Capítulo 11, Vou proteger ela...

JOSHUA...

Sou Joshua Mitchell, o meu pai é um dos empresários mais ricos e bem estruturados dos Estados Unidos, a nossa família tem uma grande rede de hotéis, cassinos, boates, e iates festivos. Tudo isso nos rende milhões todos os meses. Fora toda essa riqueza, somos o segundo grupo de mafiosos que lideram o nosso país, digo segundo porque a nossa máfia vizinha, Sul, é quem tem mais poder, não só em poder aquisitivo, mas em liderança, o chefe deles, Edson Fealden, meu padrinho, comanda tudo a punhos de titanium. Ele e o meu pai são grandes amigos há muito tempo.

O líder do Norte exigiu que a reunião anual dos quatro poderes fosse executada mais cedo esse ano, e pelo que chegou aos meus ouvidos, ele está querendo armar uma emboscada para o Sul, pois faz alguns anos que a filha do meio dos Fealden não comparece a nenhuma das reuniões, ela praticamente sumiu. Nem me lembro do rosto dela. Bom, de qualquer forma, hoje é a reunião, já estou completamente pronto, sempre fui muito pontual, abomino qualquer tipo de atraso, o meu pai quer fazer uma pegadinha com o meu padrinho, e ficar hospedado na casa dele, tô sentindo que vai ser uma péssima ideia, já que ele não avisou, mas sei que a minha mãe já conversou com a Margarida, esposa do meu padrinho e minha madrinha.

Chegamos a Nova Orleans, antes do horário, como sempre o meu pai é bem apressado, acho que puxei isso de ser pontual com ele. Ficamos conversando no salão até a família anfitriã da noite chegar. Reconheço apenas os meus padrinhos e o Eduardo, pois não sai de Salt Lake City (cidade onde moro) atrás da minha irmã Zaya. Percebo que tem uma mulher linda com eles, será que é ela? Ela está com duas crianças perto dela, ela é casada? Faço uma pequena varredura por seu corpo e não encontro aliança nenhuma.

JOSH: Sem aliança? Não são irmãos dela... Será que são filhos?

Saio dos meus pensamentos com o olhar dela fixo no meu. Ficamos nos encarando por vários minutos, noto as suas bochechas ficarem um pouco mais coradas, mas não desvia o olhar, o Eduardo fala algo no ouvido dela e ela interrompe o nosso momento, mas continuo olhando para ela. As crianças chamam ela de mamãe, tirando a limpo as minhas suspeitas sobre serem filhos dela, mas como ela tem dois filhos dessa idade e não é casada? Será... Não, não pode ser.

O meu padrinho a chama por seu nome, Monique, que nome lindo, ela vem com tamanha graciosidade, a sua postura firme me deixa encantado. Os seus pais a apresenta aos meus pais, assim como as crianças, Leo e Laila, dois anjinhos aparentemente, educados, bom, eu estava achando tudo isso até ouvir eles dizer que o pai é um homem mal que está querendo tirá-los da mãe. Não preciso de mais nenhuma confirmação, ela foi vio.lada e escolheu seguir com os filhos... Mer.da! O olhar dela fica pesaroso por alguns instantes e acaba encontrando novamente com o meu, tomo uma atitude e vou até ela, que fica um pouco tímida ao perceber que eu ainda estava observando ela.

Ficamos conversando um pouco e os outros dois líderes chegam, a deixo avisada sobre o filho dos Ashworth, aquele filho de uma pu.ta se aproveita de garotas há anos, mas não podemos intervir, seria uma violação de regras. Ela inconscientemente agarra o meu braço, vejo o olhar de desejo que aquele es.cória lançou para ela antes de nos dirigimos até o restante da família.

O jantar foi agradável, todos ficaram surpresos ao conhecer os filhos dela. Que, sim, são muito educados. Vejo que ela está um pouco desconfortável, então a levo para o jardim, tem um lago lá. Começamos conversar para distraí-la, entro com cuidado no assunto que me deixou com um sentimento estranho em mim.

JOSH: Os seus filhos são super educados... E se parecem bastante com você. O... Leo!?, é um pouco ruivo, tem a ver com o pai? Desculpa se fui muito direto, não precisa responder se não quiser.

Ela balança um pouco a cabeça e responde.

MONIQUE: Ah, não... Não tem problema... Sim, a pessoa que deu a metade dos cromossomos dos meus filhos, é ruivo.

Ela não falou como se tivesse sentimentos por ele... E sim... Medo. Acabo perguntando outra coisa e a resposta dela me deixa com muita raiva. O in.feliz fez mesmo o que eu pensei. Acabo travando a mandíbula com força, indignado com a revelação dela, entramos e eu estou com muita raiva, quase não prestei atenção na reunião. Quando terminou, o meu padrinho nos convidou para um almoço no clube, estreitar os laços, distrair um pouco a mente, todos concordaram. Os Dempsey foram os primeiros a irem embora, seguidos dos Ashworth, ficando só a minha família e a da Monique. Os gêmeos dela estavam ambos dormindo no seu colo, então peguei o pequeno Leo e fiquei com ele no meu colo para ajudar com o peso.

De lá fomos todos para a casa dos Fealden. Ajudei a Monique com as crianças e ela me deixou num quarto, em frente ao seu, passei o restante da noite em claro, pensando no que eu posso fazer para afastar o progenitor dos gêmeos, deles três... Acabo sendo vencido pelo cansaço e apago, acordo no outro dia um pouco desnorteado, saio do meu quarto após fazer a minha higiene e trocar de roupa já que não estou na minha casa. A porta do quarto da Monique está aberto e ouço várias risadinhas vindo de lá, me sinto curioso para ver do que está o rindo, então vou até a porta e vejo a cena mais fofa da minha vida, a Monique e os gêmeos um fazendo cócegas no outro e rindo bastante, por um momento senti vontade de participar desse momento, mas aí... Ela me viu, e é incrível como os nossos olhares sempre se encontram mesmo não estando um procurando o outro, ela abriu um sorriso tão lindo... Eu daria tudo para ver sempre esse sorriso no seu rosto.

JOSH: O QUE É ISSO AGORA JOSHUA? VOCÊ NÃO TÁ VENDO QUE ELA NÃO QUER HOMEM NA VIDA DELA?

Saio dos meus pensamentos com um dos gêmeos me perguntando se sou namorado da Monique, em seguida o outro pergunta se vou ser o pai deles. CARAMBA! Essas crianças sabem ler pensamentos?