoje você não teria dito.

Não falo nada, porque mais uma vez ele estava certo. Maldito sentido de irmão mais velho, ele me conhece bem de mais, me dá até raiva as vezes. Ele balança a cabeça um pouco chateado, chega a minha vez de fazer o cabelo, e um rapaz quem ajeita, faz um penteado bem elegante e sofisticado, ele fez também um na Laila, que ficou toda contente, já o Leo não deixou ninguém tocar no cabelo dele, o que rendeu várias risadas das pessoas que tinha no salão.

LEO: Não pode cortar o meu cabelo. A minha vovó não deixa.

LAILA: Mentira, você não quer cortar porque a Brenda gosta de mexer nele.

Dei risada do meu bebê, mas preciso descobrir quem é essa Brenda, como assim tem garota querendo entrar na vida do meu filho? Ah mais não vou deixar mesmo.

MAQUIADOR: Lindinha, como você quer a maquiagem? Marcante ou natural?

MONIQUE: Prefiro algo mais natural, apenas realçando os meus próprios traços, não gosto de coisa chamativa.

MAQUIADOR: Deixe comigo.

Ele começa e em poucos minutos estou pronta, me olho no espelho e gosto do que vejo, não está marcante demais, mas ainda da pra perceber que estou com maquiagem, os meus traços estão todos em evidência, e ao mesmo tempo escondendo o meu ar de menina.

MONIQUE: Eu amei, obrigada.

O Eduardo paga tudo e vamos para a minha casa, pegamos só uma mala pequena de cada um, pois íamos ficar na casa dos meus pais por uns três dias, e seguimos para o hangar, o jatinho do meu pai já estava esperando para nos levar até Nova Orleans. São apenas uma hora de viagem. Chegamos no aeroporto e o meu pai já estava esperando a gente, fomos direto para a casa dele.

PAI: Iremos sair em 40 minutos, então se apressem.

MONIQUE: Pai, eu tenho que arrumar duas crianças... Como que em 40 minutos vai dar tempo?

EDUARDO: Eu cuido do Leo, vem campeão, vamos tomar banho com o titio.

O Leo se joga nos braços dele e os dois sobem para o quarto do Eduardo, subo com a Laila e arrumo nós duas, em 42 minutos ficamos prontas, o que me rendeu uma bronca .do meu pai.

MONIQUE: Onde está a Manu?

PAI: Saiu do plantão faz poucos minutos, então vai se arrumar no apartamento dela e de lá vai para a base. Vamos, já estamos atrasados.

Da casa dos meus pais, até a base, são apenas 15 minutos, então chegamos rapidamente, o braço direito do meu pai, tio Carlos, estava nos esperando na porta.

CARLOS: Boa noite, família linda.

MONIQUE: Boa noite, tio...

PAI: Alguém já chegou?

CARLOS: Só Oeste. Norte e Leste ainda não chegaram, mas já pousaram, fui informado de que em alguns minutos chegam aqui.

PAI: Graças aos céus.

Entramos no salão e estava tudo impecavelmente organizado e elegante, me senti numa exposição, onde eu era o objeto a ser exposto. Cruzamos o salão até um grupo de pessoas, que logo reconheci, eram a família Oeste, os Mitchell. Todos olharam atentamente para mim e os meus filhos, se assustando com a semelhança entre nós três, pois sim, os meus filhos são bastante parecidos comigo. A expressão do chefe deles, Bruce Mitchell, foi de longe a mais engraçada, pois ele e o meu pai são grandes amigos. Mas foi o olhar do homem ao lado dele que prendeu toda a minha atenção, me fazendo esquecer como se respirava.

.

.

LOOKS DELES...

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***